Sangue em minhas mãos

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Gente, esse era para ser o capítulo de segunda-feira, mas vou postar hoje porque sei que tem muitas pessoas ansiosas com o rumo da história. 

Adentrei o grande salão de festas ao lado de Theodore

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Adentrei o grande salão de festas ao lado de Theodore. Os outros já haviam entrado antes de nós, pois, nesta noite, deveríamos ser o centro das atenções, por isso éramos os últimos.

Meu braço estava entrelaçado ao braço de Theodore. Eu podia sentir seu perfume e seu calor, e isso me causava sentimentos estranhos. Eu queria chorar, e sabia que meus olhos estavam vermelhos. Primeiro porque muitos agora achavam que eu também gostava de Nathaniel, uma vez que ele afirmou isso para Theodore na frente de todos os homens que haviam ficado na sala com eles, e em segundo lugar porque eu e Theodore estávamos em uma fase terrível, onde ele duvidava do que eu sentia e me tratava como uma fraude, uma qualquer, impondo seu poder sobre mim como se eu fosse um nada.

Ele, com toda a certeza, não parecia o homem pelo qual eu havia me apaixonado, doce e preocupado, sempre disposto a mover o mundo por mim. Nesse momento ele era um tirano, mas a postura que havia adotado na sala, minutos antes, havia desaparecido. Agora ele se mostrava calmo e feliz, provavelmente para enganar os outros, como queria que eu fizesse ao me pedir para sorrir como se nada tivesse acontecido.

Ao nos ver, todos se levantaram e bateram palmas, fazendo meu coração se angustiar ainda mais. tentei sorrir, mas parecia uma tarefa muito difícil naquele momento. Theodore apertou um pouco mais meu braço, me mandando mensagens conflituosas: ele estava tentando demonstrar apoio ou queria me forçar a lidar melhor com a situação?

Respirei fundo e tentei ignorar tudo o que eu estava sentindo, todo o medo que me dominava ao estar ao lado dele. Ele ainda era o Theodore, e eu ainda o conhecia, um momento não podia mudar tudo o que tínhamos vivido. Talvez eu estivesse angustiada demais com algo tão pequeno, e reconhecia que eu também havia cometido erros, mas, ao meu entendimento, os dele haviam sido maiores e piores.

Caminhei com ele até a mesa onde estavam sentados meus pais, irmãos, o Rei e a Rainha e Amélia e Albert. Nas mesas ao nosso lado sentavam o resto da realeza estrangeira, incluindo Louise e um lugar vago, que provavelmente deveria pertencer a Nathaniel, que não estava presente.

Uma enxurrada de dúvidas me tirava ainda mais a paciência ao notar que o Principe francês estava ausente. O que Theodore havia feito com ele? Era possível que ele havia o machucado bastante, visto que quando vi Theodore, sua mão sangrava.

Sentamo-nos e a música voltou a tocar. Algumas pessoas levantarem-se de suas cadeiras e colocaram-se a dançar no centro do ambiente, outras bebiam e conversavam, tanto em pé quanto sentadas. Na nossa mesa, porém, os únicos que falavam eram meus pais e os pais de Theodore, o resto de nós permanecia em silêncio, em um grande constrangimento. As trocas de olhares entre todos nós ficaram mais intensa, mas eu evitava, com todas as minhas forças, olhar para Theodore, o que deixava claro que havia muita coisa errada conosco, e logo todos perceberiam.

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