Olho do Feiticeiro

91. LÁ VAMOS NÓS DE NOVO...

Entre meu cartão de crédito clonado eletronicamente e a máquina de lavar roupas que fará parte da minha rotina pela próxima semana, aqui está o capítulo que iniciei ontem e reescrevi hoje, puxando de volta para o roteiro original.

O Olho do Feiticeiro mantém, basicamente, a história original que programei para ele.  O problema é que , mais uma vez, os personagens ganhavam vida e opiniões próprias, e querem continuar contando minha história do jeito deles.

Isto não vai acontecer, senão este livro se torna outra saga que só vai terminar no começo de Cisne. Esta não era minha ideia, e os senhores personagens vão precisar se adequar.

A partir do próximo capítulo, vou retomar o ritmo que tinha programado para o livro, independente do esperneio de Sarah, Enrique, Lila, Denaro e companhia.

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A Rainha Darah e o Rei Sammal haviam chegado à mesma conclusão que Enrique e Sarah: precisavam da ajuda de Senira.

– Apesar de Rainhas se encarregarem de contatos com outras Rainhas, acreditamos que, nestas circunstancias, seria mais adequado você fazer o contato em nome de Durina, Enrique – disse Darah.

– Sem problemas. Nós vamos lá ou eles vêm pra cá?

– Lila decide.

Lila respondeu prontamente ao contato mental de Durina, perguntando direto se Enrique tinha escapado inteiro de sua aventura temerária. Ele riu, avisou que toda a Linhagem estava ouvindo e garantiu que tinha saído inteiro, sim.

(– Você é bom!) – riu-se Lila. (– Pensei que não ia escapar de algum tipo de treinamento armado com Sarah!)

(– Ela tentou, mas eu sobrevivi.)

(– Oh. Com ou sem buracos?)

(– Sem buraquinho algum, graças a um redimensionamento que ninguém aqui entende.)

(– Você já está controlando o redimensionamento?! Uau, você é mesmo uma façanha!)

(– Lila, ninguém aqui entende o que eu sou. Você parece saber mais sobre Antigos do que Durina inteiro. Precisamos de ajuda. Eu preciso da sua ajuda pra entender o que sou. Precisamos conversar como conversamos naquela primeira vez, e você me disse tantas coisas importantes. Precisamos saber o que Senira sabe sobre Antigos. Eu preciso saber o que esperar de mim, das minhas habilidades e da minha mente, pra não assustar todo mundo quando faço alguma coisa num treinamento. Nós podemos ir aí, pra conversar com tempo? Ou vocês preferem vir aqui?)

(– Melhor a gente ir aí) – decidiu Lila. (– Mas Denaro só se libera do treinamento em que Senira o meteu em mais uns dias. Que tal seis dias? Fica bem pra vocês?)

(– Está ótimo) – concordou Enrique, depois do assentimento da Linhagem. (– E o doutor Carl? Ele pode acompanhar tudo isto?)

(– Aí em Durina, sim. Aqui em Senira, não.)

(– Por que não?)

Lila riu.

(– Seu pessoal deve estar se abanando feito um ventilador, avisando que esta é uma pergunta que não se faz!)

(– Eles estão, mas eu sou um superficiano sem noção, lembra? Então? Por que ele não pode?)

(– Lordes de Moolna são excessivamente enxeridos e bisbilhotam Palácios durante o que deveriam ser visitas cordiais. Senira é um Palácio bisbilhoteiro que não gosta de ser bisbilhotado.)