Em sua cama

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Aviso: pessoal, este livro está muito, muito próximo do fim. Meu coração já está ficando apertado. Me contem o que estão achando, e o que gostariam de ver nos próximos capítulos. Beijos!

Gravidez deveria ser considerada um evento sobre-humano, capaz de desafiar os limites do corpo

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Gravidez deveria ser considerada um evento sobre-humano, capaz de desafiar os limites do corpo. Eu me sentia mais forte do que nunca, consciente de que dentro de mim estava o futuro rei do país. No entanto, não conseguia escapar dos enjoos matinais, dos pés inchados e das dores nas costas quando minha barriga se tornava grande demais para o meu corpo. O cansaço era constante, isso porque eu continuava tendo que participar de inúmeros eventos nessa condição. Meu humor mudava com frequência, encontrando-me em momentos sombrios quando estava sozinha no jardim ou olhando pela janela do meu quarto.

Em certos momentos, eu me sentia poderosa como Deus, enquanto em outros, me sentia insignificante, a pior coisa do mundo. No entanto, eu sempre estava cercada de pessoas felizes, embora sua alegria não fosse por mim, mas pela idealização: elas viam em minha imagem aquilo que desejavam acreditar, um futuro brilhante e uma família perfeita. Não que tudo não fosse maravilhoso; Theodore era magnífico, e em um milhão de vidas que eu poderia viver nesta terra, nunca me arrependeria de tê-lo conhecido. Ele continuava sendo tudo para mim.

Agora, ele estava ainda mais preocupado, pois o futuro do país seria o mesmo futuro que seu filho herdaria, e ele se sentia na obrigação de resolver tudo. Theodore sempre estava presente, trabalhando arduamente durante o dia, e nas madrugadas ficava ansioso, com medo de que eu pudesse passar mal sem que ele estivesse por perto. Ele havia entendido uma coisa: precisávamos um do outro para sobreviver. Ele compartilhava suas frustrações sobre a responsabilidade de liderar o país, o agravamento da guerra, o peso em seu coração sempre que estava na sala do trono e como a morte de seu pai ainda o afetava. As coisas estavam mudando rapidamente, mas algo permanecia inalterado: o sofrimento da Rainha Mãe. Ela não aceitava a morte do Rei, a raiva transparecia em seus olhos como uma fera cruel, e ela desejava, acima de tudo, ver a cabeça de Victória rolar. Isso, no entanto, ainda não tinha acontecido, pois ela estava no oitavo mês de gravidez, enquanto eu estava no sexto.

Era estranho pensar que Victória e eu estávamos gerando um filho em circunstâncias tão diferentes, o que me fazia refletir frequentemente sobre a época em que ela carregou o filho de Theodore. Às vezes, eu me pegava divagando sobre o assunto, pensando em como a vida dele poderia ter sido diferente. Um ciúme estranho sempre residia em meu coração, pois eu sabia que Theodore poderia ter tudo o que desejasse, bastava ele dizer.

Theodore era, eu querendo ou não, o homem mais poderoso da Inglaterra, e eu não tinha nenhum poder sem ele.

- Aqui está a mulher mais bela da Inglaterra – Theodore caminhava pelo corredor em minha direção. Um lindo sorriso percorria seu rosto enquanto seus passos eram elegantes. Ele usava seu uniforme vermelho e azul da guarda-real, provavelmente voltando de algum evento militar.

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