É inevitável te amar

44. De volta para a realidade

POV EMMA

Tirar Regina de circulação foi a melhor ideia que Zelena teve desde que conheci sua irmã. Passar um final de semana na casa da mãe delas seria um refrescante alívio para os dias tempestuosos que estávamos vivendo. Confesso que senti um frio na espinha quando minha morena ligou para me fazer o convite de ir junto. Aquilo seria uma experiência nova pra mim. Nunca antes tive alguém que me desse tamanha importância ao ponto de me levar para o seio de sua família, mas, ao que parecia, Regina sempre fazia questão que eu estivesse junto dela.

O voo foi longo e cansativo, mas compensou chegar em Oakville e encontrar dona Cora nos esperando com um jantar incrível que me fez lembrar do tempero da minha mãe. Além disso, a sobremesa que Regina me deu na modesta banheira do seu quarto foi o bastante para me fazer esquecer todas as coisas que vinham me deixando de cabeça quente. Pela manhã, após o café, Regina me levou para conhecer sua cidade natal.

Era um lugar pitoresco e muito acolhedor. Ela me levou até o Parque Provincial Bronte Creek, onde tomamos banho numa piscina natural e visitamos uma casa Museu que contava um pouco da história da cidade. Voltamos na hora do almoço e a noite saímos para curtir uma boa música e beber alguma coisa. Zelena e Ruby foram conosco.

- E aí, Swan, o que achou da nossa terra? Zelena perguntou.

- Apaixonante. Eu moraria aqui. Ao ouvir isso, Regina me olhou.

- Sério?

- Tranquilamente. Com toda certeza.

- Acho que você não aguentaria Swan, somos da cidade grande, iria ficar entediada. Ruby comentou.

- Pelo contrário, Luccas, não entendo vocês terem saído daqui para viver lá. Me voltei para Regina. - Sorte a nossa que elas foram. Levantei meu copo e Ruby o seu.

- Eu pensava que precisava de mais espaço e que só nas grandes metrópoles poderia encontrar isso. Na verdade eu encontrei, sim, mas, depois de todos esses anos vejo que não era o espaço que eu estava precisando e, sim, ser preenchida, tinha espaço demais sobrando dentro do meu coração.

- Tinha? Não tem mais? Perguntei e ela sorriu.

- Uma certa loira, de lindos olhos verdes preencheu cada lacuna. Disse e me deu um selinho.

- Amor, vamos dançar? Ruby convidou Zelena. Nem precisou de resposta, elas se levantaram e foram.

- Quer ir também? Regina me chamou. Segurei sua mão e fomos para a pequena pista de dança onde tocava uma música country romântica. - Não está achando isso tudo muito brega, não? Eu ri.

- Um pouquinho, mas é divertido, espontâneo. Isso é tão raro em Los Angeles.

- Falou sério quando disse que moraria aqui?

- Não acredita em mim?

- Não é isso... Você trabalha numa empresa de nome, conhece gente de tudo quanto é lugar, tem seu apartamento, sua vida... Deixaria tudo isso pra lá.

- Sem pensar duas vezes. A única pessoa que me impediria de fazer isso é você. Onde você quiser ir, eu vou atrás. Falei e ela me abraçou forte.

- Eu te amo tanto. Disse.

- Eu, também, te amo demais, mas por que tantas perguntas sobre isso?