Capítulo 08 Juntos

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As tropas e representantes de todas as casas que participava do evento de ligação, este que levava seus filhos à procura de dragões, logo viram o maior incêndio da história da floresta do medo. Eles procuravam por algumas crianças que haviam sido perdidas logo no início do primeiro dia, inclusive, Ravel e Levi, os filhos casulas do líder da cidade-estado Soren que sediava o evento esse ano.

O fogo se destacava acima da copa das árvores e a fumaça liberada tornava o céu negro. Todos se dirigiram para lá e encontraram o maior ninho de aranhas infernais que se tinha notícia, após o incêndio as forças da fortaleza daqueles seres bizarros estavam abaladas e após uma rápida batalha foram dizimadas e o fogo controlado.

Foi encontrado dezenas de corpos, muitos dos quais pertenciam à pessoas que haviam desaparecido recentemente e animais. Vinte e cinco animais e onze pessoas, de diferentes idades e origem ainda estavam vivos.
Dentre eles Levi.

Todos foram levados à cidade mais próxima, a busca havia tido sucesso mesmo eles ainda não tendo encontrado Ravel.

Erin acordou deitada em um quarto, seu braço estava conectado à uma bolsa através de uma mangueira, como no hospital quando tomamos soro, mas o líquido era azul escuro. O quarto era estranho, tinha algumas coisas que todos tem, mas não era exatamente ao que estava acostumada, a cama tinha seis pernas ao invés de quatro, a tela da televisão e a CPU era de uma marca que ela não conhecia e não tinham a tela quadrada e sim elíptica e eles usavam mais o vidro e a madeira do que metais e concreto, tanto nas construções quanto na mobília.

Ela sentou-se apressada ao lembrar-se do dragão, se ela estava ali isso significava que provavelmente tinham o visto e ele devia estar correndo perigo, principalmente se estava nas mãos de desconhecidos. Mas antes de se levantar viu seu dragão deitado no chão ao lado da cama, ele levantou a cabeça e olhou demoradamente para ela que podia respirar com tranquilidade agora.

Erin pegou a mangueira entre os dedos para a retirar, mas hesitou, ela lembrava-se de ter sido envenenada, aquele podia ser o antídoto e ela parecia não estar presa ali, então não importava onde estivesse ela estaria temporariamente segura.

Erin vestia roupas de outra pessoa, roupas que ficaram um pouco grandes para ela e seus cabelos loiros haviam sido escovados.

Em quadros pelo quarto ela via a dona de tudo isso e se sentia uma intrusa. Nas fotos havia uma garota bonita, um ou dois anos mais velha que ela na mais recente, de cabelos negros e pele rosada como uma princesa, era o que parecia mesmo não agindo como uma nas fotos, sempre brincando e sorrindo ou treinando, principalmente arquearia.

Erin permitiu-se deitar e relaxar um pouco, no mesmo momento a porta se abriu e entrou um garoto mais novo que ela, se Erin fosse apostar diria onze anos, ele também tinha o cabelo preto e grande até pouco acima dos ombros. Seu olhar era de curiosidade e animação, mesmo estando envolto em profundas olheiras. Ele sorria, mas parecia abatido, como se uma doença o tivesse acometido recentemente.

- Que bom que você acordou. - disse ele da porta, se aproximando. - Meu pai me mandou ver como você estava.

- Estou bem... Onde estou?

- Em Soren. Você está aqui desde ontem à tarde, meu pai nos salvou daquelas aranhas.

- Soren... - repetiu ela tentando assimilar tudo, Erin tinha cada vez mais certeza que não estava em seu mundo, não importa o quanto isso pareça irracional, no entanto não era tão irracional assim, afinal inegavelmente havia um dragão deitado aos seus pés. - Eu nunca tinha ouvido falar. - completou ela.

- Mas como não? É uma das principais cidades-estados e sede da casa Draien, minha casa, de onde você é? - perguntou ele sem acreditar que ela não conhecia sua cidade natal.

Erin, A Chave Dos MundosDove le storie prendono vita. Scoprilo ora