70. Novo sócio

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POV EMMA

O que fazer quando constata que seu bem mais precioso está em perigo? Parece uma pergunta simples de responder, e posso afirmar que, na verdade, é mesmo, no entanto, sentir o peso disso na íntegra pode abalar qualquer conceito de estabilidade emocional. Quando enfim consegui alcançar o telefone a voz de Regina deu lugar ao som daquela que eu menos queria escutar. Lilith. Chamei incontáveis vezes pela minha morena, mas não foi alto o suficiente para que ela ouvisse.

- Anna, onde está Regina? Perguntei assim que a mesma atendeu o bendito telefone da Vogue.

- Oi, dona Emma. Ela já saiu. Disse que esperaria por sua irmã lá embaixo. Está tudo bem? Nem respondi, ligando direto para Zelena.

- Oi cunhada... Atendeu sorridente.

- Onde está Regina? Fui direta.

- Estou indo buscá-la na Vogue. Que aflição é essa?

- Ela não está lá, Zelena. Preciso saber pra onde ela foi.

- Eh... Eu não sei Emma. Dá pra me explicar o porquê de você estar desse jeito.

- Não posso fazer isso agora. Tenho que encontrá-la.

- Espera um instante. Tem uma mensagem dela aqui. Ficou em silêncio por longos segundos. - Ela está no apartamento de vocês.

- Não é possível. Joguei o aparelho na mochila e saí às pressas.

- Dona Emma, o que foi? Dorothy se assustou ao me ver sair correndo da sala.

- Liga pra polícia... Falei apertando desesperadamente o botão do elevador.

- Como assim? Pra dizer o que?

- Ela pegou a Regina. Essa porra de elevador... Larguei aquilo pra lá e desci de escada mesmo.

- Jesus, mulher, o que houve? Mary trombou comigo já quase no estacionamento.

- Ela a pegou. Liga pra polícia. Liguei o carro.

- Quem? Do que está falando, Emma?

- Lilith, ela pegou a Regina... Engatei a marcha, já me preparando para sair.

- O quê? Como isso?

- Mande a polícia para o meu apartamento. E rápido.

- Emma, espera... Ouvi sua voz ir sumindo aos poucos na medida que sai cantando pneus e avançando todos os semáforos de Los Angeles até chegar no prédio. Adentrei a portaria como uma bala e não perdi tempo esperando o elevador. A porta estava trancada e, ao ouvir o barulho de coisas caindo, soltei o pé, arrombando a mesa. Olhei e vi a Lilith com o nariz sangrando, mas não havia sinal de Regina. Quando ouvi sua voz senti um refresco na alma, mas tudo se dissipou quando vi aquela louca nos apontar uma arma. O instinto falou mais alto e fiz aquilo que tinha que fazer. O resultado foi uma costela quebrada e um tiro de raspão bem próximo ao local da fratura.

- Senhora Swan, está se sentindo melhor? O cirurgião de plantão chegou no leito onde eu estava.

- Ainda sinto um pouco de dor para respirar.

- Isso é absolutamente normal. A costela fraturada fica numa região pulmonar bastante ventilada, com isso, todas as vezes que inspirar, a região se movimenta. Vai sentir esse desconforto por alguns dias, mas já prescrevi um analgésico para te ajudar. No mais, está tudo sob controle. A lesão pelo projétil vai cicatrizar naturalmente, só será preciso fazer um curativo durante a noite por sete dias ou até que a ferida esteja bem sequinha e evitar pegar peso. Assentamos e ele saiu.

É inevitável te amarWhere stories live. Discover now