Young and the Restless - Jovens e Inquietos 2ª Temporada

Capítulo 5

— Eu sou louco por você, sabia? — Mexia em meus cabelos.

— Eu sei. — O encarei rápido, dando um selinho demorado. — Você me ama demais!

— Pra largar uma cirurgia e vir ficar com você... É! Eu te amo demais sim. — Ri leve.

— Quem está administrando por lá? — Senti curiosidade.

— Eu não faço a mínima ideia. — Deu de ombros. — Eu só quero ficar com você.

— Eu sei. — Nos beijamos. O abracei mais forte. — Eu poderia lançar um feitiço contra a Rayana pra ela desapaixonar de você. — Micael riu. — Você achou isso engraçado, senhor Borges?

— Eu achei muito engraçado, meu amor! — Sorriu. — Eu também gostaria desse feitiço, se você souber. — Brincou. — Minha bruxinha.

— Tá me chamando de feia? — Assustei em tom de brincadeira.

— Você sabe que não. — Riu leve. — Se eu fosse você... Aproveitaria mais o seu pret... — O IPhone de Micael vibrou, revirei meus olhos. — Está vendo?

— Rayana ou hospital? — Revirei meus olhos. Micael se alongou até o criado-mudo, buscando o aparelho.

— Oi. Eu já estou indo! Chego em alguns minutos. Tchau. — Desligou. Achei engraçado o modo como ele atendia o telefone.

— Quem era? — Me sentei, cruzando as pernas.

— O co-chefe de cirurgia. — Suspirou. — Eu vou ter que ir, meu amor. Lamento muito por não ficar com você.

— Tudo bem. Vou sentir a sua falta! — Aproximei do mesmo, o beijando. — Eu te amo.

— Tá me expulsando? — Levantou-se da cama indo até a suíte. Achei graça.

— Você que vai ir embora. — Disse um pouco alto quando escutei o barulho do chuveiro. — Eu não quero que você vá.

Saí da cama em busca do meu robe de seda na cor salmão, ajuntei as roupas de Micael e dei uma leve passada antes de voltar a vestir. Ele saiu do banho um pouco mais descansado, vestiu-se e partiu dali, o trabalho lhe chamava. Eu ainda tinha os afazeres de Kate para mais tarde.

Enquanto eu estava me recuperando do êxtase, Rayana estava entrando em um, absolutamente com profissionais de excelente qualidade! Foi o que ela pensou quando estacionou a BMW cinza no consultório da sua ginecologista, tinha de três à quatro consultas por mês, todas irregulares.

O escarpim Prata ecoou no porcelanato da clínica, todos sorriram. Já conheciam Rayana.

— Olá! Eu tenho uma consulta marcada. — Remexeu em sua bolsa.

— A Drª Grace já está esperando. — A atendente sorriu.

Rayana assentiu e passou por um corredor extenso, avistou sua ginecologista em frente à porta, lhe esperava em um jaleco rosa claro com detalhes dourados na costura.

— Senhora Borges, quanto tempo! — Sorriu à mesma que sentou-se em sua frente.

— Eu estava pensando se viria ou não. — Riu leve.

— Me dê o seu feedback de casamento. — Estava pronta para ouvi-la.

— Meu feedback? Nada produtivo! Eu não faço sexo com o Micael. — Encarou a mesa da ginecologista com um pouco de tristeza. — Faz muito tempo que não fazemos sexo.

— E o que te trouxe até aqui? — Continuava esperando.

— Eu quero engravidar! — Foi necessária e confiante.

— Já planejaram sobre isso?

— Micael não quer ter filhos, mas não preciso dele pra nada. — Explicou. — Acho que seremos mais unidos se tivéssemos um bebê.

A ginecologista anotou algo em sua caderneta.

— Sua última consulta foi no mês passado, onde trocamos o seu anticoncepcional por um mais forte. Você se lembra? — Cruzou as mãos encarando Rayana. — Na verdade, eu recebi uma guia. — Revirou a gaveta, tirando de lá um papel, deixou na frente de Rayana que franzia o cenho. — Essa é uma afirmação de segurança advertindo que eu não posso deixar você... Engravidar! Micael me mandou isso.

Gênio! Ele tinha um contrato com a ginecologista de Rayana, um juramento oficial onde ela não deixaria Rayana parar de tomar os anticoncepcionais.

— Que merda é essa? — Esbraveceu.

— Eu não posso fazer nada, Rayana. Eu sinto muito!

— Desde quando o Micael manda na sua vidinha? — Estressou-se. — Na minha ele nunca mandou e nem vai mandar.

— Por isso eu achei melhor você conversar com ele, pra saber o que realmente querem. — Ficou séria. — Estou seguindo apenas a cláusula do contrato.

— Enfie esse contrato no seu cu. Eu não quero nem saber! Eu quero engravidar mesmo Micael dando um ataque de pelanca. — Foi clara, muito clara. — E se eu te procurei é porque eu sei que você pode me ajudar.

A ginecologista assentiu, engoliu seco e foi superficial com Rayana. Ela saberia que perderia o emprego depois de um tempo.

— Faz quanto tempo que você não faz sexo?

— Uns dois meses. — Pausou.

— Ele não... Tem mais vontade? Está desligado de tudo?

— Ele só tem tempo com o hospital dele, apenas isso. — Remexeu os lábios. — Tem algo que possa fazer?

— Eu irei te dar as pílulas de farinha, você já ouviu falar? — Levantou-se indo até o armário, pegou uma cartela dando nas mãos de Rayana. — Elas são idênticas à pílula anticoncepcional, a mesma cor, o mesmo gosto, só que, não protegem de nada. Mas pra que isso dê certo, eu preciso que você transe.

— Existe algum método que possa fazer ele sentir atração por mim de novo?

— Existem remédios específicos mas você é casada com um médico, ele não é tão burro assim. — Explicou. — Quero que volte aqui, daqui à um mês. Vamos analisar o seu caso e estudar perfeitamente pra que dê certo! Sou uma profissional de respeito.

— As possibilidades são grandes?

— Isso só depende do Micael. — Deu meio sorriso. — Tem mais alguma coisa que você queira?

— Era só isso mesmo. Obrigada por me ajudar! E enquanto ao contrato. — Encarou a ginecologista. — Espero que você não tenha mais contato com ele, escutou? Se não, ficará sem o seu emprego dos sonhos, vendo vagina o tempo todo. — Debochou. — Até mais, Drª Grace. — Levantou-se, saindo do consultório.

Entrou na BMW novamente colocando o par de óculos escuros, encarou-se no retrovisor e depois observou a cartela de pílulas no banco passageiro do carro. Estava decidida no que iria aprontar, mesmo nunca tendo conversado sobre esse assunto em casa, ela estava decidida! Girou a chave no contato e dirigiu até sua casa, esperando pela noite que iria dar à Micael.

Um jantar com tudo programado.