64. RECUPERAÇÃO

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Olá, senhores este-capítulo-está-muito-curto!

Só pra avisar, este tem 30 palavras a menos do que o anterior, ok?

Pelos meus critérios, isso é igual a "do mesmo tamanho"!

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Com a rapidez de uma inundação, a notícia se espalhou por Durina. Os corredores encheram de gente querendo ver o príncipe e o Talismã, mas ninguém se aproximou da Rainha, das princesas e do Lorde de Moolna, que carregava Enrique. Os comentários se espalharam com igual velocidade pelo Palácio: o Olho do Feiticeiro brilhava novamente em azul, o príncipe parecia ileso, estava com natils metade dourados de Linhagem... e tinha cabelos!

Seguindo as ordens mentais da Rainha, uma grande cama foi arrumada para Enrique no Salão dos Tronos, o local mais protegido de Durina.

Carl de Moolna hesitou um instante antes de soltar o rapaz na cama. Apenas a sempre atenta princesinha de Senira percebeu e, mais uma vez, ocultou o sorriso. A Linhagem de Moolna era conhecida por sua absoluta frieza e por jamais permitir que emoções interferissem no que devia ser feito... Mas a hesitação do Lorde fora causada pelo mais lindo dos sentimentos: o amor. O Lorde havia se afeiçoado profundamente a Enrique e, naquele momento de hesitação, precisara controlar o impulso de levar Enrique para a Mansão de Moolna. Como se Enrique fosse realmente parte de sua família...

A guarda da Linhagem postou-se dentro e fora das portas fechadas do Salão dos Tronos, e também próxima ao príncipe em recuperação. Um grupo de jovens aguardava para acomodar o príncipe e, com um gesto, a Rainha autorizou-os a tocar no novo integrante da Linhagem. Dirigiu-se para a escadaria dos Tronos para recolocar o Olho do Feiticeiro no seu nicho, mas o Talismã mais uma vez se recusou a abandonar Enrique. Com uma chispa azul, sumiu das mãos da Rainha e surgiu ao lado de Enrique, fazendo os jovens recuarem rapidamente. Apenas a Linhagem podia tocar no Talismã!

Sarah estava instantaneamente armada da cabeça aos pés, com a espada desembainhada, pronta a enfrentar qualquer um que ousasse ameaçar seu companheiro. Lila pulou para longe da outra num susto, protestando:

– Mas larga de ser doida, Sarah, não tem perigo nenhum!

– É?! Então por que o Olho do Feiticeiro não sai de perto de Enrique de jeito nenhum?!

– Pergunta pra ele, não pra mim! – exclamou Lila, embora a resposta fosse muito óbvia.

A resposta do Talismã alcançou todas as mentes: havia sido a mais importante previsão do Olho do Feiticeiro, mas Palácio e Talismã estavam cegos e surdos no momento da liberação. O príncipe era o único depositário das informações da previsão.

Sarah se sentiu incrivelmente burra. E incrivelmente cansada, também. Agora que Enrique estava ali, ileso, mergulhado no sono mental de recuperação, todos os dias de tensão e insônia desabaram juntos sobre a princesa de Durina.

– Eu já não estou raciocinando direito – admitiu a moça, esfregando o rosto e fazendo sumir suas armas.

– Seu lugar de descansar é bem ali, junto com Enrique. – Lila sorriu. – Tem as frutas de Senira que eu trouxe, e você nem tocou. Que tal comer alguma coisa e daí entrar em recuperação junto com ele? Quer que eu vá com você?

– Lila tem razão – apoiou a Rainha. – Vá, Sarah.

Sarah e Lila foram, retornando em pouco mais de vinte minutos. Sarah tinha comido, tomado um banho rápido e colocado roupas confortáveis. Abraçou a mãe, despediu-se de Lila e do Lorde, e deitou ao lado de Enrique, abraçando-o. O Olho do Feiticeiro ficou entre ela e o companheiro, fulgurando às vezes.

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