Capítulo 54

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Havia chegado no consultório da minha ginecologista. Esperei alguns minutos até ser atendida.

— Sophia, que prazer! — Ela me atendeu, simpática, fechou a porta trancando em seguida. — Preparada?

— Sim. — Deixei minhas coisas em cima da cadeira, ela me entregou um roupão descartável.

Ficamos em silêncio. Retirei minha roupa em sua frente já que a mesma não possuía algum lugar reservado para que nos trocássemos. Ela me observava, fiquei com um pouco de vergonha.

Vesti o roupão descartável e me deitei na maca, encarando o teto. Consegui ver quando a mesma aproximou-se, ficando no meio das minhas pernas.

— Vamos ver, vamos ver. — Ligou o aparelho. — Faz tempo que você se mudou? — Puxou assunto.

— Não muito. — Remexi os lábios, entediada.

— Vejo que você já tem filhos. — Sorriu.

Como ela... Ah!

— Uma menina. — Sorri.

— E o seu marido? Não quer ter outro?

— Ah, eu não tenho marido. Nem namorado, nada do tipo. — Senti uma dor ao dizer isso.

— Você é mãe solteira?

— Digamos que... Sim? — A ginecologista riu leve com a minha careta. — Tudo certo por aí?

— Vejamos. — Me encarou. — Você tem um DIU, posicionado em ótimo estado e com uma perfeição... Inacreditável! — Elogiou. — Porém, tenho algumas coisas à dizer.

— Sim?

— O seu DIU está em prazo de vencimento, podemos trocar ou você pode optar pelo anticoncepcional, até chegar o novo. — Sorriu. — Vamos colocar o de cobre, que é mais seguro. Porém, eu preciso esperar chegar!

— Ótimo! Eu fico com esse até chegar o novo. — Disse simples, ela negou.

— Aí é que está o problema. — Mostrou o indicador à mim, fazendo uma careta. — Você tem feito sexo recentemente?

Não, mas queria.

— Não.

— Certo. — Pausou. — Esse DIU não vale mais nada, se você quiser podemos retirar esse até chegar o outro, e, vamos colocar na sua próxima consulta.

— Retirar?

— Sim, enquanto as relações... Evite! — Explicou. — É melhor evitar, ainda mais você que não está tendo relações sexuais. Uma maravilha!

Eu optei por retirar o DIU antigo e esperar pelo novo, já sabia mesmo que com Micael não teria mais nada, ele mesmo já tinha dito.

O término da consulta foi saudável, voltei pra casa e encontrei Micael assistindo TV novamente, só que dessa vez, estava mais concentrado. Me troquei e fui à universidade, assistindo algumas aulas extras.

Horas mais tarde tinha voltado pra casa, consegui pegar Kate acordada que brincou um pouco comigo e com o pai, animada. Estava feliz por ter Micael em casa, fazendo tudo que ela queria, em partes.
Micael colocou Kate na cama, quarenta e cinco minutos depois, onde a mesma caiu no sono. E eu, optei por ficar relendo alguns livros que seriam importantes na próxima aula. Fiquei na mesa, de cara com os livros, mas confesso que já estava ficando cansada.

E as horas se passando...

— Estudando? — Foi até à cozinha, puxou uma cadeira se sentando ao meu lado.

— Relendo. — Tirei meu óculos de descanso. Sorri cansada.

— Você fica linda de óculos.

Ok... Aquilo era como comprar um par de sapatos e não caber neles. Um perigo!

— Bobo. — Sorrimos. — Eu pensei que seria mais leve. — Me referi aos livros.

— Leve? — Riu. — Eu odiava ler os meus livros de anatomia, mas tinha que ser assim. — Levantou os ombros.

— Você não se cansava?

— Claro que eu me cansava, até demais! — Sorri me lembrando da vez que Micael dormiu em cima dos livros. — Só que... A gente precisa passar por esse processo, se não, nem faz parte.

— É estranho! Eu... Estar na faculdade tendo uma filha. — Pensei.

— Por que?

— Ah, não sei! Deve ser coisa da minha cabeça. — Fechei meus olhos.

— Você já fez muitos amigos?

— Um pouco, não sou muito de conversar. Meu foco é outro! — Ele assentiu, meio orgulhoso.

Fechei meu livro.

— Lua quer vir pra cá. — Mudei o assunto. — Quer lembrar dos tempos de Portland.

— Ela não para nunca. — Micael negou com a cabeça, rindo.

— Você não teve mais contato com Arthur?

Fui receosa ao dizer, sabia que os dois eram brigados mas Arthur não podia ter sumido assim, do nada.

— Ele sumiu. — Pausou. — Não sei por onde anda, e também, não quero saber.

— Entendi. — Me levantei pegando meus livros, levei até o quarto. Micael me seguiu.

— Como foi na ginecologista hoje? — Parou em frente à cama, sem nenhuma visão minha.

Caminhei até ele, encarando suas costas sobre a blusa do pijama.

— Foi bem. — Toquei seu ombro de leve, com receio. Me aproximei sentindo seu cheiro, me acendi todinha. — Eu amo o seu cheiro.

Coloquei minhas mãos por dentro de sua blusa, tocando suas costas definidas. Micael cerrou os olhos.

— Me diga, o que você quer? — Soltou.

Virei Micael que me encarava, passei minha blusa, retirando, logo após desci minha calça, procurei o fecho do sutiã o abrindo, liberando meus seios sensíveis pelo tesão acumulado. Passei minha calcinha pelas pernas ficando completamente nua.

— Eu quero você. — Micael me olhava como um presente, como a primeira vez em que me viu nua.

Me senti confortável quando os lábios carnudos de Micael tocaram os meus, era como voltar aos velhos tempos, voltar ao vício gostoso. As mãos em minha cintura e a outra por baixo do meu cabelo, dando total clímax de momento, algo que me fizesse gozar sem nenhuma penetração.
Desci minhas mãos apressadas até sua calça, abrindo o botão e descendo o zíper, pedindo que Micael retirasse logo, após de ter retirado sua blusa do pijama.

Estávamos nus, aos beijos, em frente à cama. Senti meu corpo receber ondas de calor quando Micael me deitou, abriu minhas pernas se posicionando, como sempre fazia. Arfei enquanto segurava seu pescoço, achando um modo de não desfalecer de prazer. Senti sua boca percorrer os meus seios, chupando um mamilo túmido após trocar o lado. Estava me segurando pra não gritar.
Micael penetrou em mim, sem delongas. Eu senti tanta falta! Nossos corpos em movimento, conseguia sentir a pressão que seu corpo fazia sobre mim, estocando forte, tão forte que sentíamos a cama balançar um pouco.

Eu estava em êxtase puro, apertei os braços de Micael abafando meu gemido, franzi o cenho quando ele parou, sentando na cama. Me sentei em cima dele, encaixando seu membro dentro de mim. Cerrei meus olhos sentindo cada centímetro, recebi beijinhos em minhas mãos, descendo até meu colo. Micael me encarava, duro, esperando os movimentos.
Comecei leve mas depois peguei firme, eu desejei tanto aquele momento! E não ligava no após, eu só queria estar ali, com ele, matando a saudade, assim como ele também estava matando a minha.

Não demorou muito pra que gozássemos em sintonia, acompanhada por ele. Beijei o ombro de Micael enquanto ele cheirava meu pescoço, ficando ali. Eu não queria que aquele momento acabasse.

Pra mim, poderia ser eterno. Eu nunca iria me enjoar. Ele era o amor da minha vida! Tinha certeza disso.

Young and the Restless - Jovens e Inquietos 2ª Temporada Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ