7. Frieza

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POV EMMA

Àquela quarta feira tinha tudo para dar errado, a começar pelo fato de não ter dormido bem boa parte da noite. Meus pensamentos tinham um nome e sobrenome poderoso e, pior, eu não fazia ideia do motivo de não conseguir tirar aquela mulher da cabeça. Levantei e, como de costume, fiz meu desjejum antes de me arrumar para o trabalho. Precisava passar na Life pela manhã para organizar tudo e todos que me acompanhariam durante a sessão de fotos. Além disso, precisava separar e preparar minha câmera e lentes.

- Achei que não viria pra cá hoje? Dorothy estranhou assim que me avistou sair do elevador.

- Preciso de algumas coisas.

- Por que não me disse? Eu pediria para mandarem entregar no seu apartamento.

- Preciso de um tempo sozinha. Vou estar na minha sala. Só me chame em caso se urgência.

- Tudo bem. Ela disse fraco sem entender minha cara de poucos amigos.

Resolvi trancar a porta para evitar maiores aborrecimentos. Realmente estava acreditando que aquele não seria um bom dia. Eu me sentia nervosa por tudo que havia acontecido e, ao mesmo tempo, incomodada e muito chateada comigo mesmo por tê-la tratado com tamanha indiferença. Sua estranha e bem específica pergunta acionaram todos os pontos gatilhos que levantavam minhas defesas.

Lilith havia me machucado em níveis tão profundos, mais do que conseguia exprimir em palavras e ter uma desconhecida perguntando como era amar alguém me fez perder o controle. Quando a vi sentada ali tudo conspirou para que ficasse ainda pior. Sua insistência me irritou e só depois que ela saiu e ficou andando por meus pensamentos a noite inteira que percebi o quanto eu a havia mal tratado. Aquele breve encontro e meu comportamento absolutamente fora do normal poderia já ter comprometido todos os meus planos.

Passei a manhã inteira pensando em como corrigir minha loucura e somente por volta da hora do almoço que uma luz surgiu em minha mente. Procurei em meus e-mails o telefone dela, mas sem sucesso. Talvez pedir desculpas poderia trazer um novo começo. Como não encontrei nada, ligue para a Vogue e, por incrível que pareça, aquilo foi pior que fala com operadora de telemarketing. Me transferiram de uma ramal para outro, depois outro, daí voltava para a primeira atendente... aquilo era pior do que o inferno. Me questionei o motivo de tanta insistência minha e a única resposta que vinha a cabeça era puramente profissional, eu precisava de um terreno tranquilo para fazer um bom trabalho. Levei susto quando alguém bateu na porta. Ao abrir me deparei com Dotothy estendendo sua mão com um pedaço de papel na mão. Ela nada disse, apenas me entregou o bilhete. Quando voltei para minha cadeira e abri o pequeno papel estava escrito um número de telefone e em baixo: Escritório de Regina Mills. Não tive outra reação a não seu pegar meu celular e ligar.

- Escritório da senhora Mills. Uma voz doce falou do outro lado.

- Olá, bom dia. Me chamo Emma Swan.

- Oi, senhora Swan. Sou Anna, assistente pessoal da dona Regina. Ficou com alguma dúvida sobre os e-mails que te enviei?

- Não, não é nada disso...

- Então, em que posso te ajudar?

- Eu... eu... As palavras sumiram da minha mente e eu fiquei em silêncio.

- Senhora Swan, ainda está aí? Disse a gentil moça.

- Eu poderia falar com a dona Regina.

É inevitável te amarTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon