Young and the Restless - Jovens e Inquietos 2ª Temporada

Capítulo 49

— Um parasita! Pelo que parece ele está morando no sistema interno dela. — Micael mostrou no telão, dentro da sala de reuniões dos médicos. — Temos que ser rápidos!

— O parasita pode descer pra perna, se alojar ali e...

— Nascer uma infeção. Ela tem 99% de chances de perder a perna. — Mel terminou.

— E morrer. — Micael disse calmo. Suspirou. — Sugestões?

— Vamos ter que abrir a cabeça e verificar quantos parasitas estão alojados, deve estar passeando pelo cérebro e outros locais. Por isso as convulsões. — Ken anotou algo em um papel.

— As infecções de ouvido também. — Micael pensou. — Como essa menina pegou um negócio desses, meu Deus! — Negou com a cabeça. — Eu vou falar com a mãe dela.

— São crianças, se ela enfiou-se em uma barra de construção... Parasitas são fichinha. — Ken tentou uma brincadeira mas não conseguiu, teve os olhares atentos de Mel e Micael.

— Vamos operar ela na madrugada de hoje, por enquanto ela ainda ficará em observação.

— E se ela tiver outra convulsão? — Mel perguntou óbvia.

— Nós corremos ao centro cirúrgico de novo. — Micael desligou o telão. — Vejo vocês meia-noite! — Bateu de leve na mesa de madeira, onde Melanie estava, fazendo a morena se tocar e não se atrasar para o trabalho.

Micael saiu da sala procurando pela mãe da menina, que estava em outra sala de espera, no segundo andar. Tinha um copo de água nas mãos.

— Como a senhora está?

— Eu quero saber da minha filha. — Engoliu seco. — O que houve com ela? O que ela tem?

— Calma, calma. — Pausou. — Sophie teve uma convulsão por conta de... Parasitas internos. — A mãe da garota arregalou os olhos. — A senhora conhece?

— São aqueles... Bichinhos, sim? — Micael assentiu.

— Exatamente! O parasita se hospedou nela e por isso as convulsões, está crescendo! E expelindo mais e mais, temos que ser rápidos pra ele não acabar afetando nenhum órgão. — Foi triste ao dizer. — Sua filha está em risco, eu não vou mentir!

A mãe da menina se pôs a chorar.

— Eu quero saber como Sophie pegou esse tipo de doença. — Tentou ser calmo.

— Deve ter sido com o padrinho dela. — Colocou as mãos na cabeça. — Eles viajam sempre, Sophie sempre vai ao Brasil, ainda mais agora que ele está divorciado. — Secou as lágrimas.

— E você não notou nenhuma diferença?

— Não, nunca! Ela nunca demonstrou nenhum sintoma. — Pausou. — Salve a minha filha, por favor! Eu te imploro.

— Nós vamos salvar. — Sorriu. — Eu só preciso saber pra podermos estudar a possibilidade, é delicado o quadro dela. — Colocou as mãos no jaleco.

Sentiu o IPhone vibrar no bolso.

— Com licença! Eu volto mais tarde pra falarmos sobre os procedimentos. — A mãe da menina assentiu.

— Obrigada por enquanto, doutor!

— Imagina. — Assentiu e saiu, deixando a mãe da menina pra trás.

Atendeu o celular.

— Alô?

— Oi papai.

— Oi princesa! — Micael sorriu. — Como você está? O papai está morrendo de saudade.

— Eu tô bem papai e você?

— Eu também estou! Como está por aí na nova cidade?

— É legal! Eu fiz bastante amiguinho.

— E a sua mãe? Ela está bem?

— Tá sim! Ela disse que não quer falar com você.

— Sua mãe é uma graça. — Sorriu falso. — Diga a ela que eu estou bem, e pergunte se ela está bem também.

— Eu vou passar pra ela.

Micael sorriu tanto que sentiu uma felicidade enorme. Preparou-se pra falar comigo.

— Oi.

— Oi. — Pausou. — Você está bem?

— Ótima e você?

— Eu também estou! Só trabalhar muito.

— Que legal!

— Como vai a faculdade?

— Interessante. Eu estou gostando de ser universitária.

— Fico feliz.

Ficamos em silêncio.

— Kate queria ligar pra você, na verdade, ela queria te fazer uma pergunta.

— E que pergunta seria?

— Ela me disse que queria um irmão. E eu... Não vou dizer à ela que já tem um irmão a caminho.

Micael arregalou os olhos.

— VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA?

— Só se for do dedo!

— Claro que não! Há muitas possibilidades.

— Você sabe que eu tenho o DIU, não seja idiota. — Pausei. — Melhor você se preparar pra dizer à ela, em breve.

— Então ela quer ter um irmão?

— Ela já vai ter!

— Ela está por perto?

— Não.

Micael ficou em transe.

— Posso ir aí no final de semana?

— Claro que não! Vá trabalhar e cuidar da sua família, eles precisam de você. — Sorri falsa. — Tchau, Borges! — Desliguei a ligação.

Ele tinha ficado puto, com certeza!