Capítulo 98

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— Quer saber? Eu vou embora! — Lua deu as costas, nos deixando. Encarei Micael, brava.

Queria saber o por quê de estarem escondendo algo.

— Vai me dizer?

— Aqui não. Vamos embora! — Segurou em meu braço, soltei.

— Só vou embora quando você me disser.

— E eu só vou te contar quando formos embora. — Cerrou os dentes. — Vamos! — Chamou mais uma vez.

Fui de contragosto, entrando na Range Rover com fúria. Bati a porta do veículo enquanto passava o cinto de segurança, Micael foi ao seu lugar, ajeitando o banco e dando partida.

— Vai esconder as coisas de mim também?

— Foi necessário esconder. — Soltou. — É delicado eu te contar isso, ninguém pode saber. Entendeu?

— O que aconteceu de tão ruim assim?

— Em casa eu te conto. — Voltou a dirigir. Estava quase tacando Micael pela janela do carro.

Alguns minutos depois e estávamos na minha casa. Ficamos sozinhos já que Kate estava na minha mãe, que não compareceu ao velório.

Fiquei esperando Micael me dizer alguma coisa, estava aflita.

— Eu matei o Arthur. — Na lata!

Estava sentado no sofá, tinhas as mãos no rosto um pouco atordoado. Fiquei paralisada! Não sabia que Micael seria capaz de fazer isso, ainda mais com um amigo.

— Você o que?

— Eu matei o Arthur! — Repetiu. — Eu sei que foi errado mas eu tinha que fazer isso, não teríamos paz.

— PAZ? MICAEL, VOCÊ AINDA QUERIA PAZ? — Exaltei, ficando nervosa. — Agora sim teremos paz, e se alguém descobrir? Você vai preso, perde tudo, aí sim teremos mais problemas! — Esbraveci, não estava acreditando no que tinha escutado.

— Eu tinha que fazer isso. Foi minha única opção, eu tinha que me vingar. Ele quase estuprou você, na minha frente. — Se explicou. — Você não está feliz?

— Você matou um amigo em comum. Você matou o pai do Acsa. Você matou o seu melhor amigo! — Silabei, pausadamente. Micael me encarava, aflito. — Qual vai ser a sua próxima vítima?

— Ah, pelo amor de Deus! — Cerrou os olhos. — Está pensando que eu virei um Serial Killer?

— Eu não sei nem o que dizer. — Levantei meus ombros. — E agora? Vamos viver com isso o resto da vida?

— Isso te incomoda? Porque pelo o que me consta, quem matou o Arthur foi eu! — Franziu a sobrancelha. — Não precisa comprar a minha culpa, eu sei o que eu fiz e manterei em segredo. Se você não contar.

— Você sabe que eu não irei falar nada. — Me sentei ao seu lado. — Somos cheios de problemas, você sabe disso. — Alisei suas costas definidas sob o terno que estava usando.

— Eu sei. — Respirou fundo. — Espero que tudo isso acabe logo.

— Eu também. — Nos encaramos, como dois adolescentes esperando pelo o primeiro beijo.

Micael colocou suas mãos em meu rosto, chegando seus lábios mais perto. Nossas respirações estavam coladas e eu pude sentir a saudade novamente, estava sentindo falta dele, eu sempre sentia.

Meus hormônios floresceram quando fui pra cima do mesmo, sentindo seus dedos grossos procurarem o zíper do meu vestido, abaixando. Sua mão adentrou o tecido, a quentura do meu corpo foi como boas vindas à Micael, que estava feliz de saber o quanto eu estava o desejando.

Começamos a ficar ofegante entre os beijos, tinha minhas mãos em seu pescoço e trouxe elas até a gravata de Micael, desfazendo o nó rapidamente e afrouxando. Tive sua ajuda, acelerando o processo. Logo após, retiramos o terno, até Micael ficar absurdamente sexy com a camisa de botões branca, com as mangas arregaçadas.

Fiquei de pé passando o vestido e deixando cair em meus pés, Micael alisava meu corpo que continha os trajes íntimos de renda, me desejando. Abriu o fecho do sutiã em uma agilidade incrível, expondo meus seios que ainda não estavam em mudança. Retirou a calcinha enquanto eu chutava por algum canto da sala.

Subi em seu colo, o beijando, Micael retirou sua calça social, junto do cinto, passando também a boxer e ficando nu. Me deitou no sofá, enquanto abria minhas pernas, o recebendo somente para mim. Seu cheiro másculo me envolvia totalmente, apertei seus músculos do braço quando ele se pôs a aninhar a cabeça em meu pescoço, logo após, descendo aos meus seios, massageando os dois.

Soltei um gemido quando senti seu membro entrar, já estava úmida pela cena recente, o que não foi nenhum problema à Micael, já que gostava de me deixar totalmente lubrificada. Nossos corpos balançavam no mesmo ritmo e meu gemido apenas aumentava, conforte as estocadas que não estavam muito fortes. Estavam... Agradáveis. Sensuais, me deixando mais excitada do que eu já estava.

Estar grávida tinha os seus privilégios e o meu era exatamente esse: sexo.

E eu já estava totalmente preparada para escutar as...

— Eu vou meter tanto nessa sua bocetinha.

Sacanagens.

Eu adorava escutar sacanagens e estava lidando com a vergonha, afinal, eu também tinha aprendido a soltar algumas sacanagens quando estava em êxtase. Micael me ensinou direitinho.

Enquanto ele falava, eu revirava meus olhos, junto dos gemidos que estavam escapando. Entreabri meus lábios quando as estocadas ficaram fortes, a face de Micael estava coladinha com a minha, vendo minhas expressões de tesão.

Eu iria chegar ao meu ápice, não aguentava por muito tempo.

— Micael... — Cerrei meus olhos, relaxando minha cabeça na almofada e sentindo meu pé formigar por inteiro.

Meu orgasmo havia chegado!

— Eu te amo. — Soltou, deixando beijos em meu pescoço, ainda dentro de mim. Sabia que ele estava gozando, sempre fazia isso quando estava em seu momento.

Micael parou de se movimentar, me abraçou enquanto estávamos em silêncio. Fiz carinho em seus cabelos, vendo o mesmo deitar sob os meus seios, respirando calmo.

— Será que você está cutucando ele? — Deixei sair, espontânea. Micael riu leve.

— Não, ele está bem protegido. — Disse calmo, tinha os olhos fechados. — Você quer que eu saia? Por que eu não quero! — Foi minha vez de soltar um riso.

— Eu vou deixar. Só mais cinco minutinhos.

— Cinco minutinhos? Que pão dura! — Ri novamente.

Micael me encheu de beijos, ficamos juntinhos por um bom tempo. Era bom ter esse momento de privacidade quando Kate não estava por perto, sentiríamos muito quando o outro pequeno ou pequena nascer.

No chão, o IPhone de Micael começou a vibrar mas não tínhamos visto. O nome de Mel apareceu no visor, identificando a chamada.

Não sabíamos o que ela queria, mas ainda sim, era uma ameaça!

Young and the Restless - Jovens e Inquietos 2ª Temporada Where stories live. Discover now