Theodore na companhia de outra

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Segui o roteiro de todas as noites

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Segui o roteiro de todas as noites. Entrei no grande salão de jantar, olhei muitas pessoas com faces que para mim eram estranhas e familiares ao mesmo tempo. Eram impossível não me sentir senti observada quando os olhos ingleses pareciam procurar os estrangeiros, porém segui meu caminho e sentei-me ao lado da Valentina.

Em algum lugar Albert tentava controlar o que quer que pudesse existir entre Antonietta e Theodore, mas minhas crenças não podiam ser muito altas. Isso não era um plano, era a vida, e ela não era linear, era cheia de imprevistos. Este era um pequeno momento de uma grande história, talvez daqui uns anos isso fosse apenas uma lembrança, uma imagem borrada em minha memória, uma pergunta do que poderia ter sido. Se não fosse Antonietta, poderia ser outra.

Mas eu não queria me casar, então por que eu me angustiava? Se eu tinha tanto medo, por que eu não o queria perder? Mal o conhecia, nada para mim aquilo devia significar. Talvez tudo isso significasse muito mais para outra pessoa.

Tudo dependia de que olhos viam a cena, que coração interpretava a realidade, que mente era quebrava pelas expectativas caindo ao chão.

Eu me remexia na cadeira tentando adivinhar o que estava acontecendo a algumas salas de distância de mim: sobre o que eles falavam? Como interagiam quando apenas os membros da realeza mais jovens estavam reunidos? Eles gostavam mais desses momentos do que os que eu participava? E o mais intrigante de tudo para mim, por motivos indesvendáveis: como Theodore e Antonietta se sentiam próximos um do outro? Ele sentia algo em si que chamava por ela? Albert havia dificultado a aproximação dos dois indo contra um desejo do irmão?

- Por que você está ansiosa? - Valentina se aproximou um pouco da minha cadeira.

- Não estou – não consegui a olhar, meus olhos estavam cravados na entrada, esperava por eles como se a qualquer segundo pudessem aparecer como mágica.

- Você mente muito mal – ela pareceu chateada pelo tom de voz.

Quando as portas se abriram todos nós nos levantamos. Um frio na barriga tomou conta de mim. Senti meus olhos ficarem mais abertos, como se quisesse capturar cada segundo, como se não estivesse acostumada com a realeza.

Primeiro, como esperado, entrou o Rei acompanhado da Rainha. Logo atrás o primeiro na linha de sucessão ao trono, Theodore, acompanhado da Princesa da Itália, Antonietta. Ele usava um casaco longo na cor preta, com detalhes em dourado. Ao que parecia ele apreciava muito esta cor, quase nunca usava azul, como seu irmão, ou vermelho, como seu pai. Sua expressão era sempre mais fechada, não parecia tão preocupado com o que poderiam pensar dele. Eu gostava disso. 

Antonietta estava ao seu lado parecendo uma Deusa, se elas pudessem ser reais, Antonietta, neste noite, seria uma. O tom rosa contrastava com a roupa escura de seu acompanhante. Ela lhe dava vida. Como aquelas cores podiam combinar tanto? Seu colar pesado de diamantes ficava mais evidente graças ao seu cabelo arrumado em um coque perfeito.

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