Young and the Restless - Jovens e Inquietos 2ª Temporada

Capítulo 48

Micael retornou ao hospital no dia seguinte, estava mais descansado. Passou pela porta automática e cumprimentou suas recepcionistas, indo até sua sala.

— Bom dia, querido Borges! — Ken lhe pegou no caminho, estava com seu jaleco e prancheta nas mãos. — Como foi sua noite?

— Meio que... Bem. — Deu meio sorriso. — A mãe da menina dormiu aqui?

— Que menina?

— A da barra na perna. — Andaram até a sala de Micael. — Cedemos pra que ela ficasse aqui, a menina está em observação.

— Ela tem algo mais grave? — Ken o encarou.

— Eu ainda preciso saber. — Respirou fundo. — Vamos fazer alguns exames precisos, quem sabe... — Optou. — Melanie chegou?

— Ainda não. Virá só no turno da tarde. — Micael revirou os olhos. — Vocês são piores do que cães e gatos.

— Ela é pior que tudo!

Ken ficou em silêncio, deixou Micael em sua sala e depois foi fazer as respectivas coisas do hospital. O mesmo vestiu seu jaleco e andou até o quarto onde a menina se encontrava, bateu de leve na porta encontrando a mãe, que cochilava na cadeira confortável do quarto.

— Bom dia! — Micael sorriu. — Como foi a noite?

— Ótima, o seu hospital é excelente! — Sorriram.

— Fico feliz que gostou. — Encarou a menininha que estava acordada, ainda meia sonolenta pelos remédios. — E você? Como está essa perna? — Sentou-se na beirada da cama.

— Bem. — Estava com vergonha, Micael tocou seus cabelos fazendo um carinho rápido. Verificou a perna da garotinha, revendo os curativos.

— Parece que está tudo em ordem. — Verificou mais uma vez. — Alguém veio aqui na madrugada? — Encarou a mãe, querendo saber.

— Uma médica baixinha, só verificou o soro de Sophie.

— Sophie? — Ficou surpreso. — Você tem um nome lindo! — Sorriu à garotinha que ficou corada. Os dois riram.

Micael ia saindo mas logo parou quando a garotinha, que estava em cima da cama, começou a ter convulsões horrendas. Seu nariz, ouvidos e boca espanaram a cor vermelha do sangue, deixando Micael com medo.

— O QUE É ISSO? — A mãe da menina estava perplexa, nervosa.

— REFORÇOS, AQUI! — Micael gritou, em segundos os batalhões de auxiliares e médicos entraram no quarto, tirando a mãe da menina de lá. — O SUGADOR!

— BORGES, VAMOS ENTUBAR!

— NÃO VAMOS, ELA TÁ PERDENDO SANGUE. — Correu contra o tempo quando colocou o sugador de secreção nos lábios da menina, puxando todo o sangue que ela expelia. — CENTRO CIRÚRGICO, AGORA! — Ordenou.  

Enquanto ocorria a correria no hospital, eu estava acabando minha quinta aula do dia. Decretei quando fechei meu caderno e guardei em minha mochila, saindo da sala.

Senti meu IPhone vibrar no bolso da calça.

— Como vai, estudante? — Sorri ao escutar a voz risonha de Lua.

— Que honra receber uma ligação sua. — Brinquei. — Estou adorando, Lua! Parece um sonho.

— E o Borges? Se adaptou bem sozinho?

— Sei lá. — Dei de ombros. — Eu não quero mais saber do Micael, o que temos em comum...

— É a Kate! Eu já decorei esse seu discurso mais ou menos.