Capítulo 26

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O sol batia em meu rosto.
Piscava para me acostumar com a luz.
Eu me sentia como se um caminhão tivesse me atropelado.
Olhava para o teto.
Não reconhecia aquele lugar.
Aonde eu estava.
Tentei me levantar, mas estava tonta.
Eu estava sonolenta e atordoada, cada parte do meu corpo se rejeitava a se mover.
Devagar movi minha mão até meu ferimento não senti nada.
Me sentei e olhei em volta era um simples quarto ás cores das paredes eram bege e móveis grandes de madeira escura havia uma porta marrom com desenhos esculpidos na madeira.
Olhei para meu corpo estava vestindo uma camisola branca ela cobria todo meu corpo e em seu decote uma pequena renda.
Quem colocou aquilo em mim?
Me levantei devagar havia uma janela grande no quarto fui até ela.
Avistei que era uma casa de apenas um andar e que ficava em uma floresta.
Em cima da cama dobrada perfeitamente estava uma coberta branca a enrolei em meu braço e quebrei a janela peguei um caco grande e fui em direção a porta.
Não sabia quem estaria ali e estava exausta para poder controlar meu poder.
Andei devagar em direção a porta e a abri.
Ouvi leves passos perto de uma parede que dividia os cômodos.
Os passos se aproximavam me lancei em cima daquilo que vinha o prensando na parede com o caco em seu pescoço.
- Vejo que já acordou.
O reconheci e tirei de seu pescoço o caco.
- Morte... Eu podia ter te...
- Matado? Ele disse ironicamente.
- Ou pior.
Soltei o caco no chão ele havia cortado minha mão.
- Como se sente? Ele disse me estendendo um pano, o segurei na mão ferida.
- Me sinto bem.
- Isso é bom.
- Por quanto tempo dormi?
- Por quatro dias.
- O quê?
Como podia tee dormido por tanto tempo?
- Um ferimento como o seu é complicado até mesmo se você não pode morrer.
- Quem me vestiu?
- Mas é óbvio que fui eu.
Fiquei completamente vermelha.
Queria mudar de assunto.
- É... Onde estamos?
- Não sabia para onde te trazer e como havia buscado recentemente o dono dessa casa achei que seria um ótimo lugar para te trazer.
- Mas é claro a casa de um morto é o melhor lugar para se esconder alguém.
- Sim. Ele disse como se fosse óbvio que o lugar era bom.
- E Gadriel?
- Ele volta logo saiu para caçar o convenci a sair de seu lado para se alimentar, já que ficou todo esse tempo ao seu lado.
- O que aconteceu comigo?
- É uma longa história...

Dastan

A procura por Luna foi difícil a neve atrapalhava nossa visão e a temperatura estava muito baixa.
- Acho que por hoje as buscas já terminaram vamos voltar para o castelo. Roland disse.
- Acho que já está na hora Dastan.
- Tudo bem Vosdred.
Cam como sempre me fuzilando com seu olhar.
Havíamos procurado por Luna por duas horas e não achamos sinal de vida nenhum.
- Continuaremos nossas buscas daqui amanhã.
- Tudo bem.
O portal foi aberto todos atravessaram e eu fui o último a atravessar.
Tudo estava um caos, estava sendo travada uma batalha no castelo.
Cam estava muito a frente.
Ele olhava para a escada voltei meu olhar para onde ele estava olhando.
Avistei Luna ela estava no chão no topo da escada seu rosto estava vertendo sangue e seus olhos quase que fechados.
Corri para mais perto.
Ele a pegou pelo pescoço a tirando do chão, ela não se movia.
- Luna. Cam gritou.
Ao lado de Cam estava um homem totalmente coberto por um manto preto.
- Se chegar mais perto mato Luna.
Ela disse algo, mas não consegui escutar ou entender suas palavras.
Eu estava sem reação.
- Se não morre vou te cortar em pedaços todo seu corpo e enterrar em lugares diferentes do mundo. Ele riu ao pronunciar tais palavras.
- Solte Luna. Gritei
Ele não podia ferir Luna, não podia deixar que isso acontecesse.
Ele a ergueu ainda mais no ar.
- Hoje dou fim a teu reinado e o revindico em nome de Dalila e aqui tiro a sua vida.
Alguns dos seguidores de Dalila gritaram.
O homem que era muito alto e possuía muita força segurava Luna com só uma mão, ela parecia estar desnorteada e seus olhos abriam e fechavam.
Ele moveu com uma mão a espada a girando cortando o ar.
Luna abriu os olhos devagar.
O homem colocou a espada nas costas de Luna e tinha um sorriso estampado em seu rosto.
Os lábios de Luna se moveram e sua espada surgiu em sua mão.
Ela virou a espada e o atingiu.
Mas ele também atingiu Luna a espada atravessou seu corpo.
O homem a soltou e caiu no chão rolando pelos degraus.
Luna estava em pé ela não conseguia se manter daquela forma ela ia cair.
Estava correndo em sua direção.
Pude ver sangue saindo de seu ferimento e nas pontas de seus dedos ela estava quase caindo.
Algo apareceu atrás de Luna e a segurou era o homem que estava ao lado de Cam ele a segurava em seus braços.
Ela desmaiou.
E os dois desapareceram.
- Não... Gritei

[...]

- Quem a levou?
Fazem quatro dias desde que aquele homem a levou.
Ele a machucaria?
Eu não havia tido notícias dela e não sabia como ela estaria.
A angústia já era incontrolável precisava encontra lá.

Luna

- E você me trouxe para essa casa?
- Sim e também trouxe Gadriel.
- É melhor que se deite por mais um tempo ainda não se recuperou totalmente.
- Posso te pedir uma coisa?
- Depende do que pedirá.
- Pode tirar o manto de seu rosto?
- Já viu por tempo suficiente meu rosto.
- É muito difícil conversar com alguém sem ver seu rosto.
Me aproximei dele e ele então recuou, me aproximei ainda mais e dessa vez ele não recuou.
Coloquei a mão em seu manto e o tirei de seu rosto ele queria recuar, mas não fez isso.
Sua pele como da última vez que a tinha visto era branca como a neve a palidez de sua pele não era nada comparada com a magreza de seu rosto ele estava com a cabeça baixa seu cabelo era loiro quase que acinzentado e era totalmente sem vida seu olhos claros refletiam uma imensidão de tristeza, mas aquilo não me assustava.
Passei a palma da mão levemente por seu frio rosto.
- Bem melhor assim. Sorri
Por um instante vi um brilho em seus olhos, mas que no segundo seguinte despareceu por completamente.
A morte não era tão assustadora quanto todos pensavam ou simplesmente seu fingimento era totalmente convincente...

A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o SolWhere stories live. Discover now