Quem mais gosta dele?

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Adentramos na sala de café da manhã privada da rainha

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Adentramos na sala de café da manhã privada da rainha. Era destinada apenas as suas convidadas especiais, e eu estava entre elas, muito provavelmente porque Amélia era minha amiga e tinha dado um jeito de conseguir isso. 

- Como foi a noite depois que eu sai? - questionou baixinho para que ninguém mais nos escutasse.

- Conversamos um pouco e depois nos despedimos - não queria falar sobre aquilo, ainda mais porque nos aproximávamos das demais garotas.

Aquele ambiente era como um conto de fadas, lembrava-me os livros que folhávamos sem entender quando crianças, tão bem pintados pelos artesãos. Haviam flores para todos os lados e as janelas eram altas, começavam na parte mais baixa da parede e iam até o teto, permitindo que víssemos o céu conforme levantávamos nossas cabeças. Do lado de fora a natureza continuava com o jardim privado da rainha, um dos muitos. 

Sabíamos que alguns cômodos daquela grande construção da família real britânica eram particulares, pertenciam a alguns membros da família real e só quem era requisitado podia adentrar neles. Não fazia ideia de quantos eram, mas imaginava que muitos. 

Chegamos a uma das mesas redondas onde as Princesas Louise e Antonietta e a Duquesa Valentina já esperavam. 

Nas demais mesas haviam outras mulheres, todas importantes e com certeza bem mais velhas que nós. Na maior e mais central mesa sentou a rainha e suas damas de companhia. Vi estes lugares sendo trocados durante o decorrer da semana, as vezes a Rainha chamava alguém em específico para conversar com ela.

- Quero mais detalhes. Sobre o que falaram? - insistiu a menina arrumando alguns fios de seu cabelo castanho acinzentado que caiam do coque preso atrás da cabeça.

- Não sei - dei de ombros - Sobre o meu nome e sobre a corte Alemã - resumi.

- Seu nome? - ela me olhou com uma expressão estranha.

- Sim, ele pensou que era um apelido para Isabela - arrumei o guardanapo de tecido em cima do colo.

Ela pareceu negativamente surpresa.

- Por que alguém se apresentaria pelo apelido? Não usamos apelidos! - defendeu-se. Ela parecia mais afetada do que eu ficara. 

- Calma, ele não te atacou - sorri bebericando meu chá.

- Enfim - ela revirou os olhos - Meninos são tão estranhos, mas devo confessar que Albert parece levar mais jeito que o irmão.

Vi Amélia começar a divagar para a noite passada. 

- Vocês estavam realmente fofos ontem durante o jantar - me animei como se meu coração começasse a esquentar com a bebida da manhã.

- Ele é muito zeloso e educado - considerou. 

- Do que vocês estão falando? - Elouise se esgueirou tentando adentrar na conversa.

- Sobre como o gênero masculino é esquisito - elucidei sem querer entrar em detalhes sobre Albert ou Theodore.

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