21. Acertando o alvo

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POV EMMA

Confesso que comer depois de ouvir e ver aquilo tudo foi bem difícil, felizmente, a lasanha estava gostosa demais para ser deixada de lado por conta daquele salafrário. Regina estava sofrendo tanto quanto eu, até mais talvez, por ter que guardar esse segredo de todos que ela amava, inclusive de mim. Jantamos a maior parte do tempo em silêncio, só sendo quebrado quando eu elogiei sua rejeição.

- Olha acho que nunca saboreei uma tão gostosa assim. Falei tirando o guardanapos do colo e pondo ao lado dos talheres.

- Precisa experimentar a da minha mãe. É fabulosa.

- Tal mãe, tal filha... Regina sorriu.

- Não mesmo, meu amor, a lasanha da dona Cora é digna de restaurante. A minha dá para o gasto. Mesmo conversando serenamente, era notório que Regina se mantinha na defensiva. Olhei para o relógio e faltava pouco para às 20h.

- Amor... Ela me olhou. - O que me diz da gente sair pra passear um pouco e, talvez, beber alguma coisa no barzinho aqui perto?

- Emma você está de licença médica e tomando medicações, não pode ingerir bebida alcoólica.

- Enquanto você toma o que quiser, eu fico na água ou suco. Ela me olhou desconfiada. - Eu prometo! Não vou beber nada alcoólico, mas preciso sair um pouco de casa. Vou acabar atrofiando meus neurônios presa aqui dentro. Cruzei os braços e fiz minha famosa expressão de descontentamento. Ela veio até mim, segurou meu rosto entre suas mãos e me deu um selinho.

- Swan, o que você tem de loira, tem, também, de exagerada. Vou me arrumar. Disse e saiu em direção ao quarto. No dia seguinte após descobrir que eu havia me acidentado, Regina, parcialmente, se mudou pra cá. Veio com duas malas enormes e disse que cuidaria de mim todos esses dias. Sorte a minha, não!? Tratei logo de fazer o mesmo e escolher algo para vestir. Enquanto o banheiro ficou para ela, o quarto ficou pra mim.

Escolhi um look bem básico, afinal só iríamos sair para espairecer mesmo. O clima havia ficado pesado demais e tanto Regina como eu precisávamos relaxar um pouco. Vesti uma calça jeans preta, blusa de seda marrom e uma de minhas inseparáveis jaquetas. Deixei os cabelos soltos e ajeitei meus cachos com os dedos. No rosto, uma maquiagem marcando os olhos e um batom vermelho pouco intenso. Quando estava borrifando meu perfume, Regina saiu do banheiro mais impressionante do que nunca. Por mais simples que parecesse seu vestido preto, justo ao corpo e com um pequeno lascado na coxa esquerda, era de engarrafar o trânsito. Além disso, partiu seu cabelo, deixando-o todo para o lado direito, o que, ao meu ver, a deixou mais atraente acentuando as feições delicadas e únicas do seu rosto. Sua maquiagem era básica, mas não deixá-la menos chamativa. Sair com essa mulher seria problema na certa. Parei, pus a mão no queixo e fiquei observando ela ajeitar sua bolsa de mão.

- O que foi? Exagerei? Pergunto olhando para si mesma.

- Não. Fui até ela, abraçando-a pela cintura. - Acho que mudei de ideia. Vamos ficar aqui, daí eu posso ficar te olhando um pouco mais antes de arrancar essa sua roupa.

- E acabar com a minha produção!? Ela deu de ombros. - Jamais! Foi você quem pediu pra gente sair, agora dê conta do recado. Se desvencilhou do meu abraço. - Além disso, você também está deliciosa. Disse ajeitando a gola da jaqueta. - E eu, certamente, vou ficar de olho em tudo. Beijou de levinho para não tirar nosso batom. - Vamos?

Caminhamos pela rua de braços dados. E como eu já previa, Regina chamou a atenção de todos pelo caminho. Parecia até uma estrela de Hollywood desfilando numa calçada de Los Angeles. Assim que chegamos ao tal barzinho encontrei duas cadeiras vazias no balcão de bebidas. Para um dia de semana, o lugar estava lotado demais. Puxei a cadeira para minha Regina se acomodar e fiz o mesmo logo depois.

É inevitável te amarDonde viven las historias. Descúbrelo ahora