84. Sangue O-

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POV EMMA CONTINUAÇÃO

O dia já estava quase amanhecendo quando nossa menina conseguiu dormir após tomar um dos chá que minha Regina havia preparado. A dor no pescoço ainda persistia, mas ficava obsoleta diante da preocupação em minha mente. Com o mandado judicial Henry pôde começar a estudar antes da sua nova certidão de nascimento sair e, naquela manhã, iríamos para o Pine Crest School. Colégio escolhido pela própria Regina por razões bem óbvias. Minha esposa era um gênio e conduziria nossos filhos pelo mesmo caminho.

- O que foi? Ela perguntou quando me viu sorrir sozinha depois de horas de silêncio e seriedade.

- Estou aqui pensando na sorte grande que tirei.

- Como assim?

- Você, definitivamente, será a professora da nossa casa. Acho que até eu vou voltar a estudar. Ela riu.

- Nem pense em abusar da minha boa vontade. O português é por sua conta.

- Acho que posso lidar com isso.

- Não esqueça de avisar que serei eu a buscá-lo no fim do dia.

- Pode deixar. Olhei para a pequena Lívia desmaiada no colo de Regina. - Não sei se vou conseguir me concentrar em nada...

- Confesso que essa demora na regressão dos sintomas está me incomodando.

- Talvez deveríamos mesmo levá-la ao hospital.

- Vamos fazer isso hoje quando vocês chegarem.

- Mães, a gente pode conversar um pouco? Henry pediu quando descia as escadas.

- Claro, meu amor. Disse Regina.

- Estou com medo. Confessou. - E se não gostarem de mim?

- Oh filho não diga disso... Abaixei para pegá-lo no colo.

- Henry, sei que ainda é muito jovem, mas vou te dizer uma coisa para guardar bem aqui. Apontou para a testa do garoto. - Nem sempre seremos aceitos por todos que nos rodeiam, porém, isso não significa que há algo de errado. Seja você mesmo, esse rapaz gentil e educado. Agora, se mesmo assim tiver algum problema que não consiga resolver basta nos dizer que tomaremos as devidas providências. Pegamos o caminho e o trajeto foi até bem rápido. Entramos nas dependências do colégio e logo nos dirigimos até a sala da diretoria.

- Então vocês são a família Mills Swan? Disse a secretária ao folhear uma revista da Vogue.

- Ainda estão faltando duas integrantes. Falei com um largo sorriso.

- Vocês não se importam mesmo com a opinião dos outros não é?!?! Seu tom irônico me deixou tensa.

- Não construímos nossa vida baseado naquilo que não nos interessa. O olhar da moça se alternou entre mim e Henry. - Perdeu ou está procurando alguma coisa aí? Com um sorriso de deboche no rosto, a mulher fechou a revista e se ajeitou na cadeira. Nisso, uma porta se abriu revelando uma senhora de pouco mais de cinquenta anos.

- Desculpem fazê-los esperar. Abraçou-me, deixando um beijo em cada bochecha. - Então você deve ser o jovem Mills Swan? Fez o mesmo com Henry. - Tem certeza de que tem sete anos? Me parece tão adulto. Brincou. - Vamos entrar? Apontou. - De antemão quero dizer que essa instituição jamais colocaria obstáculos para o ingresso do Henry, porém, as diretrizes precisam ser cumpridas.

É inevitável te amarTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang