capítulo 52: Lutando pra viver

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Dastan:
Os olhos de Luna e seu sorriso fraco foram as melhoras coisas que já vi.

[..]

Havia um forte cheiro de putrificação, um forte cheiro de morte.
Não conseguia ver nada em minha frente tudo era escuridão.
Um enorme silêncio já se perdurava.
Eu me sentia em paz, confuso, mas em paz.
Ela não conseguiu, há essa altura ela já estaria em meu braços.
Então ali era o submundo, então ali estaria Morte.
- Morte. Gritei e minha voz ecoou e o silêncio ainda perdurou...

[...]

Luna:

Eu ouvi sua voz me virei bruscamente ao ouvir ele me chamar e dizer que me amava, no segundo seguinte me vi correndo até ele, pois, ele havia caído ao chão.
Aflição tomou meu peito, senti lágrimas queimando por meu rosto, tive que conter.
Já estava com ele em meus braços seus olhos reviraram involuntariamente.
Jeny e Sebastian assim como os outros gritavam por Dastan.
Ele tossiu e sangue escorreu pelo canto de sua boca.
Não havia como controlar mais a lágrimas.
Ele tocou levemente meu rosto com sua mão, ela estava fria.
- Eu sempre te amei. Disse ele com dificuldade uma lágrima escorreu por seu rosto.
- Eu também te amo Dastan, fica comigo, não me deixa. O desespero tomou conta de mim.
- Fica. Eu disse e os seus olhos se fecharam.
- Dastan? Dastan? Chacoalhava seu corpo, mas ele já estava sem vida.
Meu coração acelerou.
- Luna? Jeny se aproximou seu choro se transformou em um soluço.
Coloquei as mãos sobre o peito de Dastan e as senti molhadas quando olhei para as palmas estavam cobertas por sangue.
Arregalei os olhos.
- Você vai voltar pra mim, eu não vou te perder Dastan.
Um aglomerado de pessoas que formavam todos envolta de nós.
- Chamem um ambulância.
Abracei o corpo de Dastan e me concentrei em meu quarto quando abri meus olhos lá estava com Dastan em meus braços sobre o grande tapete do quarto.
Coloquei a mão em seu peito e fechei os olhos.
"Salve ele Luna, não o deixe morrer."
Abri meus olhos e Dastan ainda não se movia, tentei medir sua pulsação, mas ela não existia.
A porta do quarto se abriu e todos entraram.
Jeny ficou ao meu lado.
- Eu não estou conseguindo. Disse com lágrimas nos olhos.
- Tente novamente Luna.
Me concentrei mais uma vez, pensei em Dastan.
E novamente nada aconteceu.
"- Não vou te deixar salvar Dastan." Uma voz ecoou em minha mente era Sol e foi seguida por sua demoníaca gargalhada.
- Luna o que houve? Você está pálida.
- So...so... Sol ele não... me deixa salvar. Gaguejei.
Jeny me olhou espantada.
- Eu preciso chamar Morte, tenho que falar com ele.
- Chame ele.
- Morte, eu preciso de você, preciso muito de você.
Todos ficaram em silêncio...

[...]

Dastan.

- O que você faz aqui? Uma voz ecoou em meio a escuridão.
- Ela não conseguiu, Dalila me feriu enquanto eu tentava mata lá.
- Matar Dalila? A um tempo atrás estava aos beijos com ela, muda de opinião rápido. Disse ele arrogante.
- Eu nunca faria isso, eu tentei matar Dalila, Luna apareceu na hora errada, não viu o que realmente aconteceu só viu o beijo.
- Algo está estranho.
- O que?
- Alguma coisa ou alguém está impedindo Luna de te curar posso sentir isso.
- Impedindo? Indaguei.
- Pode ser a Lua ou pode ser o Sol, não podemos perder tempo ou será tarde demais.
A escuridão foi extinta e a minha frente a figura magra de Morte surgiu e atrás dele a imensidão de um campo com palha amarelada e queimada pelo sol.
- Não podem mexer aqui, esse é o meu mundo, quem controla aqui sou eu. Gritou morte enfurecido olhando para cima.
- Mas porque ajudar Luna a me salvar? Se eu não tiver vivo o caminho está livre pra você.
- Errado, eu amo Luna e sei que você também a ama e ela retribui esse amor a você, não me importo se ela ficar comigo ou com você, o que importa é a felicidade de Luna, a felicidade dela está acima de tudo.
- Posso ver que o que sente por Luna é amor.
- Perder você pode fazer Luna ficar ainda mais incontrolável, ainda mais poderosa, quero que ela me ame, mas você faz bem a ela.
- Eu quero contar a verdade a Luna, quero estar ao seu lado, quis contar a verdade, mas tudo deu errado.
- Ela está me chamando, vou até ela, te vejo em breve se tudo der certo.
- Eu espero que dê...

[...]

Luna

- Luna, eu estou aqui. Ouvi a voz de morte quebrando o silêncio que se perdurava a algum tempo.
- Eu não consigo salvar Dastan. Disse soluçando.
Morte se aproximou ficando de joelhos no chão.
- É o Sol, ele não me deixa curar, está mexendo comigo, parece estar drenando meu poder.
- Ele fez um bloqueio, mas como?
- Me ajude Morte, não posso perder Dastan, eu não vou aguentar.
- Eu vou te ajudar, não posso quebrar o bloqueio, mas posso tirar o poder de você e passar para ele isso vai te deixar fraca, vulnerável e seu poder ficará esgotado por um tempo e temo que possa perder seu poder de devolver a vida.
- Eu faço tudo para poder salvar Dastan.
- Tudo bem, todos vão ter que sair do quarto eu tenho que ficar sozinha com Luna e Dastan.
- Está bem. Todos saíram.
Troquei olhares com Morte e ele estava assustado.
Ele enxugou as lágrimas que brotavam de meus olhos.
- Vai dar certo Luna. Ele falou a frase tentando se convencer do que ele havia falado.
- Feche os olhos e segure minha mão.
Fechei e ele encaixou nossas mãos as entrelaçando.
- Luna, me desculpe por isso, mas não abra os olhos.
Senti um corte em meu braço a dor foi agonizante, gritei.
Ele segurou minhas mãos ainda mais forte.
Outro corte acima do meu pulso.
Por instinto puxei os braços, mas foi como se eu não tivesse feito nada, ele não se moveu.
Comecei a ouvir sussurros era em latim, mas era quase inaudível.
O sangue quente escorreu por meu braço.
Os dedos frios de morte passaram sobre os cortes e parecia que ele desenhava sobre meus pulsos com o sangue.
Ouvi um barulho de tecido sendo rasgado.
- Luna abra seus olhos.
A cena a minha frente me deixou assustada.
Haviam marcas sobre o peito de Dastan feitos por sangue e um enorme ferimento em seus peito.
As marcas pareciam com círculos irregulares, mas me lembravam a letras uma cortava a outra e algumas marcas eram linhas tortas.
Olhei para meus pulsos e haviam marcas semelhantes às de Dastan.
- O que é isso? Olhei para Morte.
Ele veio até mim ergueu minha cabeça e forçou meu lábios contra o dele, ele abriu uma pequena abertura em minha boca e com sugou com força o ara de dentro de meus pulmões.
Eu fiquei totalmente enfraquecida, exausta e meu corpo vacilou.
Eu caí ao lado de Dastan toquei com a minha mão sobre a dele ela estava fria.
Nos lábios de morte havia uma espécie de fumaça branca.
Ele se aproximou de Dastan segurou seu rosto e soprou a fumaça em seu rosto.
Minha visão se escureceu e pude ver Dastan se levantar bruscamente puxando o ar com toda força e segurando minha mão.
Ele gritou e tossiu.
Morte se aproximou de mim me virando para cima, Dastan apertou minha mão e olhou em meus olhos.
Tentei falar, mas não consegui pronunciar as palavras.
- Não diga nada Luna, eu estou aqui e eu estou bem.
Olhei para os rostos de Morte e Dastan.
Abri um curto sorriso...

A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o SolOnde as histórias ganham vida. Descobre agora