No quarto dele

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Eu e Theodore estávamos conectados um com o outro

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Eu e Theodore estávamos conectados um com o outro. Enquanto dançávamos nossa primeira valsa juntos, com todos nos olhando, tudo o que importava era que estávamos nos braços um do outro. Podia sentir seu calor e seu corpo forte me protegendo, como se eu fosse uma pequena garota indefesa sob seus cuidados.

Como o casamento havia sido na parte da manhã, a recepção estava sendo realizada no meio-dia, com uma grande festa que se estendia até o anoitecer. Ela estava sendo realizada no salão de honras do Rei, um grande espaço majestoso, dedicado apenas aos momentos mais importantes da vida da Realeza, como batizados dos Príncipes e festas de casamentos deles, sendo sempre muito exclusiva. Amélia e Albert, por exemplo, não usariam este espaço em seu casamento, tendo escolhido o salão da Rainha, que era um espaço mais aberto, florido e doce, porém mais utilizado também, como para aniversários, eventos diplomáticos e celebrações de datas festivas, como o Natal.

A festa estava ocorrendo bem, conforme tão planejado pela Rainha. Eu me sentia livre e feliz, rodeada por pessoas que eu não conhecia, mas também na presença de pessoas que eu amava muito, como Theodore, meus pais, irmãos e amigos, como Amélia e Louise.

Dentre os vários momentos sagrados para a família Real, houve o corte do bolo feita por mim e por Theodore com uma espada, os discursos dos padrinhos, a primeira dança, o recebimento dos presentes, que eram, em suma muitas, joias para mim e muitos cavalos e palácios para Theodore.

A noite estava começando a nascer quando meus pés começaram a doer por causa dos saltos altos. Eu havia dançado muito, não apenas com Theodore, mas também com meu pai e até mesmo com o Rei, que, surpreendentemente, era ótimo em guiar uma mulher. Ele havia sido muito gentil e acolhedor, apesar de não dizer nada durante todo o tempo.

- Você está preparada? – Amélia bebia champagne em uma linda taça, já parecia um pouco fora de si. Podia ver Albert ao fundo apenas a olhando, vendo se havia qualquer sinal de perigo em seu comportamento.

- Para o quê? – indaguei sem entender.

- Você sabe – ela deu um sorriso malicioso enquanto mudava a sua voz – Em algumas horas você vai estar deitada na cama do Theodore, completamente envolvida pelos cuidados dele – ela mordia os lábios tentando conter sua animação com aquilo, como se fosse algo sujo e proibido.

- Não seja boba – neguei, mas estava mesmo nervosa e sabia que isso era nítido para ela.

- Qual é! – ela me empurrou levemente com o ombro – Todas ficam com medo desse momento. Dizem que dói muito.

- Isso não ajuda – resmunguei.

- Se você beber bastante talvez não sinta muito, ao menos foi este o conselho que recebi de uma das minhas empregadas.

- Não quero estar bêbada quando estiver com ele.

- Bom, então prepare-se mentalmente para sofrer – deu de ombros.

Vossa AltezaWhere stories live. Discover now