43. Uma brisa no calor

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POV REGINA

Dentro de três semanas a Life colocaria nas bancas a próxima edição da revista. A capa estamparia ninguém menos do que eu e traria em seu conteúdo a minha trajetória de sucesso. Quanta hipocrisia. Enquanto isso, na atualidade, meus dias têm sido problemas atrás de problemas, por todos os lados, em todas as direções. Uma semana tinha se passado desde a morte de Robin. O laudo forense confirmou o envenenamento e descartou o afogamento. Segundo eles, Robin tomou o veneno misturado a sua bebida, pois foi encontrado vestígios de álcool em seu sangue e encontraram duas taças boiando próximo ao local onde o corpo foi deixado. Segundo Abigail, haviam digitais nas taças que estavam sendo analisadas. De acordo com ela, essas digitais poderiam mudar radicalmente o rumo das coisas e trazer à prova quem estava com Robin naquela noite. Mesmo assim, ainda teríamos que provar que não fui mandante do crime se caso a justiça viessem colocar isso em questão.

Em meio a essa confusão toda, Zelena me convenceu a irmos ver nossa mãe em Oakville no final de semana. Minha irmã me contou sobre a visita que fez a Emma em seu escritório e sobre a conversa que elas tiveram, inclusive sobre a tal gravação. Segundo ela, assim que saiu da sala de Swan, correu para casa e pediu desculpas a Ruby de joelhos. Disse, ainda, que as duas ficaram horas e horas "matando a saudade" e que já estava tudo bem entre elas.

Quanto a viajar, informei para Abigail e ela pediu para manter o telefone sempre ligado caso precisasse falar comigo. Já Emma reorganizou seus compromissos e providenciou nossas passagens. Como ficaríamos somente o final de semana, cada uma só levou uma mala. Ruby passou no apartamento de Emma e nós quatro, fomos juntas para o aeroporto. O voo durou quase sete horas, chegamos na minha mãe já era fim de tarde da sexta. Quando o táxi parou minha mãe já esperava na calçada.

- Minhas meninas. Mamãe abraçou a mim e Zelena ao mesmo tempo. - Que surpresa maravilhosa, estou tão feliz.

- Oi mamãe. É tão bom te ver também. Minha irmã e eu combinamos de contar a ela tudo o que vinha acontecendo mais tarde.

- Oi sogrinha!!! Ruby a abraçou.

- Oi Cora!!! Que bom vê-la. Emma foi mais formal, como sempre. Enquanto as duas tiravam as malas do carro, mamãe pegou minha mão e de Zelena e nos levou para dentro. Quando entrei foi inevitável não sentir aquele aperto no peito, afinal, as lembranças da infância, do papai e de tempos mais tranquilos vieram aos montes.

- Nossa nem eu sabia que estava sentindo tanta falta daqui. Falei.

- Éh, eu também... Zelena completou.

- Isso é bom pra vocês duas aprenderem a não perder o caminho de casa. Depois que se mudaram, posso contar nos dedos as vezes que voltaram aqui.

- A senhora tem razão, mamãe, mas isso vai mudar... Zelena disse.

- Já está mudando, mãe. Afirmei.

- Onde podemos colocar isso? A voz de Emma soou atrás de nós.

- Podem colocar no quarto das meninas. Mamãe disse e Swan ficou com cara de perdida. Nisso, Lucas passou por ela.

- Por ali, eu te mostro o caminho. Emma sorriu sem jeito e seguiu atrás de Ruby.

- Venham, me ajudem a colocar a mesa do jantar, já estou com quase tudo finalizado. Dei uma olhada para trás na tentativa de ver minha namorada, mas ela já tinha sumido pelo corredor. Com os anos trabalhados, mamãe e papai compraram uma casa boa e confortável, com espaço para receber os futuros netos. - E aí, como vão as coisas? Zelena, e as crianças, quando poderemos tê-las conosco?

É inevitável te amarWhere stories live. Discover now