14. Cedendo ao desejo

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POV EMMA

Acordei com cabeça rodando e latejando. Olhei ao redor e não reconheci absolutamente nada. Sentei na cama e vi que estava sem sapatos. Procurei pelo chão até encontrá-los e calçar. Quando me preparei para levantar, tudo rodou e eu caí sentada novamente. Nesse instante Regina entrou no quarto.

- Onde estou? Perguntei reconhecendo que era ela. Trazia nas mãos uma bandeja.

- Não se lembra de nada mesmo? Balanceia a cabeça em sinal negativo e ela se sentou ao meu lado. - Estamos na casa de Zelena. Você e Ruby beberam demais. Não poderia dirigir assim, então trouxe você pra cá para dormir um pouco e se recuperar. Toma, isso vai ajudar. Olhei meio desconfiada. - Água e uma aspirina pra dor de cabeça. Bebi sem mais delongas. - Ótimo. Ela se levantou. - Quer tomar um banho, tem toalhas limpas ali.

- Não quero dar mais trabalho. Levantei, só que dessa vez fui caindo pra frente, sorte a minha ela estar ali. Só quando senti o calor de suas mãos sobre meu abdômen que reparei estar sem camisa, somente de top. Seus polegares começaram a acariciar a região, arrepiando meu corpo.

- Até bêbada você não consegue resistir a mim. Disse baixo. Ela só poderia estar testando minha força. Segurei em sua cintura e a guiei até a parede mais próxima, prendendo-a com meu corpo. Ela não fazia resistência alguma.

- Não brinca com isso... Falei com a respiração pesada.

- Tem medo de ficar sozinha comigo? Beijou meu pescoço enquanto ainda arranhava meu abdômen.

- Não. Tenho medo de você se arrepender depois e tudo ir por água abaixo.

- Será que vou me arrepender? Pode ser que se surpreenda. Nesse momento abaixei o necessário para pegá-la no colo e ficar entre suas pernas. Instintivamente ela rodeou minha cintura.

- Não brinca comigo, senhora Mills... Falei ainda mais sério. Com nossos rosto bem próximos. Ela cravou as unhas na minha nuca e me puxou para um beijo urgente. Sua língua ganhou passagem sem resistência alguma. À medida que o beijo ficava quente, ela puxava mais e mais meu corpo contra o seu enquanto eu apertava suas coxas. Quando paramos para respirar deixamos nossas testas coladas. - Você é maluca mesmo...

- Você é que está me deixando maluca. Sua respiração era tão pesada quanto a minha.

- Definitivamente eu preciso de um banho. Primeiro para acabar com essa ressaca. Segundo para abaixar o tesão que estou sentindo nesse momento. Ela sorriu vitoriosa diante da minha confissão.

- Até quando vai resistir a mim? Mordeu meu pescoço e depois beijou o lugar. Com cuidado, desci ela do meu colo mas sem deixá-la escapar.

- Não muito, confesso, mas não farei nada se eu sentir que você vai se arrepender. Me afastei e ela pegou a toalha.

- O banheiro é logo ali. Apontou e depois saiu.

Tomei um banho longo e frio. Regina estava conseguindo me fazer perder o juízo e eu não sabia quanto mais poderia suportar. A ideia da existência do seu marido era a única âncora que me mantinha com um dos pés dentro na razão. Eu não o conhecia, talvez ele a amava e eu não faria a mesma coisa que tinham feito a mim. Passei pelo longo corredor e ouvi vozes vindo da sala de star, eu acho, minha cabeça ainda estava um pouco tonta. Todos estavam bem acomodados nos sofás. Olhei no relógio de parede e já passava das 18h.

É inevitável te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora