Capítulo 7

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— Conseguiu o que queria, Borges? — Mel cruzou os braços, estava esperando uma resposta científica de Micael, que estava meio bravo.

— Você não calou a boca, tive que optar. — Retirou o jaleco. — Você anda insuportável!

— Então me demita! — Foi confiante. — Sabe por que não consegue fazer isso? Porque é um frouxo!

— Frouxo? — Arqueou uma sobrancelha. — Está me chamando de frouxo?

— Claro que sim! Não sou eu que tenho uma filha clandestina.

— Quer parar de citar isso em voz alta? Inferno! — Sussurrou. — Não quero que todo mundo saiba, o inferno que vai ser é... Eu nem sei o que pode virar.

— As vezes eu sinto pena da Rayana. — Torceu o nariz. — Você a maltrata demais.

— Fica com ela de presente. — Gesticulou. — Vocês duas são péssimas! Eu estou cansado, fodido, cheio de problemas e você ainda quer me chamar de frouxo?

— Acaba com a sua masculinidade eu te chamar de frouxo? — Debochou.

Ela queria comprar briga com Micael.

— Vá pra casa, por favor! — Semicerrou os olhos. — Estou farto de ver você me enchendo o saco.

— Eu tenho plantão! Afinal de contas ainda não achei um homem, pra que eu possa sair no meio do expediente e transar por aí. — Desviou o olhar. — Adeus, Borges!

— Vá pro inferno. — Viu a morena caminhar, indo embora. Bufou ao sete infernos que queria ir para a casa. Não estava mais aguentando o dia de hoje.

Eu tinha buscado Kate na escola, ela estava animada com sua apresentação sobre flores e insetos. Veio o caminho inteiro me perguntando como se chamava o nome das plantinhas, achei engraçado!

— Mamãe, será que o papai pode me dar uma florzinha? — Perguntou doce enquanto caminhávamos.

— Não sei, meu amor! Por que não pergunta pra ele?

— Então liga pra ele. — Fez pose.

— Ele está trabalhando, lembra? Já conversamos sobre isso! — Avisei.

— Por que o papai trabalha tanto? — Fez uma careta que me fez rir à beça. — Trabalhar é chato! Eu quero ele aqui e com as minhas plantinhas. — Bateu os pés por charme, ela adorava fazer isso.

— Kate! — Remedei. — Como você quer receber o seu aniversário na Disney? Por isso o papai precisa trabalhar. — Havíamos chegado em casa. — Preciso de um carro. — Pensei alto.

— Pede pro papai. — Kate sorriu.

Crianças... Por que tão verdadeiras?

Estava abrindo a porta quando a picape 4x4 estacionou na frente da minha casa. Achei estranho! Eu não conhecia ninguém com uma picape 4x4, a não ser minha tia Brenna.

— Vá pro banho! Já estou chegando. — Avisei Kate que entrou correndo. Segurei sua mochila nas mãos.

A porta da picape abriu revelando Austin. Estava lindíssimo, mais lindo ainda! O traje caipira foi substituído por um traje formal, da cidade. Fiquei surpresa e sem reação. Afinal, eu não sabia como reagir em sua frente, depois de tantos anos.

— Sophia. — Caminhou até mim. — Como está linda! O tempo te fez bem. — Ele me chamou de... Feia?

Caipira desgraçado.

— Austin. — Congelei meu sorriso. — Como me achou?

— Sua mãe me passou o seu endereço. — Explicou. — Estou morando aqui também, me mudei faz três semanas.

Young and the Restless - Jovens e Inquietos 2ª Temporada Where stories live. Discover now