58. Liberando o estresse

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POV REGINA

Depois que minha irmã partiu, corri até o saguão movimentado da Vogue para atender a ligação de Emma antes que caísse.

- Oi, meu bem. Falei ao entrar no elevador.

- Oi, meu amor, está ocupada? Posso ligar outra hora.

- Não, Emma! Está tudo bem, sim.

- Você demorou a atender...

- Estava envolvida com uma coisa. O alarme do elevador tocou quando cheguei no meu andar.

- Onde você está? Ela, certamente, ouviu o som.

- Acabei de retornar de um lugar.

- Regina eu já pedi para não sair sozinha.

- Eu sei. E não saí sozinha. Te fiz uma promessa e estou cumprindo. Fui com Zelena até o orfanato. Acabei de voltar de lá.

- Sério!? Naquela pequena pergunta Emma conseguiu deixar claro sua expectativa.

- Muito sério. E o melhor, eu consegui ver o Henry e a Lívia de novo.

- Puxa que legal, meu amor e eu perdi isso... E mesmo que eu quisesse, não daria para acompanhar vocês. As coisas estão pavorosas por aqui. Estou vendo a hora de alguém jogar uma cadeira pela janela. Está todo mundo estressado nesse lugar. Estou falando sério, Regina, não sei se consigo aguentar mais tempo assim.

- Emma, seja lá qual for a decisão que tomar, eu estarei do seu lado. Ouvi sua inspiração profunda através do telefone.

- Mas, vamos falar de coisa boa. Como eles estão?

- Fisicamente parecem bem, porém, emocionante estavam muito cabisbaixos.

- Eu imaginei. O jeito que aquela assistente social falou com eles sobre uma tal conversa ficou na minha cabeça.

- Eu comprei um presente e acho que desta vez deu certo. Um livro de história para o Henry e um de pintura para Lívia.

- Que bom, minha linda. Eu sabia que isso estava dentro de você e só precisava ser descoberto.

- Amor, eu sei que não brincaria com uma coisa dessas, mas tem certeza de que está pronta para dar um passo enorme como esse e se casar comigo?

- Regina, não sei se estar pronta é o melhor termo para definir como me sinto. Ninguém consegue estar pronto para formar uma família. Acredito que estar segura se encaixa melhor. Quando eu olho pra você penso em tantas coisas inclusive a gente, de cabelos brancos, dançando uma música romântica e ultrapassada na sala da nossa cabeça enquanto nossos filhos e netos curtem um churrasco no quintal. Ela estava sorrindo certamente projetando a cena nos seus pensamentos. - Eu sei que pode soar estranho pensar tão longe, mas é como me sinto. Suas palavras me levaram às lágrimas.

- Não tem nada de estranho nisso, meu amor. É lisonjeiro para mim saber que isso se passa na sua cabeça. Eu já senti tanto medo na vida, Emma, porém você me ensinou que ter coragem não significa deixar de temer, mas, sim, olhar adiante e ver que os motivos de lutar são mais importantes do que medo de perder.

- Mas, amor, por que me perguntou isso? Por acaso repensou sua resposta?

- Não, Emma, de jeito algum. Eu quero e vou me casar com você. Digamos que eu precisava de um incentivo para começar a pensar numa coisa.

É inevitável te amarOù les histoires vivent. Découvrez maintenant