"E se o amor me destruir?"
O jovem Príncipe Herdeiro do Reino Unido, Vossa Alteza Real Theodore, aprendeu, desde muito cedo, que seu dever e coração devem estar com a nação. Tudo em sua vida está encaminhado: ele é o segundo mais importante de seu p...
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Nos posicionamos no meio do salão enquanto a cerimonialista chamava os meninos para nos acompanhar. Olhei para Amélia que já estava acompanhada de Albert, ambos me deram um sorriso. Mais atrás Antonietta pousava a mão no peito de Theodore. Louise olhava a cena com desgosto enquanto Nathaniel olhava para o amigo com um sorriso brincalhão.
Um garoto mais alto se colocou a minha frente fazendo um pouco de sombra em meu corpo que antes estava voltado para o sol da janela. Olhei-o enquanto ele me reverenciava e pousava um beijo em minha mão.
- Lady Liebenswert – sua pronuncia era tão perfeita quanto sua postura – Eu sou o Duque de Birmingham, Benjamin Whitecastle – ele se endireitou e seus olhos verdes claros encontraram-se com os meus.
Me senti paralisada, por nenhum segundo pensei que ele, o que antes me causara tanto medo, poderia ser tão belo.
- Vossa Graça - o reverenciei assim como todas as outras garotas faziam com seus pares e pousei minha mão um pouco abaixo de seus ombros enquanto a outra lhe dei para segurar.
- Não sabia que você já havia chego – lhe disse conforme começávamos a nos movimentar em sincronia com todos ao nosso redor.
Era mentira, eu sabia sim que ele estava lá, mas como podia explicar o motivo de ter fugido dele noites antes enquanto ele me esperava?
- Você estava esperando por mim? - ele me olhava com atenção conforme a música ficava mais animada, mas eu precisava me concentrar para não cair, o que me fez começar a rir – O que foi, isso é absurdo demais da minha parte?
- Ah não – neguei veemente – Apenas não me olhe tanto – pedi.
- Perdão! Geralmente as mulheres gostam de ser notadas – ele riu e olhou ao redor.
- Talvez – considerei – Mas se eu precisar retribuir o olhar acabarei pisando no seu pé, ou pior – ri um pouco mais imaginando a situação e precisei morder os lábios para me controlar - Muita atenção me deixa nervosa, não piore minha situação.
- Sempre bom saber que minha parceira não é a melhor dançarina do grupo – brincou - O que fará então quando todos os membros mais antigos da nossa sociedade estiverem nos olhando dançar neste sábado? - indagou.
- Confiarei que você me transmitirá a calma necessária para continuar - lhe lancei um olhar desafiador - É isto que um bom cavalheiro faz, estou certa?
- Não posso dizer em nome de todos, mas em meu nome, sim - sorriu galanteador.
Ele me rodopiou de um lado para o outro e eu pude ver as meninas e seus vestidos dominarem o salão enquanto o piano ecoava por todos os lados. Voltei para os braços dele me sentindo levemente tonta, mas ainda seguindo sua liderança. Ele era muito confiante em sua posição, seus braços fortes me passavam a segurança de que estávamos indo bem na tarefa daquela manhã.
