52. A visita

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POV EMMA

Felizmente os dias seguintes foram mais toleráveis. Depois de fazermos aquele amor gostoso de sempre, acabei pegando no sono profundamente. Na manhã seguinte Regina conversou bastante comigo sobre como gerir este cargo de supervisão sem causar, na medida do possível, maiores danos para minha cabeça. Confirmando as palavras de Mary, mais uma vez ela mostrou o tamanho da sua capacidade emocional e o quão significativo era seu profissionalismo.

Como havia dito, ela mesma ligou e marcou um horário de visita no orfanato, deixando claro que seria uma vista conjugada para Henry e Lívia. O horário escolhido foi às 10h. Quando recebi sua mensagem confirmando a hora, senti meu coração quase saltar do peito. Sabia que era um grande passo a ser dado, especialmente para Regina e, por isso, a deixaria o mais à vontade possível. Na sexta à noite, depois do trabalho, fomos até uma loja de brinquedos do centro e escolhemos juntas os presentes de cada um. Na manhã de sábado, quando acordei, Regina já não estava na cama, e, pelo barulho do chuveiro, ela já estava no banho. Olhei para o relógio no criado mudo e já eram quase 08h. Levantei mais que depressa e fui ao seu encontro, abrindo a porta do box sem fazer alarde para não assustá-la. Ela estava lavando seus lindos cabelos pretos e a espuma escorria por seu corpo. Por mais singelo e cotidiano que aquele gesto fosse, era absolutamente impossível não ficar embasbacada.

- Eu fico me perguntando se algum dia você vai se cansar de ficar me observando. Ela disse com os olhos fechados. Sorri feliz ao notar que ela tinha sentido a minha presença. Pousei minhas mãos em seu quadril.

- É muito improvável que isso aconteça algum dia. Os olhos abriram depois que ela os enxugou. - Bom dia, minha linda. Seus dedos deslizaram pelo meu abdômen, passando por meus seios e parando na minha nuca.

- Você é encantadora, senhorita Swan. Puxou-me para unir nossas bocas num beijo calmo. Nossas línguas dançando em sincronia com os lábios. Puxei aquele corpo quente e molhado junto ao meu, reduzindo qualquer espaço que existia. - Bom dia, meu amor. Sussurrou quando paramos para respirar. Desci os beijos até o pescoço enquanto acariciava sua lombar.

- Não podemos começar isso agora, caso contrário vamos nos atrasar. Disse.

- E se eu te disser que posso ser bastante rápida... Era impossível controlar o desejo.

- Prefiro não me preocupar com o tempo quando estamos falando disso. Sua voz já estava mais grave. - Uma das coisas que adoro é saber que você não tem pressa alguma quando estamos entregues uma para a outra. Afastei-me só o suficiente para olhar em seu rosto. - Espero que não fique brava, mas você me acostumou a dar um valor imenso para cada minuto que fazemos amor.

- Você é melhor do que qualquer presente que um dia desejei ganhar. Ela sorriu e aquilo era a âncora que me mantinha na certeza de que não era um sonho.

- Eu amo isso em você. É tão espontâneo, tão natural... Suas mãos seguraram meu rosto.

- Eu poderia passar toda a eternidade declarando o que sinto por você, mesmo assim, ainda faltariam palavras.

- Seus olhos dizem tudo o que preciso ouvir. Disse, trazendo meu rosto em direção ao seu para selar nossos lábios num beijo que confirmava tudo aquilo que dizíamos. Tomamos banho juntas naquele clima romântico e sem passar dos limites, o que era uma missão duramente difícil.

- Nossa você acordou que horas? Falei ao chegar na cozinha e constatar que tudo já estava adiantado.

- Cedo até demais. Acho que estou um pouco ansiosa... Confessou enquanto colocava o suco em seu copo. Esperei que terminasse para então segurar sua mão.

É inevitável te amarWhere stories live. Discover now