13. No limite

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POV REGINA

Só quando tranquei a porta do meu apartamento foi que me dei conta da loucura que havia cometido naquela noite. Beijar uma mulher, ser correspondida, incitá-la com uma dança sensual, perceber o quanto ela me desejava e aquilo me deixar ainda mais excitada.

- Minha nossa... Falei pondo a mão nos lábios. Ainda podia sentir o sabor do beijo em Emma. Seu perfume estava impregnado em minhas roupas. A sensação de suas mãos apertando minha cintura e puxando-me de encontro ao seu corpo.

Larguei minha bolsa num canto qualquer assim como meus sapatos pelo meio do caminho e caminhei rumo a cozinha segurando, apenas, o celular. Estava ansiosa para ver sua mensagem chegar, parecia uma adolescente apaixonada. Peguei uma garrafa de vinho, abri e me servi de uma dose bem generosa, depois fui desfrutar da bebida na varanda.

Deitada na espreguiçadeira, repassei todos os momentos com Emma e ri sozinha ao constatar que nenhum homem, bem menos uma mulher nunca havia me deixado tão excitada daquele jeito. Juro que minha vontade era expulsar todo mundo daquela boate, arrancar suas roupas e transar ali mesmo, com ela usando somente aquela gravata. Gargalhei alto diante de tal ideia absurda. Eu transar no chão de uma casa noturna e, ainda por cima, com uma mulher. Bebi uma dose generosa de vinho e quase engasguei quando dei por mim a dimensão dos meus pensamentos. Eu transar com Emma, como? Eu nem sabia transar direito com um homem, imagina com uma mulher.

A seriedade do fato me fez pensar onde eu estava com a cabeça quando a chamei para subir. E se ela tivesse aceitado? O que eu faria? Como agiria? Mesmo diante de tanta insegurança, pensar na possibilidade de ter Swan usando meu corpo ao seu bel prazer me deixou ainda mais acessa. Enquanto não conseguia parar de pensar no assunto, meu celular tocou uma notificação. Seja sempre inquieto e vez por outra, paciente, parece contraditório, soa meio diferente, mas, às vezes, pisar no freio também é andar pra frente. Já estou sã e salva dentro de casa. Vou tomar um banho e cair na cama. Durma bem. Beijos. E.S.

Li e reli aquelas poucas palavras várias vezes. Emma parecia me conhecer melhor do que eu mesma e suas palavras eram aquilo que eu precisava ouvir para acalmar meus sentimentos. Terminei de tomar o vinho e fui fazer o mesmo que Swan. O dia havia sido longo e cheio de novidades. Deixei a taça sobre a mesinha de centro e segui direto para o banheiro. Enquanto a banheira enchia, prendi meu cabelo num coque frouxo, tirei a roupa, pendurando-a no cabide e vesti meu confortável roupão. Quando terminei de tirar a maquiagem, a banheira se encheu até o ponto ideal. Entrei devagar para não derramar e fazer sujeira, deixando meu corpo ser envolvido pela água morna.

Alcancei o controle do som ambiente e sem me preocupar muito coloquei qualquer coisa para tocar. Infelizmente ou não a voz de The Weeknd trouxe para minha total perdição sua trilha Earned It e foi inevitável não trazer Swan para os meus pensamentos mais uma vez. A batida envolvente me transportou para seus braços no momento mais quente da nossa dança. Fechei os olhos imaginando aquelas mãos grandes e finas deslizando pela lateral do meu quadril enquanto eu rebolava propositalmente de encontro ao seu corpo.

De tão latente que as imagens se mostravam em minha mente, comecei eu mesma imaginar suas mãos deslizando por outras partes do meu corpo, porém, imaginar não era suficiente, então, resolvi fazer uso das minhas para isso. A temperatura da água fazia lembrar o calor nos braços de Emma. Mantive os olhos fechados enquanto minhas mãos subiram do meu abdômen até meus seios, apertando de leve. Com o polegar e o indicador comecei a estimular os mamilos que, logo, ficaram entumecidos especialmente quando imaginei Swan caindo de boca sobre eles. Soltei um gemido sôfrego. Tomada pela imaginação, desci uma das mãos até minha intimidade e, nossa, estava encharcada. Sem pressa, mas cheia de ansiedade, deslizei os dedos por toda sua extensão de cima para baixo e voltando até chegar no clitóris. Nesse momento senti como uma corrente elétrica percorrer todo meu corpo. Continuei ali num vai e vem agonizante. Minha imaginação evoluía tal qual minha excitação e, mesmo com os olhos fechados, pude ver as imagens de Swan entre minhas pernas sugando meu ponto de maior prazer enquanto suas mãos apertavam minhas coxas com a mesma intensidade que antes apartavam minha cintura. Não mais contive todas aquelas sensações e comecei a gemer cada vez mais alto enquanto pressionava e massageava meu clitóris. Arqueei as costas quando senti o orgasmo invadir minhas entranhas e contrair todos os músculos do meu corpo. A música ainda tocava quando cheguei ao clímax então mantive os movimentos de forma mais lenta até sentir a última contração. Coração acelerado, pernas bambas e leve como uma pluma, esse era meu estado naquele momento.

É inevitável te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora