Capítulo 37

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Estávamos juntos, era uma tarde, Kate havia ido à escola e Micael aproveitou para ficar. Tinha enrolado o plantão no hospital, como sempre.
O sexo pra nós era a melhor forma de dizer tudo, eu sabia muito bem disso enquanto tinha Micael no meio das minhas pernas, acabando comigo. Deslizava minha intimidade em seus lábios carnudos, eu já tinha gozado e sua língua me deu espaço para que eu gozasse de novo.

— Isso Micael, não sai daí. — Soltei, sem ao menos saber o que eu estava dialogando no momento. Senti as mãos fortes de Micael subirem a minha barriga, apertando minha cintura.

Retirei minha intimidade de seu rosto, deslizando meu corpo para baixo e beijando seus lábios, agora quentes e úmidos. Um beijo com gana. Micael me jogou na cama, me virando de bruços.

— Eu estava doido pra comer você. — Sussurrou em meu ouvido.

— Eu sei. — Cerrei meus olhos. — Eu sei. — Tentei mexer em seus cabelos mas seus braços me pausaram.

— Eu te amo tanto! — Mordeu o lóbulo da minha orelha. — Tanto. — Disse baixinho em meu ouvido enquanto estocava. Mordi meus lábios inferiores adorando a pressão que o membro de Micael fazia sobre o meu clítoris, antes de deslizar lentamente, em um sexo totalmente tântrico e cheio de tesão.

Me virei novamente à ele, o beijando. Descemos da cama e eu pude cavalgar em paz. Nossos corpos suados encostavam um nos outros, alisando, dando o clímax perfeito. Tínhamos o rosto colado, nossas respirações estavam ofegantes e o sorriso de Micael me deixava completamente louca, eu estava morta de tesão e não podia negar.

— Eu te amo. — Foi minha vez de dizer, meu corpo pediu arrego quando minhas pernas tremularam e Micael pôs a colocar minha cabeça em seu ombro, fazendo carinho em meu rosto. Eu havia gozado depois de longos minutos, assim como ele.

Ficamos em silêncio, ainda estava dentro de mim enquanto nos recuperávamos.

— Cansou bem, branquinha! — Apertou um lado da minha bunda, me fazendo sorrir.

O encarei, meio em êxtase.

— Você não consegue dar conta de mim. — Fiz uma careta. — Vou ter que achar outra pessoa.

— Você quer morrer agora ou depois? — Ri.

— Depois, bem depois. — O enchi de beijos. — Por que você é tão... Gostoso?

Geralmente o êxtase passava rápido em mim, mas, eu estava sentindo tanto tesão que era inexplicável explicar o que eu realmente estava sentindo. Micael achava graça de tudo.

— Eu amo quando você entra em êxtase, meu amor. — Beijou minha mão, rindo leve. — Você fica mais safada do que já é.

— Eu não sou safada. — Franzi minha sobrancelha.

— Tem certeza?

— Ok, eu posso ser um pouco. — Micael ainda ria. — Por que você está rindo de mim? Isso não é justo!

— Amor, é engraçado! — Beijou meu pescoço. — Mas eu vou parar de rir. Só me prometa que nunca vai transar com outro homem. — Sorrimos.

— Prometo. — Eu não sabia o que estava dizendo. Micael sempre soltava essas brincadeiras pós-sexo. Vai ver ele realmente queria isso. Uma promessa ao meu corpo, difícil mas não impossível!

Me peguei em transe ao lembrar disso, enquanto encarava suas mãos fortes no volante da Range Rover. Ela ainda me observava.

— O gato comeu a sua língua? — Riu leve.

— O que? — Voltei ao mundo real, o encarando.

— Eu te fiz uma pergunta.

— E eu te respondi. — Disse óbvia.

— Não foi uma resposta que eu gostaria de ouvir. — Micael era esperto quando queria, jogou o verde pra tentar colher o maduro. — Espero que tenham se divertido bastante no Rio de Janeiro. — Cerrei meus olhos, eu gostaria tanto de chegar em casa logo.

Mais alguns minutos e pronto, estávamos em casa! Micael parou a Range Rover em frente, abri a porta descendo do veículo, caminhei até o porta-malas esperando que ele abrisse. Ele chegou mais perto, me encarando.

— Vou ir à Nova Iorque com Kate. — Abriu o porta malas. — Em um apartamento especial.

— Que ótimo! Bom divertimento aos dois. — Sorri falsa.

— Para com isso. — Segurou minhas mãos. — A gente precisa conversar como adultos.

— Já conversamos!

— Você sabe que ainda não acabou.

— Micael, eu sei o que eu quero.

— E o que você quer? — Seus olhos brilharam.

Por um segundo eu senti medo em seu olhar. Medo de me perder, para sempre.

— Eu quero ser feliz, e eu não consigo ser feliz perto de você. — Me soltei.

— Por que não? — Voltou a segurar meu braço, com um pouco mais de força. — Eu não gosto de ser assim com você.

— Então não seja. — Cerrei meus dentes. — Pode me soltar, por favor?

— Quero que responda a minha pergunta. — Esbraveceu. — Por que você não consegue ser feliz perto de mim?

— Eu preciso te dizer mesmo? Não me diga. — Debochei. — Somos pessoas sem problemas, realmente! — Pausei. — Não seja tão otário, Micael! — Larguei novamente, remexi meus braços e sai, caminhando até a porta de casa.

Micael veio com Kate logo após, tinha a mesma no colo enquanto se preparava para falar comigo.

— Eu contei à sua mãe que vamos para Nova Iorque. — Kate animou-se.

— Papai, papai. A mamãe não pode ir? — Ah, não!

Kate fez uma carinha de criança boazinha, não que ela não seja mas, eu não queria sair da minha casa, eu não queria estar no mesmo cômodo que Micael. Eu estava o evitando, eu não queria!

— Claro que pode. Eu super topo da sua mãe ir com a gente, o que você acha? — Me observaram, esperando uma resposta.

— Eu acho super legal, papai! — Kate bateu palmas. — Mamãe, você vai vir com a gente. Não vai? — Ainda me olhava com aquela carinha.

Eu não iria ir à lugar nenhum. Eu e Micael juntos no mesmo apartamento? Não iria acabar bem. Eu sabia que meus hormônios dançariam horrores até eu ir pra cama com ele, e eu estava o evitando, de todas as formas.

— A mamãe não pode ir, querida. — Cruzei meus braços. — Eu tenho coisas pra resolver.

— O seu amigo, não é? — Soltou.

Senti que fiquei vermelha como um pimentão. Micael arqueou uma sobrancelha enquanto me encarava.

— Que amigo é esse, Kate? Pode contar ao papai? Eu gostaria de saber. — Seu tom puto foi indiscutível.

Eu estava totalmente ferrada. Obrigada, Kate!

Young and the Restless - Jovens e Inquietos 2ª Temporada Where stories live. Discover now