capítulo 35

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Meu corpo ansiava pelo calor, mas parecia que meu coração havia sido congelado.
Quando me apaixonei achei que seria para sempre e quando meu coração foi despedaçado pelo olhar de Dastan e depois pelo beijo que dera em Dalila os pedaços se quebraram ainda mais.
Por todo tempo que me mantive distante daquele mundo onde Dastan estava, morte juntou os cacos e aos poucos os colou, mas agora sinto que morte apertou os cacos do meu coração e os jogou ao vento em minúsculos cristais.
Tudo isso se repetia em meus sonhos nos quais ouvi a voz de Dastan tão doce quanto me lembrava, a tão familiar voz de Cam com seu jeito próprio de dizer as palavras, a voz de Gadriel que me acalmava e me trazia paz e a voz de morte que antes me arrepiava, mas agora já era familiar para mim.
Eu sentia um pouco de calor em minhas bochechas e mãos, meu corpo parecia estar aquecido, meus olhos não queriam abrir estavam pesados e cansados por derramarem tantas lágrimas.
Parecia ouvir ao fundo uma luta ou uma briga.
Algo inundou meus pulmões um ar frio e ao mesmo tempo quente e subiu por minha garganta me fazendo tossir.
- Luna. Ouvi aquelas três vozes tão familiares.
Abri meus olhos percebendo que estava na frente da lareira, na cabana.
Aquilo não tinha sido um sonho, mas agora virará um pesadelo.
Pisquei mais algumas vezes e ouvi passos me levantei depressa e encontrei três olhares em mim, o olhar de Cam com um pequeno sorriso, o de morte analisando se estava bem e o de Dastan com um olhar e um sorriso que não conseguia dizer o que espresavam.
Eu estava sem reação, alguma estava envolta em meu corpo eram dois casacos os joguei no chão enquanto os via se aproximarem.
Gadriel estava ao meu lado e eu olhei em seus olhos.
- Luna. Dastan disse se aproximando.
- Não chegue perto de mim. Gritei.
- Eu vou tirar ele daqui. Morte disse colocando a mão em seu pescoço e Dastan o atingiu no rosto enquanto tentava escapar das mãos de morte.
- Vai junto com ele. Morte pareceu pasmo com as minhas palavras e soltou Dastan.
- Luna. Cam pronunciou meu nome carinhosamente.
Ele veio até mim não podia me afastar ele não fez nada para mim nunca me magoou.
Mesmo quando achei que ele tinha me magoado não era ele, era Átila que fez que ele falasse tudo aquilo pra mim.
Cam me envolveu em seus braços e foi inevitável que minhas lágrimas brotasse e inundando sua fina camisa azul.
Ele acariciou meus cabelos e beijou minha testa devagar.
- Eu estou aqui Luna.
Olhei para seus olhos e os vi marejados.
Ele limpou as lágrimas de meu rosto e o acariciou com todo carinho que tinha.
Se afastou e olhou em meus olhos.
- Nunca mais desapareça. Ele disse com lágrimas brotando devagar de seus belos olhos verdes os fazendo brilhar como um raio de sol.
O olhar de morte e Dastan intrigados e Gadriel sem entender o que acontecerá.
Dastan se aproximou e eu me afastei.
- Luna eu posso te explicar...
- Não quero que se aproxime. O interrompi colocando minhas mãos para frente.
O olhar de Dastan era de cautela.
- Eu não quero te machucar, mas se chegar mais perto terei que fazer isso.
- Não seria capaz de me ferir. Ele disse chegando mais perto.
- Se chegar mais perto vai descobrir.
Ele se aproximou ainda mais.
Movendo minhas mãos fazendo uma rajada de vento o arremessar na parede e com o forte impacto o deixei desarcodado me movi em direção da porta e senti um mão segurando meu braço com firmeza, virei meu olhar para quem me segurava e lá encontrei o rosto de morte.
Gadriel já estava parado ao meu lado.
- Eu vou te tirar daqui Luna, vou te levar para um lugar mais longe daqui onde ninguém te encontrará.
Seu olhar sereno como se nada tivesse feito a mim.
Puxei meu braço com firmeza me libertando de suas mãos.
- Desapareça da minha frente não quero mais te ver.
Seu olhar se encontrou ao meu e ele parecia estar intrigado, surpreso, enfurecido e um turbilhão de emoções com minhas palavras.
- Luna. Ouvi o chamado de Cam e olhei atrás de morte e vi Cam.
- Me espere não vá. Ele me pediu.
O que restava de um coração no meu peito lutou com minha razão que implorava que fugisse dali no mesmo instante.
- Eu não posso ferir você, nunca me perdoaria.
O olhar de morte me fitando passei por ele e fui até Cam.
- Vou levar você aqui. Apontei para meu coração.
- Não. Ele implorou.
Uma lágrima escorreu por meu rosto e ele a limpou.
- Vou levar suas lembranças para sempre comigo.
Seus olhos também estavam marejados.
- Pelo menos leve isso. Ele retirou de seu bolso direito da calça que usava uma caixinha roxa com um pequeno laço magenta e segurou minha mão e a colocou em minha palma.
Abri a caixinha devagar e lá dentro encontrei uma pulseira prata com uma pequena pedrinha brilhante de pingente.
Ele fungou e abriu um pequeno sorriso doloroso.
- Eu estava guardando para seu aniversário, mas acho melhor de dar agora. Uma lágrima escorreu por seu rosto e foi minha vez de limpa lá.
- É simplesmente linda. Disse segurando o choro.
Ele abriu o fexo e a colocou em meu pulso.
- Minha linda. Ele passou a mão pelo meu rosto e segurou minha mão.
- Antes que vá tenho que te contar e pedie para ir até o hospital comigo? Ele disse com a voz baixa e falha.
Olhei para Cam sem entender nada.
- Você está ferido? Gritei e corri até ele tocando seus braços inspecionando se algo estava errado.
- Não sou eu é a Cloe. Ele disse devagar e olhou para baixo ergui seu queixo com os dedos fazendo ele olhar em meus olhos.
- O que aconteceu com Cloe?
- O corte dela não pôde ser curado, ninguém conseguiu e Eva costurou sua perna, mas com a euforia de ter encontrado uma pista de onde te acharíamos os pontos romperam e ela ela está com uma grave hemorragia correndo risco de morte.
Dastan começou a se levantar devagar com a mão em sua cabeça e me fuzilando com seu olhar, mas meu olhar foi trasportado para perto da porta onde morte estava, mas não o encontrei.
- Luna tem que voltar para o castelo os anciões falaram que seus poderes vão piorar sem ajuda e que vão dar um jeito de ajuda lá. Dastan falou.
O olhar de Cam.
- Eu vou ver Cloe.
- Vou pegar algumas coisas, mas depois de Cloe se curar vou sumir novamente e dessa vez não me verá mais. Disse a Cam.
Gadriel ao meu lado.
Dastan abriu o portal.
Corri até o quarto e peguei o arco e flecha do meu pai, o livro de minha mãe e a nossa foto beijei levemente o vidro do retrato e corri até a sala atravessando o portal.
Chegamos até o castelo, no meu antigo quarto que estava exatamente como antes.
Gadriel pulou na cama macia e deitou.
- Vou tomar um banho e logo venho.
Os dois concordaram.
Coloquei sobre a cômoda o retrato e o livro e no chão encostado na parede arco.
Notei que em uma pequena almofada estava a coroa e ao lado dela a adaga que Dastan me dera.
Entrei no banheiro e parecia que nada havia mudado, mas não devia pensar nisso, deveria pensar em Cloe e que ela havia sido machucada por minha culpa.
Passei o tempo todo em baixo do chuveiro pensando na senhora felicidade que Cloe costumava ser e que eu havia tirado isso dela.
Me enrolei na toalha e abri uma fresta na porta garantindo que eles não estariam mais lá.
Fui até o armário e vesti uma calça qualquer, uma blusa e um velho tênis.
Prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto.
- Você vai ficar aqui né?
- Sim eu vou. Gadriel respondeu e se levantou da cama ficando perto de mim me abaixei um pouco para olhar em seus olhos.
- Quando quiser partir estarei ao seu lado.
Beijei seu focinho e ouvi batidas na porta.
- Quem é?
- Cam.
- Entre.
Ele entrou e atrás dele Dastan que abriu um portal atravessei em seguida e vi a entrada de um grande hospital entramos e após Dastan dizer algumas palavras a uma recepcionista ela nos mostrou o quarto.
Ao abrir a porta e ver Cloe ligada à múltiplos aparelhos me desesperei corri até ela é vi três olhares incrédulos do outro lado da cama.
Haviam um tubo ligado à boca de Cloe e uma máquina monitorando seus batimentos.
Abracei devagar seu corpo e senti a mão de Jenny em meu ombro direito.
Coloquei as mãos sobre Cloe, mas não conseguia a curar, não conseguia me concentrar estava estragando tudo com meus malditos sentimentos.
Não queria olhar para ela.
Olhei para Roland que mantinha um olhar cansado e triste ele olhou para mim.
- Me perdoe. Eu disse baixinho.
Seu olhar voltou para Cloe.
Uma enfermeira morena alta com grandes atributos que eram mais evidentes em seu uniforme colado entrou no quarto.
- Alguém tem que sair. Ela disse com rispidez.
- Eu saio. Disse Cam e depois saiu.
Dastan sentado em uma cadeira na parede mantinha seu olhar em mim me analisando.
Cloe se mexeu e um das máquinas começou a apitar e segundos depois médicos entraram no quarto e enfermeiras nos puxavam para fora do quarto.
Tudo ficou em câmera lenta vi Roland lutar para permanecer o lado de Cloe e Jenny chorar carregada por uma enfermeira, Dastan havia derrubado um dos seguranças e tentava fazer o mesmo com o outro, Sebastian também lutava para se soltar.
Ouvi um barulho enquanto lutava para voltar para o quarto era o desfribilador e a cada barulho eu sentia que minhas forças iam junto com as de Cloe.
- Lute Cloe...

A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o SolWhere stories live. Discover now