Capítulo 16 Unidos Eternamente

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Levi/Erin

Como Soren havia vencido essa batalha e tido poucas baixas a noite seria de festa. O salão principal da casa de Kahri estava lotada e havia fartura.

Erin e Ravel haviam sido carregadas nos ombros pelos soldados como heroínas por se destacarem na luta e afugentar a líder da tropa inimiga, pondo fim à batalha. Kahri fez um discurso destacando a bravura de seu povo, principalmente de seus filhos, mas Ravel e Erin não permaneceram por muito tempo na festa.

Ambas estavam preocupadas com Ahri que havia sido socorrido e agora estava em seu quarto. Haviam ido vê-lo em momentos diferentes, mas ele estava dormindo, recuperando muito rapidamente suas forças, certamente os poderes de Erin não apenas o trouxera à vida, mas também estava curando seus ferimentos

Então Erin se dirigiu ao quarto de Levi, ele estava deitado de costas e ela sabia que ele chorara a tarde inteira. Chamou-lhe pelo nome, mas ele não respondeu. Erin sentou-se ao seu lado na cama e pousou sua mão no ombro dele. Levi não reagiu.

- Não deixe eles decidirem sobre isso. Não pode deixar eles matarem seu dragão. - disse ela decidida e suas palavras se tornaram melancólicas quando Eme subiu na cama e apoiou a cabeça no colo dela. - Se fosse minha Eme que estivesse doente eu faria qualquer coisa para ajudá-la.

Uma ideia lhe ocorreu, parecia loucura, mas podia dar certo.

Erin estava feliz, ela não sabia o quanto podia contar com seu poder de ressuscitar os mortos, mas quem sabe não pudesse fazer isso por Lyer depois do sacrifício, ela não sabia se conseguiria fazer isso novamente, principalmente com um dragão, no entanto teria que tentar. Nem mesmo sabia como explicar à Levi sobre isso.

- Hoje Ahri foi morto...

- Morto? - ele a interrompeu sentando-se às presas, subitamente muito preocupado.

- Ele está bem. Eu de algum jeito o trouxe de volta à vida e talvez depois que Lyer seja sacrificado eu consiga ressuscitá-lo.

- Ninguém vai matar ele! Ninguém!!! - gritou ele afundando a cabeça no travesseiro novamente.

Erin deixou o quarto, pensando em conversar com ele de manhã, quem sabe após um dia de sono ele estivesse mais sociável e menos abalado.

Levi estava em sua cama, deitado e coberto, ele viu Ravel ir para a cama e todos apagarem as luzes. Quando tudo estava totalmente silencioso já a algum tempo levantou-se e andou até o templo, tudo estava tão quieto.

Lyer, seu dragão estava deitado, encolhido em posição fetal em uma gaiola, seu corpo mole como o de um bebê doente. O veneno das aranhas infernais tinha ficado tempo demais no organismo dele e agora não se podia fazer nada para salvá-lo, exceto partilhar a alma com alguém forte e saudável. Isso funcionava com pessoas doentes também devia funcionar com dragões.

Levi pegou Lyer no colo e saiu da mansão que estava completamente vazia. Todos, sem exceção estavam em seus quartos, apenas alguns guardas faziam a segurança, mas Levi sabia passar por eles sem ser notado.

Logo ele estava do lado de fora e agora ninguém o impediria. Ele adentrou o salão de ritual, seus passos no chão de madeira ecoavam pelo cômodo vazio como se ele estivesse de tamanco.

Levi colocou o dragão sobre a bancada de pedra antes de conectar a mangueira numa veia em seu pescoço e sentou-se do outro lado. Seu coração estava acelerado e sua respiração frenética, parecia que estivera correndo uma maratona. Ele respirou fundo, prendeu a agulha com um plugue em seu braço e ligou o misturador, imediatamente seus sangues se misturaram e quando a solução retornou através da mangueira para seu corpo a dor que sentia vinda de Lyer se intensificou ao ponto de ser insuportável, ele sabia que o dragão não sentia aquilo mesmo estando tão mal.

Erin, A Chave Dos MundosWhere stories live. Discover now