28. A festa Parte I

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POV REGINA

Acordar todos os dias ao lado de Emma Swan pode parecer um sonho para muitas, felizmente, essa chance foi dada a mim. Agora, acordar depois de uma noite de amor com essa mesma Emma Swan, isso, sim, é que se pode chamar de sorte. A noite passada teve um teor diferente e especial, tanto ela quanto eu estávamos mais audaciosas ou alguma coisa parecida, não sei descrever, mas posso afirmar que foi absolutamente inesquecível. Senti sua falta na cama ao acordar, mas pelo barulho ela estava no chuveiro. E como eu estava adorando aquele chuveiro. Quando abri a porta ela estava com o corpo molhado e tentando enxaguar seus cabelos com uma mão só.

- Quer uma ajuda? Perguntei já totalmente sem roupa. Afinal, elas são sempre eram dispensáveis entre nós duas. Emma sorriu sem jeito.

- Acho que sim, meu amor. Nossa... Mesmo já tendo o costume de ouvi-la me chamar assim, todas as vezes eu me derretia toda.

- Chega pra lá. Me posicionei atrás dela. - Põe a cabeça pra trás. E assim ela fez. - Poderia ter me esperado.

- Eu até poderia, mas uma certa morena me fez esquecer completamente de que preciso de um discurso decorado até às 22h. Eu ri.

- Que morena má, não acha? Puxei seus ombros para que seu corpo entrasse debaixo d'água para tirar o shampoo.

- Muito. Precisava ver o que ela fez comigo ontem. Acho que nem estou sentindo minhas pernas direito. Passei o condicionador, massageando suas madeixas loiras.

- Acho que ela merecia um castigo. O que me diz? Emma se virou de frente para mim com os cabelos todos desgrenhados, mesmo assim, estava muito sexy. Abraçou minha cintura colando seu corpo ao meu e nos levou para debaixo do jato que vinha do chuveiro.

- Rá! Mas pode apostar que ela vai ter... Até gostaria de fazer isso nesse instante, mas preciso pensar em duas coisas. Primeiro no que vou falar para trezentas pessoas, segundo, como vou aplicar esse castigo. Disse e me beijou. Aproveitei para terminar o serviço em seus cabelos. Depois de feita nossa higiene matinal, partimos para repor as energias consumidas na noite anterior. Emma insistiu em ajudar até que eu cedesse, justificando que já não precisava mais da tipoia.

- Mesmo assim seu quadro demanda cuidados.

- Eu sei, minha linda, deixa, pelo menos, eu colocar a mesa... Pediu com seu jeito irresistivelmente fofo.

- Tá! Mas estou de olho. Falei, mas era difícil lidar com alguém tão cabeça dura.

- Você disse que só colocaria a mesa, mas olha só. Apontei. - Pegou a jarra de suco pesada, cortou o queijo, passou manteiga nas torradas e, ainda, serviu os copos. Ela sorriu e me abraçou.

- Sabe o que me encanta?

- O que é?

- Você está brigando comigo porque quer o meu bem. Isso é meio contraditório, não acha? Esse era o motivo pelos quais meus pais mais discutiam, um tentava cuidar demais do outro. Acabamos sorrindo.

- Vem, senta. Vamos comer. E assim fizemos. - Emma, por que fala tão pouco dos seus pais? Ela encostou as costas na cadeira depois de tomar um gole de café.

- Eu perdi meus pais bem antes do que um dia poderia imaginar. Sempre idealizei os dois velhinhos, de cabelos brancos, brigando porque o outro não tomou o remédio na hora certa. Sorriu meio triste. - Enfim, essas coisas que os filhos planejam para os pais. Quando os perdi, vi meu mundo desmoronar sobre as minhas costas. Estava prestes a entrar na faculdade e a vida os arrancou de mim. Senti raiva do mundo e de todos por muito tempo, inclusive do inverno. Até na neve eu botei culpa.

É inevitável te amarOù les histoires vivent. Découvrez maintenant