Capítulo 29

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Nossos rostos estavam a centímetros de distância sabia que ele podia sentir minha respiração ofegante.
Ele estava com as mãos em meus cabelos, ele era mais alto do que eu e parecia estar paralisado a minha frente ele olhava para meus lábios.
Olhava seus olhos que estavam com um brilho que nunca tinha visto no reflexo de seus olhos eu me vi e vi o que iria fazer.
Me afastei rapidamente.
O que eu estava fazendo? O que deu em minha cabeça?
Morte saiu de uma espécie de transe e me encarou.
Eu me sentei no sofá.
Ao me aproximar tanto de morte sentia que de alguma forma estaria cometendo uma traição.
Morte ainda me encarava.
O silêncio se estendeu por um bom tempo.
A porta se abriu era Gadriel.
- Quem foi que morreu e os deixou assim?
Sem ter resposta alguma ele se sentou ao meu lado no sofá.
Morte andou até o meio da sala e ligou rapidamente a lareira.
E se encostou na parede e voltou seu olhar para mim.
- Qual é o problema de vocês dois? Gadriel falou.
- Nada, eu vou dormir. Disse indo em direção ao quarto.
- E eu vou embora. Morte falou.
Não olhei para trás fui até o pequeno quarto fechei a porta e me joguei na cama.
Meus olhos ardiam minha vontade de chorar só crescia.
Abracei o travesseiro e deixei que minhas lágrimas caíssem quentes por meu rosto.
Eu estava tão frustada, frustada por tudo que aconteceu, frustada porque por mais que vi Dastan flertando e beijando Dalila e por mais que tenha feito isso não consegui beijar morte e me sentia culpada por apenas pensar em fazer isso.
- Burra, Burra, Burra.
Estava com as mãos em meus cabelos.
Me levantei e fui até o banheiro, tirei a roupa e liguei o chuveiro entrei e deixei a roupa cair em meu corpo.
Meus dedos já estavam enrugados pelo tempo que tinha ficado na água me enrolei na toalha e fui até o quarto já tinha separado uma troca de roupa e a vesti.
Estava secando o cabelo quando a porta se abriu.
- Você está bem?
- Estou. Disse com a voz de sono.
Gadriel veio até mim me sentei no chão e encostei com a cabeça e seu ombro e voltei a chorar.
- Por que está assim?
- Eu.. Eu sou uma tola. Disse em meio ao choro e aos soluços.
- Não diga isso Luna.
- Tudo dá errado pra mim.
Gadriel tentava me acalmar, mas era em vão.
Me deitei e ele se deitou ao meu lado o abracei e adormeci abraçada com ele.

[...]

- Tem alguém aqui?
Despertei com sua voz.
Dei um pulo na cama Gadriel também acordou.
- A gente está aqui. Gadriel disse antes do que eu, pois estava sem reação.
Morte entrou no quarto.
- Por que sua cara está tão inchada assim?
Deve ser porque passei um bom tempo chorando, pensei.
- Sono. Eu disse em resposta
Gadriel se levantou e foi até a sala.
Morte me olhava me analisando perto da porta.
- Coloque uma roupa vamos até a floresta.
Olhei para minha roupa eu estava com uma camiseta estampada e um shorts jeans.
- Se você ficar aqui não posso trocar de roupa. Disse olhando para a porta.
- Ou pode. Ele disse e depois saiu.
Fiquei sem reação e totalmente vermelha olhando para o nada.
Peguei um moletom e o vesti, fui até a sala peguei o casaco saí porta a fora morte estava me esperando.
O seu manto cobria o rosto.
Quando cheguei ao seu lado ele começou a caminhar.
- Você está bravo comigo?
- Não, por que estaria? Ele disse com uma intonação irônica
Fiquei em silêncio.

Dastan.

- Se você disser isso mais uma vez Cam juro que não verá o dia de amanhã.
- Eu disse alguma mentira? A verdade dói não é Dastan? Ele riu
- Cala a boca Cam.
- Se não fosse pelas merdas que você vive fazendo Luna estaria aqui.
- Eu avisei.
Me lancei sobre seu corpo fazendo ele se chocar contra o chão.
O atingi com um soco e ele riu e me chutou me fazendo ir para o outro lado.
Dei outro chute acertando sua costela o fazendo gritar.
A porta se abriu e Roland veio até mim e Cam.
- Já estou farto dessas briguinhas, foram quantas desde que ela partiu vocês querem brigar? Ele gritou
- Então vão brigar!
Ele ergueu suas mãos e fez com que raízes se prendessem em nossos pés prendendo Cam e eu no ar.
- Roland.
- Agora vão brigar aí ou vão ficar aí em cima até se acalmarem o qual preferirem já vou avisando se tentar queimar as raízes Dastan causará um incêndio e quero ver você explicar como isso aconteceu, então vejo vocês daqui dois dias. Ele riu.
- Roland?
- Estou brincando, volto em meia hora meninas.
Ele acenou com as mãos e saiu do quarto.
- Mas uma vez sua culpa Dastan.
Eu o ignorava.
- Sabe eu não te odeio tanto quanto estou odiando aquele cara, ele lutou do nosso lado segundo os anciões e ainda levou Luna.
- Quando os anciões falam do que aconteceu parece que sabem quem aquele homem era.
- Eu não tenho mais paz queria saber como ela está.
- Só você?
- Sei que também está.
Ficamos em silêncio até que Cam falou:
- Você também não consegue dormir Dastan?
- Desde que ela partiu não houve noite nenhuma que eu tenha conseguido dormir bem.
- Tudo mudou sem ela aqui.
Assenti.
A porta se abriu novamente era Roland.
- Pronto garotas o castigo acabou e vejo que até se entenderam.
A meia hora havia passado tão rápido.
Ele abaixou a mão e as raízes nos soltaram e depois desapareceram.
- Agora. Gritei olhando para Cam que entendeu o que deveria ser feito.
Pulamos sobre Roland o segurei o prendendo no chão.
- Parem os dois com isso.
Cam pegou o cadarço de seu tênis e o amarrou puxamos a cadeira e o prendemos nela.
- Agora você está de castigo.
- Cam me solta.
- Até mais tarde Roland.
- Das...
Fechei a porta antes que ele pudesse dizer mas alguma coisa.
Cloe se aproximou correndo.
- Dastan o feitiço deu certo localizamos Luna.
Já descia as escadas correndo indo em direção a sala do anciões Cam ao meu lado.
- Estou indo Luna.

A Maldição da Lua Vol: 2 Entre a Lua e o SolOnde as histórias ganham vida. Descobre agora