Capítulo 30: Dastan.

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- Aonde está seu irmão Dastan?
Olhei para Cam.
- Amarrado em meu quarto.
- O quê? Minha mãe gritou.
- Acho melhor explicar isso mais tarde.
- Eu vou solta lo. Jeb disse.
Cloe chegou andando devagar.
- Não devia ter corrido desse jeito. Eva falou baixo.
Cloe colocou a mão sobre seu ferimento e fez uma cara de dor.
Uma mancha de sangue se formou em seu vestido azul o deixando ensopado.
Eva segurou Cloe e Lili ergueu um pouco seu vestido deixando visível que o feitiço não tinha agido direito.
Todos tentaram fazer o feitiço, mas os nervos estavam a flor da pele e ele fôra inútil.
Os pontos feitos por Eva romperam deixando uma enorme abertura na perna de Cloe e deixando visível sua carne vermelha.
- Vamos, você precisa descansar.
Lili e Eva a carregaram até o quarto mais próximo.
- Onde estão Roland e Jeb? Eu disse impaciente.
Cam estava sentado em um dos degraus com o rosto entre as mãos.
Os anciões se aproximaram.
- Ela deve ter despertado agora ainda está fraca pelo ataque. O ancião Miguel que nunca se pronunciava falou.
- Está vulnerável então não somente nós, mas também os clãs inimigos podem a encontrar devem se apressar. Pedro disse.
Roland e Jeb se aproximaram descendo as escadas.
Fomos até uma sala e pegamos as armas.
Cam estava em total silêncio.
Minhas mãos suavam e Roland por incrível que pareça estava sério.
Voltamos até a sala onde todos nos esperavam.
- Vão e tragam a rainha para casa. Beatrice falou com um tom calmo.
O portal foi aberto atravessamos com uma velocidade absurda.
Chegamos a uma densa floresta meu coração estava acelerado, as batidas estavam muito alteradas.
Ela estaria bem? Estaria com aquele homem?
Apertei a espada em minhas mãos.
- Vamos para a frente. Eu ordenei e todos andaram.
Avistei que Vosdred estava ao meu lado ele abriu um pequeno sorriso com se dissesse ( Logo ela estará aqui).
Respirei fundo e continuei a andar abaixado.
Atravessamos a floresta pude ver um pouco a frente uma antiga casa parte dela de madeira e a outra de material, a fachada com duas janelas e a cor da casa já desbotada era de um tom de salmão.
Ouvi vozes e a avistei.
Dalila vestia um vestido vermelho e sinuoso que exibia seus dotes corporais seu cabelo para o lado e os lábios ainda mais vermelhos que seu vestido davam um pequeno e sombrio sorriso.
Olhei para o exército todos estavam abaixados assim como eu, olhei para cada um de seus rostos e eles abaixaram a cabeça concordando em lutar.
A casa estava cercada por um grande número de bruxos, seríamos massacrados nosso exército era muito menos numeroso e além disso não sabia se estariam preparados para uma luta como aquela seria.
Olhei para onde Dalila olhava, ainda não estava visível para ela.
Pude ver Gadriel olhando pela janela em um segundo saiu.
Ele tinha visto que estavam ali.
Dalila estava pronta pra agir, mas eu agiria primeiro.
Senti uma leve ventania fazendo com que as árvores começassem a chacoalhar.
Peguei a adaga de dentro do coturno que usava e a segurei firmemente pelo cabo.
Meu alvo se moveu um pouco para frente ficando ainda mais em meu ponto de visão.
Limpei o suor do rosto e meus movimentos foram rápidos e precisos arremessando a adaga em Dalila uma pequena parede de pedra se formou fazendo com que a adaga ficasse presa na altura onde acertaria o coração de Dalila, vi ao seu lado o bruxo que tinha feito a parede se levantar.
Vi o sorriso satisfeito em seu lábios.
Os outros do exército seguiram atacando.
Ouvi a risada de Dalila.
- Quer dizer que não está mais ao lado de sua amada?
A parede caiu no chão deixando visível Dalila.
Ela bateu palmas.
- Vejo que perdeu o amor dela. Dalila sorriu e depois fez biquinho.
Puxei a espada.
Vi Cam rapidamente atravessar o caminho até a casa atingindo vários bruxos com sua espada, arrancou a porta das dobradiças com um chute certeiro, ele entrou na casa.
Dalila empunhou sua espada em uma pose elegante sua perma saindo pela abertura de seu vestido.
Caminhou em minha direção.
Pelo canto dos olhos vi Cam saindo da casa seu rosto dizia tudo ( Ela não estava mais lá).
Meu sangue ferveu corri em direção de Dalila estava cego por minha fúria ela se desviou e sorriu.
- Meu amor, precisará de muito mais para me acertar.
Nossas espadas se cruzaram.
Fiz um corte em sua perna que estava fora do vestido ela passou a mão pelo sangue com uma leve careta.
- Só isso? Admita que não veio lutar e sim que sentiu falta do meu beijo. Me mandou um beijo no ar.
Fui em sua direção minha espada cortou o ar e se chocou novamente com a dela.
Pude ver de relance Roland no chão ele rolou desviando de ser atingido por uma espada.
- Roland? Gritei.
- Estou bem. Ele disse.
E prendeu nos pés de um dos bruxos raízes afiadas que o fizeram gritar e implorar para que parasse.
- Dastan eles estão em grande número não vamos aguentar por muito tempo. Vosdred falou acertando com uma adaga o coração de uma bruxa do fogo.
Dalila me encarava e assim partindo para cima de mim com um arremesso a joguei no chão.
- Vamos. Gritei e abri o portal fazendo uma parede de fogo para nossa proteção.
Todos atravessaram.
Encontrei o olhar de minha mãe, ela procurava por Luna.
Olhou para mim, balancei a cabeça em negação e vi seus olhos ficarem marejados fui até ela e a abracei.
- Desculpa mãe.
Ela chorava baixinho em meu ombro.
- Vou falar com os anciões volto logo.
Beijei sua testa e subi ae escadas indo em direção a sala dos anciões o castelo havia mudado várias salas haviam servido para que os armamentos fossem guardados os quartos foram todos ocupados pelos exércitos e apenas alguns do moradores da aldeia que Luna havia salvado permaneciam no castelo, eles notaram algo estranho e já se preparavam para partir.
Os alvos não eram mais as aldeias e sim o castelo.
No dia do ataque eles viram Luna ser atingida e viram que realmente o castelo não era mais seguro.
Pensava em tudo isso enquanto ia até a sala.
Bati na porta.
- Entre. Vincent falou
Entrei e avistei seus rostos cansados olhando com animação para mim.
- Aonde ela está? Júlia falou.
- Não a encontramos ela já tinha partido os clãs estavam lá.
Geneviève e Gregório abriram um sorriso maligno.
Os anciões trocaram olhares e depois olharam tentando disfarçar.
- O que há de errado? Disse Indagando.
- Ela tem que voltar logo ela já deve estar com seu poderes muito fortes e ainda não pode os controlar.
- Tememos que ela piore. Beatrice completou as palavras de Pedro
- Ela já devia ter aprendido a controlar os poderes do sol, ou pelo menos não perder o controle. Pedro continuou a falar:
- A cada minuto tudo piora mais, se ela está vulnerável tanto que o feitiço de localização funcionou, pode perder o controle facilmente.
Me lembrei daquele que a tinha levado.
- Quem era o homem que levou Luna?
Pedro olhou para Vincent os dois trocaram um olhar de surpresos e pareciam um ter entendido o pensamentos do outro.
- A curiosidade matou o gato. Geneviève falou rindo.
- E se não calar sua boca eu vou matar você. Disse cuspindo as palavras.
- Era morte. Beatrice disse com seu olhar baixo.
Antes de qualquer outras palavras saí da sala com um forte impulso indo em direção ao quarto de Cam abri sua porta sem nenhum aviso ele me olhou surpreso.
- Era morte. Disse.
Ele me olhou sem entender nada.
- Ele que levou Luna, ele que lutou ao seu lado foi ele.
- O que ele quer com Luna? Cam perguntou segurando um porta retrato com uma foto dos dois.
- Eu não sei e não gosto nada disso.
Agora era de vital importância que eu á encontrasse não deixaria que morte colocasse suas mãos em Luna e muito menos a usasse para o que quer que fosse que ele queria.
Segurei a aliança dentro do meu bolso.

A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o SolWhere stories live. Discover now