Capítulo 88

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Seattle — 14:46 PM.

Micael desceu da Range Rover, Lua estava consigo segurando sua bolsa de grife, não tinha mais os óculos escuros em sua face.

O caminho até a porta automática do hospital ficou longe, parecia.

— Preparada? — Micael lhe perguntou.

— Sempre, baby. — Deu uma piscadinha antes de colocar o colírio nos olhos. Era uma tremenda atriz!

Entraram no hospital indo à dentro, buscaram o elevador que os levaram até o terceiro andar, onde estava Arthur, na UTI. Mel estava passeando com algum residente quando os viu.

— Micael! — Assentiu ao mesmo.

— Mel, essa é Lua. Ex-mulher de Arthur. — Apresentou. — Ela queria vê-lo um pouco, nada mais justo.

— Eu sinto muito pelo o que aconteceu. — Soou acolhedora, como sempre fazia.

— Eu preciso me recompor. — Lua fungou pelo choro falso, ótimo! — Você pode me levar até a UTI? — Encarou Micael que assentiu, queria sair dali logo.

— Você vai descer, Mel? — Ele perguntou. A morena assentiu.

— Vou mostrar as outras salas ao novo residente. — Sorriu falsa. — Qualquer melhora com Arthur, pode me avisar.

— Você é alguma coisa dele? — Lua deu um passo à frente, ficando autoritária.

— NÃO! Claro que não, senhora Aguiar. — Negou diversas vezes. — O caso dele é muito comovente no hospital, um homem cheio de vida... Lamentável!

Lua lhe fuzilou com o olhar, antes de seguir Micael até a UTI, onde Arthur estava.

Mel ficou calada, seguindo em frente com o novo residente que estava com ela.

— Essa foi por pouco. — Micael soltou. — Você mandou bem.

— Em outras vidas eu fui atriz. — Sorriu.

— Você quer ver ele?

— Acha uma boa ideia? — Tinha um olhar misterioso ao mesmo.

— Não sei. — Umedeceu os lábios. — Isso fica por sua conta, acredito que você não vai se comover. Ele ainda é um canalha!

Micael retirou do jaleco a chave da UTI, destrancou a porta revelando Arthur. Estava deitado, acordado e parecia irritado ao ver os fios e utensílios em seu braço e rosto. Lua chocou-se de início mas logo queria matar ele também.

— Seu merda, me tire daqui! — Soltou, sem dificuldade nenhuma. Micael chegou mais perto.

Retirou sua máscara de oxigênio.

— Oi pra você também, meu grande amigo. — Sorriu falso.

— Vá à merda, eu vou processar você. Eu vou acabar com esse seu hospital ridículo. Eu vou comer a Sophia na sua mesa! — Cerrou os dentes.

— Vai mesmo? — Riu incrédulo. — Acho que não. — Torceu o nariz.

— O que essa filha da puta está fazendo aqui? — Observou Lua.

— Essa filha da puta vai matar você, de um jeito ou de outro. — Lua soltou. — Micael deveria mesmo ter matado você, grosso de merda.

— Não parecia quando a gente transava, Lua Maria. Nosso casamento foi uma tremenda farsa, você é péssima!

— Eu tenho nojo de mim mesma por saber que todos esses anos eu dividi a mesma cama com você. Seu verme! — Cuspiu. — Espero que você apodreça nessa cama, até morrer. Nunca desejei tanto.

— Eu vou atrás da guarda do Acsa, você vai ver!

— Vá em frente. — O enfrentou. — Você nunca vai saber onde está o Acsa, você nunca mais vai ver o seu filho.

— Vá se foder, Lua! — Cerrou os dentes. — Quando você vai me tirar daqui? — Encarou Micael, bravo.

— Quando eu quiser, Arthur! Eu comando você agora. — Mexeu em alguns fios.

— Você não pode fazer nada comigo, todos vão saber que foi você. — Estava com... Medo? — Eu vou acabar com a sua vida, depois com a vida da Sophia e por último, a vida da Kate. — Começou a rir maléfico, um pouco nervoso talvez. — Eu vou mostrar tudo à Rayana, quero que ela se vingue com as próprias mãos.

— Você não vai fazer porra nenhuma enquanto estiver nessa cama de hospital, seu imundo. — Micael silabou, alto e claro. — Eu mando aqui, você entendeu? — Chegou mais próximo de Arthur, quase colando o rosto.

Ele ficou em silêncio, não ganharia aquela guerra.

— Eu vou sair daqui, cansei de perder o meu tempo. — Lua pisou duro, saindo do quarto. Deixando Micael e Arthur à sós.

Ele o encarou, ainda morrendo de ódio.

— Por que você fez aquilo? — Micael lhe perguntou, queria saber o por quê do amigo ter virado aquele monstro.

— Porque eu quis.

— Éramos amigos, Arthur. Eu sempre ajudei você!

— Falou certo, éramos. — Pausou. — Você é igual ao seu pai, Borges. Não presta! A sua família é uma família de merda e você seguiu o mesmo caminho.

Micael esbraveceu, o ódio subia em seu corpo.

— Eu não consigo entender o que você viu na Sophia. Você teve pena dela? Interesse? Ou você queria zoar com a menina e depois jogar fora, mas não conseguiu, porque ela deu o golpe em você.

— Golpe? Ficou maluco? — Micael não se conteve em rir. — Você sabe que a Kate não foi golpe, foi um acidente!

— Não foi isso que eu ouvi.

— Eu não acredito em mais nada que sai dessa sua boca suja, Arthur. — Soltou. — Melhor você descansar, seus dias aqui só vão aumentar. Melhor ir se acostumando! — Deixou ele sozinho, enquanto gritava.

Trancou a porta da UTI saindo de vez, o plano estava em andamento.

Young and the Restless - Jovens e Inquietos 2ª Temporada Where stories live. Discover now