65. Uma desagradável notícia

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POV EMMA

Tivemos um agradável final de semana na companhia de Zelena, Ruby, Cora e as crianças. No domingo, passamos o dia na praia e foi muito divertido curtir esse momento com meus sobrinhos. A única ressalva foi ter que segurar a onda com os olhares compridos em cima da minha morena. Regina era uma mulher de beleza muito ímpar e, se com roupa já chama atenção, imagina de biquíni, por mais que este fosse discreto, era impossível as cabeças não virarem na sua direção. Com isso, minha vontade de arrancar algumas do pescoço quase saiu do controle, felizmente ela agiu de um modo que deixou bem claro o quanto estava comprometida, inclusive abraçou minha cintura e deixou um selinho longo e salgado nos meus lábios enquanto estávamos no mar.

- No que está pensando? Perguntou distraindo minha atenção quando parei o carro no semáforo. Sorri.

- Lembrando de quantos homicídios eu teria cometido naquela praia ontem só por ficarem olhando pra você. Foi a vez dela sorrir.

- E até agora não sei o por quê dessa preocupação toda. Estreitei os olhos e isso a fez gargalhar. - Ciúmes a essa altura do campeonato, Emma!? Disse divertida.

- Não dá pra negar isso, confesso. É horrível ver as pessoas cobiçando você... Ela se aproveitou que o sinal ainda estava fechado para selar nossos lábios.

- Quem dorme e acorda comigo todos os dias? Quem me toma como sua quando quiser? Quem é que pode tocar nesse corpo? Não respondi, apenas fiquei encarando-a. - Pois então. Você é quem faz isso! Não tem que gastar suas energias com essas coisas.

- Ah é!? Então me explica aquela cena de você mandando a garçonete do quiosque se afastar de mim. Sua expressão de surpresa estampou o rosto.

- Não acredito que você está comparando isso!?!? Aquela fedelha estava quase esfregando os peitos no seu rosto enquanto abria sua cerveja. Além disso, você nunca precisou de ajuda para abrir uma garrafa, não sei de onde tirou a ideia deixá-la fazer isso.

- Viu só? Você também sentiu na pele...

- Emma, ninguém encostou um dedo em mim. Diferente de você, estava tão entretida com Kevin que nem reparou aquele despautério bem na minha frente. Cruzou os braços e franziu as sobrancelhas.

- Coitado de quem ousasse encostar num fio de cabelo seu. Eu enterraria ali mesmo... Não sei onde ela viu graça na minha fala, mas o sorriso que abriu foi impagável.

- Não sei se fico brava ou lisonjeada com isso, mesmo assim, é melhor saber que seus olhos não desgrudam de mim nem por um momento. Levei a mão até sua coxa.

- Não existe nada mais que meus olhos queiram enxergar além de você, meu amor.

- A recíproca é verdadeira. Sua mão pousou sobre a minha. - Poderíamos almoçar juntas antes do curso, o que acha?

- Com certeza, minha linda. Estou ansiosa... Confessei. - Será que a gente consegue ver os dois só um pouquinho?

- Também estou ansiosa, mas amor, eu acredito que não será possível. Ingrid foi bem clara em relação a isso.

- Mas, naquele momento, nós não tínhamos as mesmas intenções de hoje, podemos usar isso a nosso favor.

- Talvez, sim. Na verdade seria ótimo, estou com muita saudade deles.

É inevitável te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora