8. Os pingos nos "is"

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POV REGINA

Minha mãe foi embora pouco depois que Mary e Swan saíram. Zelena e Ruby nos chamaram para ir a um chá de bebê de uma amiga delas, mas eu não estava no clima para sair de casa, que dirá para eventos como esse. O dia havia sido estressante demais para mim simplesmente pelo fato de ter que encontrar aquela mulher grossa e sem educação que eu teria que aguentar pelos próximos dias. Enfim pude tirar minha maquiagem e tomar um banho. Depois preparei um lanche qualquer e escolhi assistir um filme. Já passava das 21h quando o interfone tocou.

- Sim, pois não.

- Senhora Regina, tem uma pessoa aqui em baixo que precisa falar com a senhora. Ela disse ser a Emma Swan. Ao ouvir seu nome sentir um mix de ódio de felicidade.

- O que ela quer? Perguntei.

- Disse que precisa falar com a senhora.

- Sobre o quê? Perguntei sem pensar no conteúdo.

- Dona Regina, me desculpe, mas isso já extrapola a função da portaria. Disse o moço de voz jovial. - Posso autorizá-la subir ou não? Demorei para responder. - Dona Regina, ainda está aí?

- Sim, estou, pode mandar subir. Desliguei e corri para ajeitar as coisas e me arrumar um pouco. Não sei dizer o motivo daquilo, mas eu sentia aquela necessidade. Quando terminei de ajeitar o cabelo, a campainha tocou. Olhei pelo olho mágico e Swan ainda vesti as mesmas roupas de mais cedo. Calça jeans, camisa branca coberta por um agasalho azul marinho e, nos pés, um coturno preto. Seus cabelos presos e desgrenhados e, apenas, um rímel nos olhos. Depois de respirar duas vezes, abri a porta. Mesmo estando vestida como mais cedo, em seu olhar havia algo diferente.

- Oi, de novo. Disse sem jeito.

- Esqueceu alguma coisa? Perguntei sem demonstrar importância.

- Na verdade, não. Coçou o topo da cabeça. - Sinceramente não sei de onde tirei a brilhante ideia de vir até aqui...

- Então, boa noite. Tenho uma reunião bem cedo amanhã. Falei já fechando a porta, mas ela me impediu usando uma de suas mãos.

- Por favor, deixa eu falar. Só... só me escuta. Se ainda assim achar que não é suficiente, eu vou embora e passo o restante do trabalho para que Mary conclua e você nunca mais vai precisar olhar pra mim, mas, por favor, deixa eu falar. Seu ar era de súplica e aquilo me comoveu.

- Quer entrar?

- Não. Eu falo daqui mesmo. Disse esfregando as mãos em sinal claro de ansiedade. - Eu sei que você deve estar ocupada, mas poderia ir comigo até o restaurante do outro lado da rua? Eu prometo que não vou me alongar. Ficamos em silêncio enquanto eu pensava se aquilo era o certo a se fazer.

- Swan, não estou nem arrumada...

- Nem precisa, você está linda. Falou naturalmente e aquilo aqueceu meu coração. - Não vai demorar...

- Vou pegar minha bolsa.

Descemos em silêncio no elevador e da mesma forma chegamos ao restaurante italiano que havia do outro lado da rua. Surpreendentemente, Swan puxou a cadeira para que eu me sentasse e, em seguida, sentou-se à minha frente. Ela ainda esfregava as mãos a balançava a perna indicando o quanto estava nervosa.

- Buonanotte ragazze. Um senhor vestido a caráter nos abordou. - Aqui está o cardápio. Quando se decidirem é só chamar.

É inevitável te amarKde žijí příběhy. Začni objevovat