A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o Sol

capítulo 18

Dei um pulo.
- O que foi Gadriel?
Ele dava cabeçadas me levantando.
- Ouviu algo lá fora?
Me levantei e fui até a mesa vesti a capa e peguei uma faca.
Gadriel estava em guarda olhando para a porta ele começou a rosnar.
Fui até a porta e abri devagar.
A noite estava fria e apenas o barulho do vento podia ser escutado.
Gadriel foi em minha frente apertei a faca ainda mais em minhas mãos.
- Tem alguém aqui?
Não obtive resposta.
Gadriel começou a uivar e foi em direção da floresta.
- Me espera Gadriel. Disse já correndo indo em direção a ele.
O vento fazia meus cabelos baterem contra meu rosto como um chicote.
- Gadriel. Já estava preocupada
Ouvi outro uivado que não era o de Gadriel, meu corpo gelou.
Estava sendo observada.
Algo se chocou contra minhas costas me fazendo cair no chão derrubando a faca longe de mim.
Me virei e me deparei com um lobo com pelos negros e olhos completamente pretos eu já havia visto aqueles olhos.
Ergui minha mão e o empurrava tentando manter ele longe de mim.
Ele tentava morder meu pescoço.
Algo o tirou de cima de mim.
Era Gadriel.
Os dois em lados oposto rosnavam, o lobo negro então começou a uivar.
O que estava fazendo? É claro lobos andam em matilhas ele estava chamando por outros.
Logo outros lobos apareceram todos com os caninos a mostra e com olhares de fúria.
Gadriel então ficou na minha frente ele me rodeava.
Os lobos haviam nos cercado.
Gadriel atacava todos que se aproximavam o lobo negro era o maior ele atacou Gadriel.
Um lutando para perfurar a pele do outro com uma mordida, Gadriel se defendia fazendo com que o lobo negro não o atingisse.
Os outros lobos rosnavam para mim.
Gadriel se virou sendo atingido com as garras do lobo negro.
- Estou bem. Gritei
Fechei as mãos cerrando os pulsos, bolas de fogo envolveram as minhas mãos.
Ouvi um choramingar e olhei para o lado Gadriel estava com a boca no pescoço do lobo negro com seus dentes fincados no outro lobo.
Gadriel o arrastou pela neve, o jogou e depois rosnou.
Os lobos começaram a correr fugindo de Gadriel, corri até ele e desci com os joelhos ao chão.
Havia um pouco de sangue devido a ter sido cortada pelas garras do outro lobo.
- Vou cuidar disso meu querido. Encostei minha testa na dele.
Peguei um punhado de neve e a coloquei sobre seu ferimento.
Ele começou a choramingar.
- Vamos para casa.
Fomos até a cabana a lareira havia apagado, reacender estava sendo difícil, mas com um movimento de mão o fogo se acendeu.
- Vou ter que limpar Gadriel.
Ele colocou a cabeça sobre meu colo.
Depois de ter limpado seu ferimento, o acariciava até que vi que tinha adormecido.
- Você é o melhor.
O beijei e o cobri com a manta.
Adormeci ao seu lado.

[...]

O sol batia em meu rosto, aquela sensação era tão boa.
Abri os olhos e tudo estava brilhante por causa da luz do sol.
Gadriel estava sentado me observando.
Nenhuma marca estava evidente em seu rosto.
- Está bem?
Ele veio até mim.
Acariciava seu pelos.
- Aquilo que aconteceu ontem, por que eles estavam ali? Por que nos atacaram?
Ele arrastou sua pata pelo piso de madeira, vi marcas se formando.
- L?
- Lua, Gadriel?
Ele abaixou um pouco a cabeça parecia estar confirmando.
- Os olhos negros, o feitiço que ela fez em Dastan.
Como pude ser tão burra sabia que já tinha visto aquele mesmo olhar, aqueles mesmo olhos.
Ela não tinha conseguido me ferir.
Era claro, seus poderes estavam realmente perdendo a força.
Tinha que ver a Lua.
- Volto logo querido.
Beijei seu focinho.
Me concentrei na imagem da floresta e em lua.
Abri meus olhos estava na floresta e a lua sentada no chão coberto de folhas.
Surgi atrás dela.
- Olá mamãe. Disse em seu ouvido
Ela se assustou e olhou para trás.
- O que faz aqui Luna?
- Vim até aqui para pessoalmente rir da sua tentativa de me ferir ou ferir meu lobo.
- Eu não fiz nada querida.
Seu olhar era de assustada.
- Como pode ser patética desse jeito?
- Como ousa falar desta forma comigo?
- Eu falo do jeito que bem entender com você. Gritei
- Não me desafie Luna. Ela disse se levantando.
- Ou o que? Vamos me ataque faça o que quiser não pode me matar.
- Posso causar dor pior que essa.
- Eu poderia te matar agora. Disse olhando para ela.
Me aproximei.
Ela recuou.
- Mas não se preocupe sua morte vai ser lenta, dolorosa e um prazer para mim, você me pagará por tudo que me fez Lua, me pagara com sua vida pela maldição, por meus pais, por Eveline, Gaston e todos que por minha culpa já se feriram.
- Você está ficando como Sun.
- Não, eu sou pior do que ele, ele não matou você, mas eu vou matar você e Sol.
Meu sorriso estava aberto.
- Sua hora logo chegará Lua e ela vira por minhas mãos.
Fechei meus punhos.
Puxei o ar com força estava deitada sobre o chão e Gadriel me olhava de cima.
- Estou bem.
Passei as mãos em seus pelos e me levantei.
- Que tal comer algo?
Fui até a cozinha e em um prato coloquei o bife cheio de sangue, Gadriel me olhava, empurrei o prato e ele deslizou até ele que começou a comer.
- Isso é muito nojento.
Ele não se importou com minhas palavras.
Havia perdido a fome.
- Vou tomar um banho, não vou demorar.
Fui até o banheiro e chutei algo no chão era uma pequena bolinha presa no assoalho a puxei e a madeira foi puxada havia um espaço entre o assoalho e o chão, coloquei a mão dentro dele, devagar senti uma superfície de madeira em minha mão, puxei com cuidado e lá estava um arco e flecha.
Coloquei a mão novamente e pude sentir uma espécie de tecido, coloquei a mão abaixo e o tirei era um livro com uma capa marrom completamente empoeirado, com um assopro que fez a poeira se espalhar pelo ar, era um livro antigo a capa estava danificada e não era visível a letra que estava representada, apenas poucos vestígios haviam sobrado,o deixei no chão.
Coloquei a mão novamente no buraco abaixo do assoalho e senti uma bolsa de couro a puxei e estava completamente cheia de flechas.
Não havia restado mais nada dentro do buraco.
Abri ainda mais a bolsa e vi um pequeno porta retrato fechado o abri.
Era uma antiga foto, nela estavam meu pai e minha mãe abraçados e no colo de minha mãe em seus braços eu estava.
Os sorrisos dos dois era tão lindo.
Meus olhos encheram de lágrimas.
- Me desculpem.
A casa começou a tremer...