Erin, A Chave Dos Mundos

Capítulo 20 Guerra Relâmpago

Após diversos exames, os intrusos foram colocados separadamente em celas de vidro.

Capitão Madison se postou à frente da parede de vidro. Ele estava abismado, não importa que exame fazem tudo indica uma única coisa, eles são humanos. Madison mandou verificar os dados deles e agora segura os documentos com tudo que fora levantado sobre eles.

O garoto não encontraram nada e por isso era uma única folha que descreve tecnicamente características de sua aparência, Humano, sexo masculino, na faixa dos dezessete anos, cabelos preros, magro e músculos que indicam exercícios físicos com frequência. Sem digitais registrada no banco de dados e o mais estranho, seu tipo sanguíneo não se encaixa em nenhum tipo conhecido ao mesmo tempo em que de assemelha à todos.

A garota fora muito diferente. Há cinco folhas em seu relatório. Rapidamente a central de inteligência encontrou a identidade dela. Erin Taller, garota, 14 anos, filha única de Samuel e Amanda Taller, uma importante família de banqueiros há gerações. Desaparecida desde 21/03, já somava oito dias, os pais deram por falta dela ao amanhecer o dia e avisaram as autoridades.

Madison agora sabia a identidade dela, no entanto isso não respondia suas perguntas. Como eles haviam saido daquele buraco? Quem era o garoto, outro desaparecido? Como conseguiram aqueles dragões? E a maior de todas, o que havia do outro lado?

Pelo menos eram humanos.

Mesmo sendo um tanto cético à crendices era inegável a existência daqueles animais que mataram tantos de seus homens.

Erin acordou em uma cela de vidro. Ela conseguia ver Ahri. Ele estava à poucos metros de distância dela, mas estavam separados por uma parede.

O local parecia uma cela de quarentena como para impedir o contágio de epidemias em seriados de TV ou para isolar pessoas que foram irradiadas.

Ela vestia uma camisola branca e estava descalça. Seus braços tinham marcas de agulhas e parte do cabelo na têmpora esquerda havia sido raspado e ainda havia uma pasta colenta que fora usada para afixar eletrodos para algum exame.

Ela levantou e uma vertigem a dominou por alguns segundos. Quando passou ela se deu conta de onde estava e lembrou tudo que aconteceu antes de ter perdido a consciência. Foi como um choque perceber que Eme não estava mais em seus braços, ele agora era parte dela e não saber onde estava a assustava mais que tudo.

Parecia que tinham lhe tirado o coração e que a cada segundo que ele não batia em seu peito morria um pouco mais. Era doloroso e ela precisava perdidamente encontrar Eme.

Erin olhou à volta atrás dele, mas não havia sinal algum e isso lhe preocupava, mas o que viu acalmou um pouco seu coração, Ahri estava preso em uma caixa de vidro ao lado da sua, ele seria seu apoio. Era grande o suficiente para eles ficarem em pé e caber uma maca, no entanto não deixava de ser claustrofóbico ficar preso ali.

- Você está bem? - perguntou Ahri visivelmente preocupado. Ele havia acordado antes e chamado pela Erin, mas desistido de acordar a garota à algum tempo.

- Eu não sei...

Ahri a entendia, ele também estava fisicamente bem, mas era doloroso a distância de seus dragões e isso dava à eles a impressão de que algo em seus corpos estava muito errado, estar com uma flecha atravessada no peito não era tão agoniante quanto a distância que era imposta sobre eles.

Erin estava preocupada. Ela conhecia o mundo à que pertencia e sem incluir os dragões eles no mínimo eram peculiares e isso já era motivo de serem transformados em cobaias de pesquisas. Ela já vira instalações como a que estava em filmes e isso a preocupava.