capítulo 14

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- Não chore eu te imploro.
As lágrimas escorriam pelo meu rosto.
- Vamos fugir eu e você, sem destino, sem que ninguém saiba.
- Não posso fazer isso Dastan, todos contam comigo, não posso deixar eles nas mãos dos clãs inimigos.
Ele colocou a mão em meu ombro.
Me levantei e fui até a beirada do lago.
Fiz movimentos com a mão e a água começou a subir, comecei a fazer formas com os jatos de água.
- Isso é lindo.
Dastan me analisava.
- Já está melhor?
- Acho que sim.
- Não faça essa carinha, não fique assim.
- Estou bem. Eu menti, não me sentia nada bem, só sentia meus pensamentos sendo substituídos por coisas malignas.
Ele de alguma forma sentiu minha angústia.
- Vamos fingir que nada aconteceu e toda vez que algo assim acontecer você corre para mim que te conforto em meus braços.
- Queria que tudo acabasse que tivesse um jeito de me ver libertar das amarras dessa maldita maldição que ainda me persegue.
Dastan segurou minha mão nos sentamos no chão e eu coloquei a cabeça no seu colo e ali ficamos deitados por um longo tempo.
- Já quer voltar?
- Não quero.
- Todos devem estar preocupados com você.
- Devem é estar me difamado agora.
- Não pense assim, Gregório e Geneviève são amargurados desse jeito mesmo.
Me levantei e virei com meu rosto para Dastan.
Amargurados? Essa palavra realmente havia me pego de surpresa Dastan engoliu em seco percebendo que eu tinha prestado atenção em suas palavras.
- Amargurados? O que aconteceu com eles?
- Acho que já está muito tarde temos que ir. Ele disse se levantando e limpando a roupa.
- Não mude de assunto, se sabe o que aconteceu me fale.
- Luna, eu de nada sei.
Podia ver em seu rosto que ele mentia.
- Dastan, não minta para mim.
- Meu amor não estou mentindo.
- Olhe no fundo de meus olhos e diga que você não sabe nada sobre o que aconteceu com Geneviève e Gregório.
Ele olhou para baixo e depois voltou com seu olhar para mim.
- Eu não sei nada sobre Gregório e Geneviève, contente agora?
- Sim.
- Agora podemos ir?
Abri o portal e atravessamos.
Estávamos na porta do castelo Dastan abriu e pude ver o salão completamente destruído o chão estava com grandes pedaços de pedras afiadas.
Dastan foi na frente ele estava evitando olhar para mim, aquilo era muito suspeito vindo dele.
Dastan olhou para trás e me analisou, me estendeu sua mão e eu a peguei.
- Dastan e Luna ainda bem que voltaram, já estava preocupada.
Jeny veio até mim e me abraçou.
- Está tudo bem?
- Sim. Disse olhando para o chão.
- Tenho más notícias Luna.
- Pode falar.
- O conselho acha melhor que fique na torre Luna, pois lá é o quarto da rainha e o que vocês estavam era só provisório até que o seu quarto fosse arrumado para poder te receber.
Sabia que logo eles começariam a me isolar por tudo que poderia causar, aquilo era apenas uma desculpa.
- Dastan meu filho, você ficará ao lado do quarto de Cam, está tudo bem para você?
Vi que ele estava  hesitante e Jeny muito chateada.
- Tudo bem.
Eu realmente ficaria sozinha.
- Vou levar você até a torre querida.
- Obrigada!
- Dastan se despeça de Luna.
Ele veio até mim e me abraçou.
- Não se preocupe se precisar de mim estarei lá.
- Não será a mesma coisa.
- Me desculpe.
- A culpa não é sua e sim minha.
- Não pense assim.
Ele me deu um leve beijo e Jeny me levou até a torre, subimos pelo menos três lances de escadas.
Eu nunca havia ido até a torre haviam áreas do castelo que eu não tinha nem ao menos o mínimo conhecimento.
Jeny abriu a porta e foi revelado um lindo quarto o teto alto tinha estrelas e a Lua, pequenos feitiços com tinta preta nas paredes e uma enorme cama.
Haviam duas portas.
- Ali é o banheiro querida e na outra porta um closet já foram colocados vários vestidos e sapatos, já ia me esquecendo querida dentro do closet estão as gavetas de jóias que foram passadas de rainha para rainha e agora são suas ali também estão suas armas.
O chão era feito com pedras lisas que pareciam estrelas pelo tanto que brilhavam.
Eu estava impressionada a decoração do quarto era perfeita olhei para o lado da cama e vi uma cama no chão e então pude ver meu lindo lobo branco.
- Gadriel.
Ele veio até mim e eu o abracei.
-  Ao menos não ficará sozinha, eu não pude fazer nada, Geneviève aquela cobra peçonhenta fez com que o conselho te mandasse para cá e fez ainda proibições que Dastan não poderá passar as noites aqui e que deverá ficar distante dos bruxos.
- Eu entendo é melhor que eu comece a me distanciar, pelo menos por um tempo.
- Já soube a verdade querida e vou estar sempre aqui quando precisar, não se preocupe com nada.
- Obrigada
Jeny me abraçou eu estava quase chorando, mas quando ela se afastou e vi que chorava não pude conter às lágrimas.
- Me desculpa por chorar.
- Não se desculpe minha filha se precisar de algo não pense duas vezes, me chame.
- Vou me lembrar disso.
Jeny saiu limpando às lágrimas e depois fechou a porta me sentei em um sofá de dois lugares e Gadriel veio ao meu lado.
Com seu focinho empurrou meu braço e se deitou em meu colo.
Reparei no quarto os móveis eram uma mistura de contemporâneos com medievais, algo me chamou a atenção havia um estante que cobria a parede toda que estava coberta de livros.
Fui até eles e pude identificar que eram de feitiços a grande maioria pude ver o livro da Lua o peguei e joguei contra a parede.
No teto além dos belos desenhos um grande lustre de cristais azuis, a roupa de cama seguia a mesma tonalidade das outras coisas ou azuis, cores neutras ou douradas.
O quarto estava mobiliado por inteiro com uma pequena escrivaninha no canto do quarto.
Haviam grandes janelas de vidro com longas e lindas cortinas azuis celeste.
Olhei por uma das janelas e pude ver boa parte da ilha.
A torre ficava no lugar mais alto do castelo e assim me proporcionava uma vista de tirar o fôlego, podia ver o mar e o horizonte e aquilo me trazia uma tranquilidade que a muito tempo não sentia e que com meu novo histórico não duraria por muito tempo.
Fui até o closet e levei um susto ao ver a quantidade de vestidos e camisolas que encontrei, de várias corres e formatos além disso vários sapatos de salto alto de tamanhos diferentes estavam perfeitamente arrumados.
Peguei uma camisola branca, tirei o vestido e vesti a camisola.
Ao lado da cama estava uma almofada onde coloquei a coroa e na frente da almofada uma espécie de porta cetro e lá estava preso um cetro com galhos negros que se cruzavam e se entrelaçavam passei meus dedos sobre e ele e depois me deitei na cama.
- Venha Gadriel.
Ele subiu na cama e se deitou ao meu lado se empoleirando em meu braço.
Adormeci abraçada a Gadriel, olhando para o belo teto.

 

A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o SolOnde as histórias ganham vida. Descobre agora