Capítulo 71

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Malé Atoll, um dos pontos turísticos mais lindos de Maldivas. Tiramos a manhã para passear e conhecer o local, não havia tanta gente, podendo então, nos deixar mais à vontade.

Micael alugou bicicletas e assim pedalamos pelo imenso píer com vista ao mar, era incrível! Parecia que eu estava vendo uma paisagem. Eu queria memorizar cada momento. Desde Micael desequilibrando da bicicleta até as paisagens que estávamos procurando.

— Me dá um beijo! — Micael pediu enquanto jogava sua bicicleta em cima de mim. Ríamos em conjunto.

— Você vai cair em cima de mim. — Terminei de rir.

— Do chão a gente não passa.

— Vamos! Temos que visitar outros lugares ainda. — Pedalei na frente esperando por Micael, que vinha atrás.

Descemos da bicicleta quando chegamos ao ponto principal, Micael agradeceu ao homem que alugava e assim saímos pela praia.

Demos as mãos.

— Vem cá. — Micael suspirou. — Você não acha que está muito à mostra? — Arqueou uma sobrancelha.

Eu bufei. Meu biquíni estava perfeitamente normal, tudo bem que, era um biquíni que brasileiras costumavam usar em praias do Brasil mas não tinha nada demais.

— É sério? — Debochei.

— Tem muita gente olhando pra você. — Me abraçou de lado, descendo as mãos até minha bunda.

— Não tem ninguém olhando pra mim, Micael. — Estava perdendo a paciência. — Estamos em uma praia, você queria que eu usasse calça e moletom?

— Não seja exagerada, amor. Talvez um pequeno robe de praia.

— É saída de praia. — Continuamos a andar. — E não, eu estou bem assim e me sinto muito...

— Gostosa. — Fez uma cara sexy. Revirei meus olhos mas sorri em seguida.

Paramos em um restaurante em frente à praia em que estávamos, Micael já tinha reservado mesas, o que me deixou feliz.

Eu estava morrendo de fome. E tinha tomado um café de Duquesa quando saímos para o passeio.

— Senhor e senhora Borges. Bem vindos! — O garçom nos entregou dois cardápios. — O que desejam para abrir?

— Eu vou querer um tinto. — Micael pediu. — E você, querida?

— Duas taças, por favor! — O garçom assentiu.

— Eu já volto para fazer o pedido dos pratos. — Saiu de nossas vistas.

Micael me encarava sorrindo, segurou em minhas mãos. Parecia até sonho e eu não queria acordar! Eu juro que: Se eu estivesse sonhando, eu iria me matar.

— Eu quero te mostrar o mundo, Sophia. — Silabou. — Isso aqui não é nem um terço do que vamos conhecer.

— Você quer me levar pra outros lugares? — Sorri.

— Mas é claro! Acho que você não conheceu muito. — Relaxou-se na cadeira.

— O único lugar longe que eu fui, foi para o Texas. — Começamos a rir mas Micael lembrou-se de tudo o que aconteceu.

Isso o deixou irritado.

— Não gosto do Texas.

— Você não gosta do Texas ou não gosta do Austin?

Ficamos nos encarando por alguns segundos, os olhos castanhos de Micael já dizia tudo.

— Eu preciso te responder, meu bem?

— Acho que não. — O vinho havia chegado.

— Eu ainda acho. — Micael abriu a rolha, despejando o líquido escuro em minha taça. — Que você dormiu com ele, porém, me esconde.

— Você quer provas? Marque uma consulta com alguma ginecologista do seu hospital, vamos ver se Austin penetrou em mim. — Debochei, Micael ficou mais irritado ainda.

— A cada vez que você for levada, vai sofrer no final da noite.

— Estou morrendo de medo!

— É melhor ter mesmo. — Bebeu seu vinho. — E mesmo que eu fizesse todos os testes possíveis, já passou do tempo. — Explicou. — E falando em testes... Você repôs o DIU?

O DIU! Eu havia esquecido completamente das consultas regulares com a minha ginecologista. A última vez tiramos, e, eu estava esperando a vinda do novo. Mas esqueci completamente! Engoli seco chamando a atenção de Micael.

— Sophia? — Sai do transe.

— Eu tirei. — Respirei fundo. — Mas não precisamos ficar neuróticos, não é mesmo? Estamos tentando outro, o que eu acho uma loucura. — Bebi meu vinho.

— Eu já te falei que não é uma loucura assim. — Pausou. — Mas que bom que você tirou. — Sorriu leve. — Quando a gente se casar, você não vai mais lembrar disso.

— Disso o que?

— O DIU. — Apontou à mim. — Kate vai ter tantos irmãos que, espero que ela se acostume com a ideia.

— Eu não acredito. — Neguei com a cabeça, sorrindo.

— O que você não acredita? — Encarou o cardápio.

— Nada. — Fiz o mesmo. — O que você vai pedir, meu amor?

— Estava pensando em pedir um... Escargot. Que tal?

— Que nojo, Micael! Eu sou pobre. — Encarei o cardápio novamente.

— Não diga isso. — Chamou o mesmo garçom. — Eu vou querer uma salada de rúcula e... Escargot. — Sorriu debochado à mim, que revirou os olhos.

— Com limão, senhor?

— Claro! Um pouco de sal também. — Pediu educadamente.

— Senhora Borges? — O garçom me encarou, sorrindo.

— Eu vou querer uma salada de frios e uma porção desse camarão, com algumas algas. — Sorri, entregando o cardápio ao mesmo.

— Volto em minutos com os pratos. Fiquem à vontade!

O garçom saiu. Micael acomodou-se na cadeira, me olhando.

— Camarão? — Arqueou uma sobrancelha.

— Escargot?

— É uma delícia!

— Que nojo! — Torci o nariz. — Isso a gente não combina em comum.

— Tem muita coisa que a gente combina. — Pausou. — Mas nesse quesito, eu te convido pra experimentar um só.

— Não. — Guardei meu riso. Ele ainda me olhava.

A brisa da praia batia em seus cabelos, o bagunçando de um jeito lindo. Eu era apaixonada por Micael, não tinha como negar.

— Você está me deixando sem graça, me olhando desse jeito. — Corei. Depois de anos, eu ainda corava com algumas atitudes de Micael.

— Corando, amor? — Achou graça. — Você nunca muda, não é mesmo? — Negou com a cabeça.

— Eu fico sem graça, você sabe. — Suspirei.

— Eu gosto de olhar pra você! Deveria ter te olhado antes de tudo isso.

— Eu não causava olhares assim.

— Você andava com a Lua, e olhe a Lua. — Ri. — Ela meio que escondia você.

— Agora não esconde mais. — Sorrimos.

— Ainda bem! — Segurei em sua mão. — Você é toda minha e eu te amo. — Inclinou-se, me beijando.

Éramos um casal de invejar, e eu estava adorando isso. Os olhares de outros casais... Sou uma sortuda e tanto!

Young and the Restless - Jovens e Inquietos 2ª Temporada Where stories live. Discover now