Young and the Restless - Jovens e Inquietos 2ª Temporada

Capítulo 72

Os pratos haviam chegado, Micael recebeu a pequena porção de escargot junto com sal e limão, enquanto eu recebia minha porção de camarão. Ambos enojados com os pratos, eu queria desviar a atenção dele comendo lesmas importadas. Milionários tem gostos peculiares!

— Não quer um pouco? — Pegou a pequena colher, retirando um bom tanto e colocando na boca.

Os lábios! Prestei atenção em seus lábios carnudos, degustando. Não sei se estava fazendo de propósito mas com certeza garantiu resultados esperados. Remexi minhas pernas.

— Gosto de camarão. — Sorri, mostrando o camarão ao mesmo que riu.

Continuamos a comer e eu continuei a prestar atenção em Micael. Por que eu estava o desejando tanto? Parecia até que eu estava...

— Não me sinto bem. — Respirei fundo largando o garfo na mesa, Micael me olhou, preocupado.

— O que aconteceu, amor? — Estava muito preocupado. — Você é alérgica?

— Não, não... — Fechei os olhos e respirei fundo. — Eu preciso sair daqui, te espero lá fora. — Levantei-me e sai do restaurante, sentindo a brisa do mar.

Tentei me acalmar mas eu estava trêmula, o mar me ajudou a ter um pouco de equilíbrio. Cerrei meus olhos sentindo a brisa de Maldivas, meu corpo começou a melhorar.

E Micael apareceu, dez minutos depois, correndo até mim.

— Amor, você está bem? — Segurou minha mão. — O que aconteceu? Você está pálida!

— Me senti mal. Um mal estar terrível, parecia que alguém estava me sufocando, sabe? — Alisei minha garganta. — Uma vontade de vomitar.

— Ficou zonza?

— Um pouco. — Pausei. — Vamos embora? Eu preciso descansar! — Ele assentiu.

— Vamos. — Colocou as mãos em minha cintura.

Caminhamos um longo período até nossa casa de hospedagem, Micael me levou até a cama, tirando minha sandália e limpando meus pés com a pouca areia. Me acomodei nos travesseiros, sentindo o cheiro másculo do shampoo de Micael.

— Você está melhor? — Alisou minhas pernas.

— Estou bem sim. — Tinha os olhos fechados. — Não precisa ficar preocupado!

— Na saúde e na doença, lembra?

— Lembro. Eu lembro! — Toquei seu rosto. — Micael? — Me sentei, apressada.

— O que? O que você está sentindo? — Colocou as mãos em meu rosto.

— Eu vou vomitar. — Dito e feito!

Meu corpo gelou por inteiro e não tive mais controle de impulso ao soltar todo o almoço. Acabei vomitando no chão do quarto e sentindo uma vergonha imensa quando acabei. Eu estava mal! Do nada!

— Calma, calma. — Micael segurava meus cabelos. — Senta aqui. — Posicionou os travesseiros em minhas costas, onde fiquei sentada.

— Eu vou limpar, pode deixar que eu limpo. — Estava trêmula.

Micael saiu da cama rapidamente, buscou uma pequena bolsa com remédios que havia trago. Depois de segundos, teve um copo nas mãos, pingando um liquido amarelo, saindo de um conta gotas.

— Eu vou te dar isso, é pra cortar o vômito e enjoo. Você vai se sentir melhor! — Me entregou o copo.

— O cheiro é péssimo. — Torci o nariz.

— Não é pra você cheirar, e sim, beber. — Disse duro, preocupado. Virei o copo engolindo tudo rapidamente, me estremeci.

Que horrível!

— Você vai se sentir melhor. — Passou a mão em meus cabelos.

— Você é meu tudo. — Sorri.

— Você é o meu tudo. Eu te amo! — Me beijou.

— Estou com sono. Você me dopou? — Micael riu leve com a expressão.

— É, eu te dopei. — Brincou. — Você vai dormir um pouco e se sentir melhor, eu garanto. Descanse! — Me beijou novamente antes de fechar os olhos, caindo em sono.

"— Rayana, eu tenho que conversar com você! — Melanie chamou a mesma para um dia de chá, estava radiante. Sentou-se na mesa bem decorada junto com a morena, largou sua bolsa de grife ao lado. Cruzou as mãos esperando por algo.

— Por que me chamou aqui?

— Acho que... Você precisa saber, precisa saber de tudo! Eu não aguento mais esconder esse segredo de anos. — Umedeceu os lábios.

Rayana sentiu-se ameaçada.

— Segredo de anos? — Franziu o cenho. — O que você sabe que eu não sei?

— Muitas coisas! — Pausou, logo após, respirou fundo. — Por onde eu começo?

— Desembucha logo antes que eu quebre a sua cara.

Melanie ficou em silêncio.

— Eu soube que, quando você era mais nova, quando estudava com Micael... Tinha uma garota chamada Sophia, que vivia junto do mesmo, em um grupo formado com Lua e Arthur, ambos amigos de Micael e dela. Soube também que, antes do seu último ano acabar, Micael saiu com ela, se encontrava em grupo de estudos e foi o responsável por tirar a inocência dela, já que era virgem.
Ela então sumiu, engravidou algum tempo depois, ele foi atrás dela, Branca Abrahão mandou cartas o deixando em alerta! Micael desde então, esconde isso de você. Deu-lhe apartamento caríssimo, tudo do bom e do melhor. Kate era a herdeira dos Borges, mas agora disputa com Marcel. A menina tem seis anos atualmente e Sophia esconde isso, como uma grande mentira, já que é. Todos escondem, a família Borges esconde isso de você. Pare de ser trouxa, pare de ser idiota!

Rayana estava em transe, parecia ter levado socos e mais socos, sem ter chance de defesa.

— Eu sei onde eles estão, pegue eles! Acabe com a vida da Sophia. Ela merece!

Rayana ainda ficava em silêncio.

— Tudo se encaixa. Tudo se encaixa! — Tremeu os dentes, nervosa. Iria passar mal. — Kate... KATE! — Puxou os próprios cabelos, em surto. — Me leve até eles. AGORA!

— Eu levo você mas precisa me prometer que ninguém te contou. Você mesmo descobriu sozinha. — Pausou. — Vai me prometer?

— Que se dane você, eu quero que se dane o mundo. Eu quero acabar com a vida daquela loira magrela desnutrida. Aquela vagabunda. VAGABUNDA! — Gritou mais uma vez.

— Rayana...

— VADIA. AQUELA PUTA! — Quebrou o vidro da mesa de Mel, que se assustou. — Aquela puta, aquela vadia de merda. Cadela! — Saiu sem ao menos esperar, entrou no Porsche batendo as portas.

Abriu o porta-luvas, tirando de lá uma caixa, escondida, o calibre 59 reluziu em seus dedos. Melanie entrou no carro, soltando um urro em susto.

— Rayana!

— Cala a boca se não eu mato você. Eu mato você! — Colocou a arma prateada na cabeça da morena, que assentiu, nervosa.

Rendeu-se com as mãos.

— Ligue o... Carro. Vamos até lá! — Soltou, trêmula.

— Eu vou estourar os seus miolos, sua puta!"