1. Primícias

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Nada melhor para curar um coração que sonhara em viver o tal "felizes para sempre" do que enfiar a cara no trabalho e se dedicar de tal maneira forçando os dias a passarem rápido o suficiente para seu cérebro não processe a ausência de alguém que lhe jurou amor eterno enquanto durasse. Talvez eu tenha sido tola o bastante para achar que duraria um longo tempo. Enfim, sou Emma Swan, fotógrafa profissional, trabalho em uma das mais renomadas empresas do ramo e, sim, fui abandonada por aquela que acreditei ser minha alma gêmea.

- Isso de novo. Bati a palma da mão na têmpora direita e balancei a cabeça na tentativa de dissipar aqueles pensamentos. - Esquece essa mulher de uma vez! Falei pra mim mesma enquanto estacionava o carro e me dirigia até o elevador.

- Ainda nessa fossa, Swan?! Senti um leve soco no ombro.

- Olha, você ainda vai ficar com o olho roxo... Que susto Mary, porra! Não temos mais vinte anos! Ainda vai chorar quando me ver enfartando na sua frente. Ela caiu na gargalhada.

- Jesus, que drama é esse!!! E pior, numa segunda feira nublada. Continuou sua zombaria. - Você poderia estar com um sorriso largo no rosto se não tivesse dispensado aquele monumento que estava muito afim ontem na boate. Tenho certeza que ela acabaria com essa mancha chamada Lilith da sua cabeça só com uma noite. Entramos no elevador.

- Sexo não vai apagar a dor que sinto, Mary. Apertei o botão rumo ao nosso andar.

- Isso é lógico, Swan, não sou tão insensível. Só penso que já está na hora de seguir adiante.

- Nós terminamos um relacionamento de 4 anos há dois meses por causa de uma traição que ainda não consigo entender e, nem tampouco, explicar.

- Pretende perdoá-la? Perguntou com ironia.

- Não mesmo. Você me conhece. Sabe como sou avessa a traição, seja qual tipo for. Confiança é fundamental pra mim.

- Eu sou sua amiga desde moleca, sei como você funciona, mas será que Paige sabia?

- Nosso relacionamento durou quatro anos, não é possível que ela não me conheça pelo menos a nível básico. O toque do elevador soou indicando que havíamos chegado em nosso andar. - Além disso, Lilith não parece muito preocupada em tentar corrigir o que fez comigo. Falei assim que as portas se abriram e saímos.

- Talvez ela já saiba qual será sua reação e não está disposta a correr o risco de receber um sonoro NÃO.

- Acho que a situação é mais séria. Lilith não me amava mais, então arrumou um jeito de se livrar de mim. Abri a porta do estúdio e comecei a arrumar as câmeras.

- Amiga, me perdoe, mas Paige não amava você. Nunca amou. Parei imediatamente ao ouvir aquilo e a encarei.

- Como pode afirmar isso? E por que não me alertou, então?

- Emma, em minha defesa, eu avisei, mas você escolheu não me dar ouvidos. Além disso, parecia estar com uma venda nos olhos e pior, decidiu não encarar a verdade depois que completaram dois anos de relacionamento, muito pelo contrário, convidou aquela vaca pra morar com você.

- Eu a amava, estava pronta para aquele passo e ela era livre para não ter aceitado.

- E você acha mesmo que ela faria isso diante da situação?! Mary cruzou os braços e me encarou com os olhos estreitos.

É inevitável te amarWhere stories live. Discover now