capítulo 13

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- Ande mais rápido Luna.
- Qual é a pressa?
- Temos que conversar sobre os preparativos do casamento Luna.
- Eu sei, mas para quê correr desse jeito?
As duas riam.
Estávamos correndo pelos corredores e fomos até o quarto de Cloe, ela abriu a porta e uma pilha de tecidos e revistas estavam por cima da cama e no chão.
- Um furacão casamenteiro passou aqui? Disse e sorri.
- Luna e se fosse um casamento triplo?
- Não garotas nem pensar.
- Mas por quê?
- Eu quero esperar por um bom tempo ainda.
- Boba. Lili disse rindo alto
- Me contento em ser a madrinha de vocês duas.
- Ainda bem.
- Olha Luna. Lili segurava uma revista mostrando um lindo buquê de rosas brancas.
- Lindo não é?
- Sim.
- Luna, tira da cabeça da Lili um vestido preto para o casamento.
- Vai ser maravilhoso Cloe, isso é uma tradição na minha família.
Me lembrei do vestido preto que eu vesti para me casar com Sun.
Só de pensar nele sentia calafrios.
- Você vai casar de branco Cloe?
- Sim, um belo vestido branco e não um preto como se estivesse de luto. Cloe estava provocando Lili.
- Estou pensando nesse estilo de vestido, só que preto. Ela mostrou a lingua para Cloe.
- É lindo.
Me deitei na cama e vi por horas elas discutindo pelas cores de vestido, arranjos de mesa, tecidos e sobre tudo em relação ao casamento.
Em alguns momentos me pediam para escolher entre um tecido e outro.
- Camarão ou ostra?
- Camarão.
- Azul ou verde?
- Azul.
- Begônias ou rosas?
- Rosas.
- Feijão ou Cobra?
- Cobra
- Espera como assim cobra?
- Era só pra ver se estava prestando atenção.
- Tá bom, mas sem cobras e sem feijão.
As duas riram.
- Pode deixar.
- Acho que já ajudei o suficiente, posso ir?
- Pode.
- Não se preocupem vão ser as noivas mais lindas do mundo.
Abracei as duas e depois saí do quarto e fui até a biblioteca.
Abri à porta e vi sentados na longa mesa Gregório e Geneviève.
Fui fuzilada com os olhares deles.
- Aplaudam todos a última rainha das bruxas, por que depois de seu reinado não existirão mais bruxos para assumir por que todos estarão mortos.
Eu estava com as palavras na ponta da língua, quando fui responder a porta se abriu.
- Oi Luna.
- Cam.
Puxei o ar com força me controlando para não socar a cara de Geneviève ou pular no pescoço de Gregório.
Cam segurou meu ombro.
- Me pediram para vir te chamar.
- Para quê?
- Jantar.
Eu encarava Geneviève.
- Tudo bem.
Me virei em direção a porta consegui ouvir a voz de Geneviève baixa falando algo sobre mim:
- Essa garota me enoja.
Já era tarde eu já tinha me virado para Geneviève.
- Repete o que você disse.
- O que?
- Repete o que disse. Eu gritei e Cam tentou me segurar.
Dei uma gargalhada alta.
- Vocês não sabem com quem estão mexendo.
- Você não pode ferir membros do conselho.
- Quer ver como posso?
Nas palmas das minhas mãos estavam duas bolas de fogo.
- Luna, não faça isso, venha comigo vou te tirar daqui.
- Essa garota é maluca, alguém tem que deter ela.
- Quem disse que quero sair daqui? Eu não reconhecia as palavras que tinham saído da minha boca, elas foram involuntárias.
Cam me virou em minha direção e segurou meu rosto.
- Olha pra mim, não faça isso, você não é assim.
Foi como se eu tivesse saído de um transe, as bolas de fogo se apagaram e Cam me abraçou.
Cam começou a me puxar e eu o segui.
- Eu... Eu não queria ter feito isso.
- Sei disso Luna, venha comigo.
Ele me levou até a varanda.
- Sei que gosta de ver as estrelas, sempre gostou.
Sorri e ele retribuiu.
A noite estava linda.
Cam segurou minha mão.
- Vai ficar tudo bem, nunca vou deixar nada te ferir.
Pobre Cam mal sabia ele que era à mim que ele deveria temer e os outros proteger de mim.
- Agora vamos sair daqui?
- Vamos.
- Está com fome?
- Sim.
- Então vamos, todos devem estar te esperando.
Ele me estendeu o braço e eu o segurei.
- Melissa também está lá em baixo?
- Está.
- Então é bom que eu me afaste não quero atrapalhar as coisas entre vocês.
- Não se preocupe com isso.
Descemos as escadas e fomos até um salão de jantar.
Quase todos os lugares tinham sido ocupados a mesa estava cheia e na ponta da mesa um lugar com uma enorme cadeira acolchoada.
- Venha se sentar Luna.
Cloe apontou para a cadeira na ponta.
Dastan estava ao lado e Cam se sentou ao lado dele.
Fui até lá e me sentei.
Logo vi Geneviève e Gregório chegarem a mesa e se sentarem.
Todos começaram a se servir olhei para Dastan, Cam estava cochichando algo.
Geneviève estava contando o que aconteceu na biblioteca para os outros anciões e me encarava a cada palavra que pronunciava.
- Não vai comer Luna?
- Perdi a fome, vou me retirar.
- Fique mais um pouco Luna.
- Não dá mais para aguentar.
Apontei para Geneviève e Cloe entendeu o que eu quis dizer.
Me levantei da mesa bruscamente.
Enquanto andava em direção da porta pude escutar tudo caindo de cima da mesa.
Fechei minhas mãos.
- Respira, se acalma, não perca o controle. Repetia as palavras sem ter sucesso em executa las.
Quando estava no centro da sala um barulho alto veio de cima de mim.
O lustre tinha sido arrancado do teto e vinha em minha direção por instinto olhei para o rosto de Geneviève e vi sua mão levantada e seu sorriso malvado ela havia feito aquilo.
Ergui a mão e o lustre parou no ar, por alguns segundos que se prolongaram o silêncio e o rosto de assustados reinou.
Comecei a fechar a mão e assim abaixando a mão, o lustre devagar começou a descer eu o joguei para o canto da sala onde não iria machucar ninguém.
E olhei para Geneviève ela estava frustada por aquilo que ela tinha feito não ter dado certo.
Algo invadiu meu peito.

Dastan.
- Ela disse isso a Luna?
- Sim, tirei Luna de lá antes que o pior acontecesse.
- Fez bem, continue seguindo ela pois, não podemos deixar que eles digam nada a ela.
- Algo aconteceu com ela à tarde, fui até o quarto e vi que ela estava dormindo, mas algo estava errado ela começou a se virar de um lado ao outro da cama, deu um grito e acordou, ela estava estranha me abraçou e quando Cloe chegou na porta ela fez a mesma coisa. Disse a Cam enfiando o garfo cheio de comida na boca.
- Isso realmente é estranho. Ele falou.
Olhei para onde Luna estava sentada e não a encontrei.
Luna tinha se levantado da mesa.
Enquanto ela passava os pratos e tudo que estava sobre a mesa caiu no chão.
Um barulho alto me assustou o lustre tinha caído do teto.
Luna estava em baixo, iria cair sobre ela.
Eu me levantei da cadeira e tentei correr até ela.
Todos estavam assustados.
Luna fez o lustre parar no ar e o jogou no canto da sala ela olhava para alguém.
Começou a gargalhar alto de um jeito assustador.
Suas mãos tremiam muito.
Me aproximei dela e a segurei pelas cintura.
- Luna, vira pra mim.
- Me solta Dastan. Ela gritou ainda rindo.
- Nunca.
- Vai se arrepender do que fe Geneviève, escute o que estou lhe dizendo.
- Tire essa garota daqui, ela está maluca.
As mãos de Luna tremiam ainda mais.
Todos olhavam a cena alguns assustados, outros surpresos, mas todos os olhares estavam fixos nela.
A puxei para mais perto e a tirei com dificuldade da sala ela se debatia em meus braços.
Seu olhar havia mudado parecia a mesma de sempre.
- Me tira daqui.
- O que foi?
- Me tira logo daqui.
Não pensei duas vezes abri um portal e segurava sua mão que ainda tremia.
Atravessamos, levei ela para aquele pequeno lago perto de casa.
Ela se sentou em uma pedra, me sentei ao seu lado.
- Eu não consigo mais Dastan, pedi que me tirasse de lá por que estava quase rasgando o pescoço de Geneviève.
- Você consegue meu amor.
- Eu estou com vontade de gritar, tudo isso está preso na minha garganta.
- Então grite.
Ela olhou para mim e fechou as mãos.
- Ahhhhhhh.
Ela gritou tão alto que os pássaros que estavam nas árvores saíram desesperados voando.
Seus punhos estavam cerrados e envolta de suas mãos fogo.
Fui até ela e a abracei.
- Sei que está difícil, mas você não pode desistir.
- Eu não vou.



A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o SolOnde as histórias ganham vida. Descobre agora