Erin, A Chave Dos Mundos

Capítulo 56: Aparencias X Realidade

Três anos depois...

Das vinte e oito casas havia três que individualmente se comparavam ou eram mais fortes que todas as outras unidas, os Valley na pradaria do leste, os Mattel nas montanhas do norte e os Draien na floresta do medo. Os Valley haviam sido apagados da história quando Desmontt matou o último líder da casa e seus descendentes legítimos e tomou seu castelo, então só restaram dois, seus líderes eram os mais jovens da história, mas também os que detinham mais poder.

Sem os Valley e a ordem da paz o triunvirato bélico que mantinham ruiu e rumaria para a guerra mesmo sem motivos externos e a escalada de tensão, então a marcha de Ravel para a Passagem das Árvores entre os dois reinos de nada motivou a declaração de guerra por parte da casa Mattel, mas serviu de protesto para invadirem Soren em uma investida fracassada para libertar Starlet que se mantinha sob custódia até então.

A guerra contra Desmontt estava parada, Ravel ainda estava na Passagem das Árvores, montara uma sede lá, estabelecera uma rede de comunicação e tentava rastrear Desmontt, aquele mundo era dez vezes maior que qualquer um e selvagem, não havia vida inteligente no local, o que dificultava a missão, o tempo passava rápido nele, isso não fazia efeito em Ravel ou em seus seguidores, mas essa velocidade havia extinguido a vida nele diversas vezes e disso restara ruínas que eram investigadas diariamente atrás dos seguidores de Desmontt e dele mesmo.

Mas para todos os mundos com o desaparecimento tão prolongado de Desmontt tudo estava voltando ao seu natural, seus seguidores profetizavam seu retorno, mas se mantinham às sombras, reunindo-se secretamente e tentando golpes de estado em diversas nações de vários mundos, estavam preparando o campo para o retorno de Desmontt no eclipse.

Para o mundo de Ahri, a ausência de Desmontt fez a coalizão se desfazer e a guerra contra os Mattel aquecer até atingir seu auge e Ahri estava liderando bem as batalhas que se seguiram, seu pai o ensinara bem e ele tinha um talento nato para a guerra, de modo que a ausência de experiência em campo de batalha não era tão importante.

Ahri fazia jus à seu nome e mostrava à seus inimigos por que os Draien eram temidos e respeitados, ele vencera doze das dezesseis batalhas que enfrentou, um ótimo resultado, já que as derrotas pesavam nos ombros dos generais de Mattel, mas a guerra se estendia muito além do que ele podia permitir.

- Droga! - Ahri pegou o peão que representa a casa Mattel na mesa de estratégia e o atirou contra a parede, quebrando o objeto de gesso.

- Calma Ahri, você irá ganhar essa guerra. - disse um dos conselheiros de guerra, um senhor que havia sido escolhido para o cargo há muitos anos.

- Mas quando? - perguntou, estava especialmente irritado aquele dia.

Todos diziam que ele estava se saindo bem no comando, mas a guerra continuava e agora estava em uma situação difícil, possuía suprimentos para as tropas para no máximo uma semana e então se nesse tempo a guerra não fosse decidida teria que levantar o cerco imposto sobre a montanha Mattel e retornar à Soren, então a guerra se estenderia por mais alguns meses ou até anos.

- Traga todos os dragões de Soren, das casas vizinhas, de todos que nos devem, de todos que juraram fidelidade à casa Draien, comprem todos os dragões dos mercadores, cacem o maior número possível de dragões da porção da montanha Mattel que temos controle e mande um emissário para o mundo de Erin requisitando todos os soldados que conseguiram dragões com a aliança de nossa casa.

- O que pretende Ahri?

- Terminarei essa guerra em dois dias, não existe muralha alta o suficiente para dragões.

- A casa Mattel tem mais dragões que todas as casas juntas, como pretende superar isso?

- Temos passagens para outros mundos, não temos? Deixe o essencial aqui e leve cada, uma das seis esquadras restantes, com a única finalidade de reunir dragões dos mundos que o possuem.