Capítulo 59

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Luke estava apressado quando entrou no hospital, colocou as mãos no bolso da calça antes de parar a recepcionista.

— Bom dia! Eu quero falar com Micael Borges. Ele está?

— Só um minuto! — A mulher buscou um telefone. — Primeira sala à esquerda.

— Ótimo. — Caminhou até lá, verificando as salas.

Escutou a voz de Micael, que ria de alguma coisa, junto com outra pessoa. Luke apareceu na porta despertando a atenção de Micael, que o abordou. Gostaria de saber quem era.

— Você é quem? — Tinha graça em seus lábios.

— Luke. — Deu as mãos. — Padrinho de Sophie.

— Oh! — Ficou sério novamente. — Vamos até minha sala. — Deu passagem à Luke que andou ao seu lado.

Entraram no elevador. Dois minutos e estavam na sala de Micael, bem ampla e equipada.

— É um prazer te receber no meu hospital, Luke! Eu espero que você não...

— Eu quero matar você, seu monte de merda. — Soltou. — Você não faz ideia de quem sou eu!

— Eu não quero criar conflitos.

— Eu comi a sua Sophia, sim, a Sophia! — Sorriu maléfico. — Eu enfiei o meu pau grosso naquela putinha safada, enquanto você ligava pra ela, enchendo o saco dela.

Em um momento Micael voou em cima de Luke, prensando seu corpo contra a parede. Tinhas as mãos enforcando seu pescoço.

— ENTÃO VOCÊ É O LUKE? — Cerrou os dentes, nervoso.

— Então eu já fui apresentado. — Riu ainda mais.

Mas levou um soco no rosto, o impacto fez com que Micael soltasse seu corpo rapidamente.

— Idiota! Você já vai bem, né? Processos e mais processos. — Luke ria. — E agora, agredindo o padrinho da menina que você matou.

— Vá se foder.

— Eu quero que você vá. E você vai! — Encarou Micael com ódio. — Sai do meu caminho, eu amo a Sophia.

— Não ama porra nenhuma. — Cerrou os dentes. — Eu vou matar você! Eu juro que eu vou.

— Será mesmo? Você vai me matar do mesmo jeito que matou a minha afilhada?

— Eu não matei ninguém!

— Não é o que dizem. — Luke colocou a mão no rosto. — Você vai ser preso, esse hospital vai cair. Você não vai conseguir ter a metade do que tem!

— Eu vou te quebrar na porrada. — Ameaçou. — E eu sei que a Sophia não dormiu com você, ela nunca mente pra mim.

— Isso é o que você acha. — Rondou Micael. — A gente estava gostando um do outro, tinha química, ela me beijava toda a vez que eu ia ver ela. — Lembrou. — Um clima agradável no Rio de Janeiro mas você não parava de encher o saco dela. — Micael foi em cima novamente mas parou. — ANDA, VAMOS! ME BATE! — Provocou.

Ele não podia cair de novo, seria terrível se ele caísse. Já estava cheio de problemas.

— Eu não vou sujar a minha mão em um monte de bosta como você.

— Bosta? Não é o que parece! — Cruzou os braços. — Sai do meu caminho e do da Sophia, entendeu?

— Eu nunca vou sair. A pessoa quem ela ama sou eu, entendeu?

Luka riu sarcástico, estava provocando Micael.

— Entendi sim. — Assentiu em deboche. — Eu vou acabar com a sua vida medíocre, Micael Borges! Na verdade, acho que ela já está acabando com você, não é mesmo?

— Sai daqui, agora!

— Vai me bater de novo? Olha que o júri vai adorar saber disso.

— SAI DAQUI! — Gritou. Abriu a porta jogando Luke longe. — Se você voltar eu juro que te quebro na porrada, entendeu? E foda-se o hospital, eu acabo com a sua vida! — Cerrou os dentes, nervoso.

Luke saiu, procurando a saída mais próxima. Micael ainda bravo entrou novamente em sua sala, quebrou algumas coisas e buscou a chave da Range Rover. Era nítido ver o ódio em seu olhar.

— Samantha, avise que não voltarei à tarde. Coloque o cirurgião reserva. — Disse bravo, passando pela porta automática.

A recepção inteira o olhou.

— Borges! — Um auxiliar lhe parou, no estacionamento. — O que aconteceu?

— Eu vou matar uma pessoa agora, só que dessa vez, de verdade. — Acionou o alarme da Range Rover. O auxiliar não entendeu.

— Qual foi? — Riu leve. — Parece que viu o inferno!

— Eu vi mesmo. — Bateu a porta com tudo, colocou a chave no contato. — Eu estou indo pra Portland. — Arrumou o retrovisor. — Espero que algum caminhão bata na minha traseira ou eu morra de infarto! — Cerrou os dentes após dar partida no veículo, que cantou pneu pelo estacionamento do hospital.

Enquanto isso eu morria de sono na segunda aula da universidade, bocejei duas vezes após o sinal ter tocado. Graças a Deus! Eu não aguentava mais.

Três horas depois e eu estava livre, peguei um táxi indo pra casa. Kate só viria no final da tarde, então, Lua poderia relaxar enquanto assistia filmes gravados na TV.

Abri a porta passando por ela, avistei a mesma que tomava café. Fiquei indignada!

— Bom dia. — Buscou uma tigela de cereal, os cabelos bagunçados.

— Bom dia? Já está na hora do almoço, sabia? — Brinquei com a mesma, largando meu material em cima da mesa.

— Eu não ligo, só quero dormir. — Despejou o leite. — Sua filha não vai voltar pra casa? Típica a mãe.

— Vou buscar ela à tarde. — Abri o armário da cozinha. — Preciso fazer compras! Vamos comigo ao supermercado?

— Não! — Lua tinha um péssimo humor quando acordava. — Me dê um crédito, eu acabei de acordar.

— Certo. — Me rendi. — Eu vou sozinha.

— Tá. — Revirou os olhos. — Pode ser... Eu disse: pode ser, que eu vá. Não tenho certeza! — Segurei meu riso.

— Você é hilária! — Neguei com a cabeça.

Lua ainda comia seu cereal quando a campainha tocou, apressada.

— Comprou alguma coisa? — Perguntei à mesma que negou com a cabeça.

— Desde quando fast food abre de manhã?

— Lua, não é de manhã! — Ainda ria. — Que estranho! — Franzi o cenho enquanto caminhava até a porta. — O interfone não tocou.

— Vai ver é uma surpresa.

— Surpresa de quem? — Estava pensando.

Enquanto pensávamos a campainha ainda ecoava, eu realmente estranhei já que estava com medo. Não estávamos esperando ninguém, nem correio, nem amigos e muito menos fast food, como já dizia Lua.

Abri a porta vendo a imagem de Micael, ainda de jaleco. Passou por mim como um raio. Lua arregalou os olhos ficando de pé, assim como eu, que estava estranhando sua presença ali.

— Que história é essa que você dormiu com o Luke?

Young and the Restless - Jovens e Inquietos 2ª Temporada Where stories live. Discover now