Capítulo 59: Adeus

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Erin

Erin nunca sentira tanta raiva em sua vida, jamais perdera para a morte alguém que amava e ela havia aprendido a amar Destine com o tempo, Destine... Se recusava a chamar pelo nome que Desmontt à deu.

Ela golpeou incansavelmente Desmontt, havia ganhado muitas habilidades e agora era a hora de usá-las, enquanto golpeava Desmontt conjurava um mantra contínuo que diminuía a velocidade do inimigo, enquanto ela abria portais entre os mundos, os fechava e abria outro para voltar à este, estava tão rápida e boa fazendo isso que conseguia usar essa habilidade em luta, técnica que para os olhos de Desmontt ela estava se teleportava ao invés de viajar por fendas no espaço.

Conseguia golpear Desmontt de todas as direções, um corte pela frente, outro nas costas e o terceiro em sua bochecha esquerda, estava em todos os lugares para golpear ele, mas quando ele ia contraatacar ela não estava em lugar algum. Uma habilidade que lhe garantia uma imensa vantagem no combate e que ninguém jamais usara desse jeito.

Desmontt não conseguia lutar contra um inimigo que não conseguia acompanhar, mas os cortes que Erin fazia nele, não féria seriamente Desmontt, mesmo cada um deles sendo fatal para qualquer pessoa, mas lhe infringia descargas de dor.

Desmontt bateu as mãos à frente do corpo e gerou uma onda de choque que parecia vir da explosão de alguns quilos de dinamite, Erin seria arremessada contra a parede se ela tivesse aberto uma fenda e fugido do raio dever alcance.

Esse tempo foi o suficiente para Desmontt se recompor, correr para a parede de vidro e se atirar quebrando a vidraça.

Erin não acreditou ao ver Desmontt subindo em Enkner e fugindo do combate, revelando o covarde que era. Ela ia atrás dele, estava disposta à colocar um fim nisso tudo agora, mas estão ouviu uma voz chamar por ela, um grito muito alto que não vinha desse mundo e o corpo de Erin despencou no chão, sua consciência já estava inteiramente no outro mundo e Desmontt escapava com seu objetivo concluído.

O pilar se preencheu com o sangue de Kaliel, cada milímetro dele pulsava como se tivesse um coração e este tivesse voltado a bater, jorrando sangue e vida para todo o organismo. Nenhum ser vivo de nenhum mundo já presenciara o que aconteceu em seguida, não desde Liberten criar o Pilar dos Mundos.

Carregada com a energia da vida de Destine uma luz vermelha se originou no obelisco e foi lançado em um imenso feixe para o céu, atingiu a estratosfera daquele mundo e se dispersou em todas as direções rompendo todas as barreiras dos mundos, destruindo uma vez mais suas fronteiras e os unindo.

Na maioria dos mundo isso foi visto com espanto, não sabiam o que era e encararam o evento como uma ameaça ou um lindo fenômeno natural e alguns poucos presenvaram em sua cultura e religião que isso aconteceria, então assistiram o evento como o cumprimento de uma profecia ou mesmo o fim dos tempos e seria mesmo caso Desmontt não fosse parado.

Erin já podia sentir a união de todos os mundos, diversas passagens abertas em vários locais de todos os mundos, mas ela não viu isso, estava na última fronteira dos mundos, este que separava os mortos dos vivos.

Estava em pé, de frente para o único ponto no horizonte que era diferente de todo o resto, não sabia como havia chegado ali, não havia feito a passagem e nem mesmo desejado isso.

- Acha que eu iria embora sem me despedir?

Erin voltou-se para a direção da voz e viu Destine, olhou mais demoradamente para os cabelos dela, estava loiro em um tom platinado, quase branco, Erin sabia que essa era a real cor, a mesma que Destine tinha no passado, mas era difícil assimilar isso.

Destine sorriu, era um sorriso genuíno, não o irônico ou cínico que Erin costumava ver, então ela podia ver que de alguma forma Destine estava feliz.

Erin, A Chave Dos MundosWhere stories live. Discover now