A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o Sol

Capítulo 47: Dastan

Morte olhava para Luna a cada segundo, ele disse algo para ela que não pude ouvir.
- Você veio aqui para treinar ou para ficar de conversa com seu cão do inferno. Bufei
Ela me encarou aqueles olhos brilharam em fúria.
- Vamos começar. Ela levantou da mesa.
Seu vestido turquesa fazia com que sua pele branca se destacassem os olhos pareciam ficar guardados em minha mente.
Ela era linda, mas agora ofuscava tudo ao seu redor o mundo parecia estar em preto e branco, mas Luna erradiava cor havia um leve rubror em suas bochechas.
Graciosamente ela andou pela sala indo até Beatrice e seguida por morte (o cão do inferno) ficou ao lado de Pedro e Beatrice que estendeu um enorme livro de feitiços.
- Eu não quero que todos fiquem aqui uma vez já foi mais que o bastante, não quero ferir ninguém aqui. Luna falou.
- Eu não preciso sair. O cão falou.
- Se vão ficar aqui eu também fico. Rebati suas palavras.
- Por quê?
- Eu sou seu protetor não importa quem seja que está ao seu lado. Olhei para morte erguendo a sobrancelha.
- Se é isso o que deseja Luna. Maggie falou.
Os anciões trocaram olhares.
- Acho melhor que nos retiremos.
Beatrice falou e em seguida se levantou da cadeira seguida pelos outros anciões.
Todos saíram fiquei olhando para Luna que estava incrédula o olhar de morte era indecifrável os dois me fuzilaram por alguns instantes.
- Vão ficar apreciando minha beleza ou Luna vai treinar?
Os dois então olharam para os livros abertos na mesa.

[...]

- Quantas vezes já disse que já olhei esse livro? Bufei
- Olhe novamente Dastan. Luna gritou.
- Tudo bem majestade. Enfatizei a palavra majestade o que a fez bufar ainda olhando para o livro.
Ela estava folheando as páginas do livro a algum tempo e o cão do inferno fazia o mesmo com o outro livro.
Ele ignorava minha presença e minha palavras.
Eu não conseguia me concentrar estava muito nervoso o que os anciões disseram era muito grave esse poderia ser o fim de Luna...
- Eu vou buscar o livro de sua mãe o melhor jeito de controlar seus poderes e aprendendo usar. Disse o cão da morte interrompendo meus pensamentos e angústias.
- Mas morte...
Ele havia desaparecido surgiu um segundo depois com um livro surrado de capa dura.
Ele o abriu colocando a frente de Luna que o olhou.
Eu queria pular no pescoço daquele cão.
- Tente Luna.
- Eu tenho medo de acabar ferindo ele.
Luna então apontou para mim.
Que em sátira olhei para os lados procurando por outra pessoa.
Apontei para mim mesmo.
- Vamos querida faça o seu melhor.
Me levantei e abri os braços.
O olhar de Luna mudou e o medo foi dizimado e no lugar dele a menção de um desafio a fez me olhar de um jeito voraz.
- Tente esse não vai machucar tanto, eu acho. O cão pronunciou com um sorriso maligno.
O que ela viu nele?
O olhar de Luna foi para o livro seus dedos passaram pela página e seus lábios balbuciavam palavras.
- Está pronta vossa majestade? Gritei zombando de sua cara.
- Estou. Ela moveu sua mão se levantando e a cadeira foi para trás ela fez o livro levitar e ficar a sua frente.
Morte estava atrás dela e analisava seus movimentos.
- Domine seus poderes, os torne parte de você.
- In oculis vestris meo apparuit candentis. Ela gritou.
Nada aconteceu e o olhar de Luna recaiu.
- Mais uma vez. Morte gritou imponente.
- Não fale assim com ela. Gritei.
Luna olhou para mim.
-In oculis vestris meo apparuit candentis. Ela gritou outra vez com um pouco de desespero em sua voz.
E novamente nada.
Ela ficou muito desaponta morte então a puxou pelos ombros fazendo com que ela olhasse para ele.
Corri em sua direção e puxei Luna de seus braços.
- Não toque ela assim. Segurava os braços de Luna atrás de minhas costas.
- Dastan, o que tá dando em você?
Ela passou por mim.
E morte abriu um sorriso.
- Vai tentar novamente. Ele falou.
- Eu não consigo mais. Disse Luna abaixando a cabeça desistindo de tudo.
A puxei pelo braço a afastando de morte.
- Olhe para mim, eu sei que parece difícil, mas vai conseguir, acredite em mim.
Os olhos de Luna se iluminaram.
- Obrigado. Ela sorriu.
Soltei seus braços e me afastei indo até o final da mesa.
- Agora tente novamente.
- In oculis vestris meo apparuit candentis.
E mais uma vez nada.
- Acho que falta algo, quando você conseguiu fazer aquele feitiço no que você estava pensando? Morte indagou.
- Eu estava com raiva.
Então se isso era o que Luna precisava era isso o que eu faria.
- Sabe retiro tudo que eu disse, você não tem força suficiente para fazer esse feitiço, fraca do jeito que você é será impossível realizar esse feitiço.
Morte trocou um olhar comigo entendi que era pra continuar.
Luna ficou com os olhos marejados e isso me destruiu, mas não podia voltar à trás tinha que continuar ela dependia disso.
- Como pode ter sido dado um poder tão forte desse e você não consegue controlar, você não merecia esse poder e nem o da Lua e muito menos a coroa que foi entregue a você.
A cada palavra que pronunciei senti que eles foram com facadas em Luna.
Ela estava sem reação, fechou os olhos e abriu várias vezes dava pra ver que segurava o choro.
Me senti desprezível, havia despedaçado seus sentimentos.
Seus punhos se fecharam e uma luz vermelha foi irradiada dela, era uma luz vermelha alaranjada parecia fogo.
- In oculis vestris meo apparuit candentis. Ela gritou com raiva.
A luz então saiu do corpo de Luna e foi crescendo e se espalhando pela sala deixando tudo coberto pela luz.
Ela se estendia lentamente, Luna continuava de olhos fechados até que abriu e a luz fortemente se chocou com meus olhos tudo que via foi a luz.
Ouvi os passos de Luna que tocou minhas mãos.
- Dastan você está bem?
Eu não consegui ver o rosto de Luna.
Meu corpo começou a queimar e uma dor agonizante tomou meu corpo.
Empurrei Luna para longe.
E cai no chão rolando de um lado a outro me retorcendo com a dor.
- Dastan. Luna gritou e sua mãos me seguraram me mantendo parado.
Meu corpo involuntariamente batia contra o chão.
- Eu não quis fazer isso, eu juro.
- Não... Se... Preocupe. Disse lentamente e com dificuldade.
Ela me abraçou e seu coração estava acelerado.
- Morte faça algo não deixe que nada aconteça a Dastan.
- Eu não posso fazer nada Luna.
- Eu não vou usar mais meus poderes Dastan, eu juro por você.
Ela soluçava em meio a lágrimas.
- O que está sentindo? Ela disse chorando.
- Meu corpo... Está queimando e a dor é... forte. Gritei.
As cores eram avermelhadas e era só isso que podia ver.
- Eu vou te ajudar.
Luna me envolveu com seus braços.
Respirei fundo e a dor continuou.
Gritei fazendo Luna chorar ainda mais.
- Eu estrago tudo! Ele chorou baixinho.
Tentei encontrar seu rosto passando a mão no ar ela então puxou minha mão a colocando em suas bochecha.
- Vai ficar tudo bem. Falei baixo tentando a acalmar.
A cor vermelha então foi se dissipando e diminuindo lentamente e junto com ela a dor pude então ver os olhos e o doce rosto de Luna
- Seus olhos estavam vermelhos, você está bem?
Estava um pouco zonzo.
- Vou ficar não se preocupe.
Ela então me apertou em seus braços a envolvi sentado no chão passei a mão pelos cabelos de Luna e pelo seu ombro pude ver Morte que nos olhava sem nenhuma reação.
Enfim estava com ela em meus braços.
Ali era seu lugar...