capítulo 17

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Estava com a cabeça nos joelhos meus soluços altos e o choro que não cessava.
Gadriel encostou com a cabeça em minha perna.
Olhei para ele.
- Para onde vamos? Falei olhando para Gadriel ainda chorando.
Estávamos em uma floresta distante do castelo.
Limpando as lágrimas e tentando me esquecer do que tinha acontecido me levantei do chão.
Meus pensamentos mudaram agora pensava em onde poderíamos ir.
Eles poderiam nos achar, não podia ir para a antiga casa, eles saberiam aonde eu iria, tinha que ir para o mais longe o possível e me manter lá sem ser vista.
Qual seria o lugar mais improvável de eles me procurarem?
Olhei para Gadriel seu pelo branco como a neve, era isso neve.
Havia um lugar perfeito uma cabana no Alasca que meus pais me levaram quando tinha por volta de seis anos.
Se ela ainda estivesse em pé seria lá onde Gadriel e eu ficaríamos.
O bom daquela cabana e que ninguém sabia de sua existência e muito menos onde ficava então não nos encontrariam.
- Vamos para um lugar distante.
Vasculhava minha bolsa, encontrei o cartão dado por meu pai na última vez que o tinha visto antes dele ter sido morto.
Tinha que comprar roupas e mantimentos por um tempo.
- Gadriel você fica aqui.
Acariciava seus longos pelos.
Abri o portal e surgi ao lado de um mercado em uma pequena cidade que ficava à uma longa distância da cabana.
Já havia tirado o vestido colocado um jeans e uma camiseta folgada.
Fui até o caixa eletrônico e retirei uma boa quantia de dinheiro.
Entrei no mercado fazia tanto tempo que era estranho estar passando por aqueles corredores.
Comprei mantimentos para um mês incluindo muita carne para Gadriel.
Paguei pelas compras e fui até uma loja de roupas e equipamentos.
Como a cidade ficava em uma área onde nevava haviam um grande estoque de roupas para o inverno.
- Olá senhorita é nova aqui?
Era uma senhora muito bem vestida e com um belo sorriso.
- Olá, não só estou de passagem.
- O que uma bela moça como você quer?
- Que tal um belo vestido?
- Não quero roupas para o inverno.
- Acho que tenho coisas perfeitas para você.
Ela se retirou e voltou logo com várias roupas em suas mãos.
- Essa é uma capa, ela protege muito bem do frio querida.
A peguei em minhas mãos, o tecido era pesado.
- Vou levar.
- Preciso de um manto também.
- Volto em alguns minutos.
- Tudo bem.
Andei pela loja e peguei luvas, lanternas e uma pederneira.
- Pronto querida, aliás como se chama.
Pensei rápido.
- Annabeth.
O único nome que veio em minha cabeça.
- Lindo nome.
- Obrigada, esse é o manto?
Apontei para o tecido que trazia em seus braços.
- Sim... Sim é esse.
- Tem algo para cachorros?
Gadriel não era um cachorro, mas como explicaria que era para meu lobo.
- Tenho sim são esses daqui.
- Quero todos.
Ela me olhou espantada.
- E também vou levar essas coisas.
Mostrei tudo o que tinha pegado.
- Vou pegar mais algumas coisas ainda.
Peguei ainda calças, blusas, botas, outras roupas e algumas facas.
- Pronto peguei tudo que vou precisar.
Coloquei tudo sobre o balcão e a senhora me olhava espantada.
- Acho que não pegou tudo, não importa para onde vai tem sempre que levar alguns vestidos.
- Não é necessário.
- É por cortesia minha, comprou muitas coisas então vou te dar esses vestidos.
Paguei pelas coisas e me dirigi até a porta.
- Foi um prazer te conhecer senhorita.
- O prazer foi meu.
Saí da loja com as mãos absolutamente cheias de sacolas.
Fui até um local afastado onde ninguém me encontraria e atravessei o portal.
- Oi Gadriel.
Ele veio até mim.
- Temos que procurar um lugar para gente.
Abri um portal e junto com Gadriel atravessei.
O chão era coberto por neve e logo à frente estava a pequena cabana.
- É aqui Gadriel.
Estava tão frio.
Chegamos até a cabana.
A porta estava trancada, a destranquei com um movimento e entramos.
A cabana era muito rústica toda feita de madeira escura e gasta os móveis de couro e uma grande lareira de pedra clara na parede da sala.
Haviam teias de aranha por todo lado.
Gadriel me deu um olhar.
- Eu sei que parece feio, mas é só eu limpar que tudo vai ficar melhor.
Ele começou a andar pela casa.
Peguei uma vassoura e comecei a limpar as teias de aranha e a varrer o chão.
- Pronto tudo está limpo.
A cabana era muito fria tinha que pegar lenha para acender a lareira, não usaria mais meus poderes seria como uma pessoas normal.
Uma pessoa normal com um lobo e em uma cabana no Alasca.
Abri a portal e o vento frio se chocou contra meu corpo, Gadriel veio junto a mim.
Entramos na floresta e peguei alguns galhos Gadriel só observava assegurando que não estivesse nenhuma ameaça.
Ele sumiu correndo entre as árvores.
- Gadriel. O chamei
- Gadriel.
Fui até onde o vi sumi.
- Isso é horrível Gadriel.
Ele estava estraçalhando um animal.
- Vou para casa a porta vai estar aberta, quando terminar com isso venha para casa.
Juntei os galhos do chão e fui para casa.
Entrei e deixei a porta semi aberta, coloquei toda a lenha na lareira e peguei a pederneira, depois de algumas tentativas consegui acender o fogo.
Seria mais rápido se tivesse usado meus poderes, mas não os usaria.
Me sentei na frente da lareira depois de algum tempo a porta se abriu e vi Gadriel.
- Já acabou?
Ele empurrou a porta que se fechou, deitou- se ao meu lado e adormeceu.
A cena do que tinha causado a Dastan estava em minha mente.
Eu perdi tudo não havia por quem lutar mais, tudo o que tentava só piorava a situação, então sabia que lutar contra isso seria em vão.
Me perdi em meus pensamentos e adormeci.

- Te disse que isso aconteceria.
- Eu não tenho mais nada a perder faça seu melhor me enlouqueça, faça de meus pensamentos minha prisão, destruam à mim e a minha vida, não me importo mais.
- Sei que se importa, tenho certeza disso, mas uma coisa que disse está correta vou te enlouquecer, vou fazer você implorar para estar ao meu lado.
- Já disse faça o seu melhor...


A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o SolHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin