22. Eu vou te proteger

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POV REGINA

Dizem que contar com o tempo é bom, mas fala isso pra alguém que está aflita na recepção de um hospital esperando o amor da sua vida sair da sala de cirurgia. Àquelas duas horas foram as mais longas do mundo pra mim. As marcas do meu salto já tinham ficado desenhadas no piso de mármore. Assim que Emma entrou pra cirurgia ligue para Mary e minha irmã, pedindo que elas viessem ficar comigo se não eu teria um troço de tanto nervosismo e ansiedade. Enquanto as esperava, senti meu telefone vibrar dentro da bolsa. No visor um número que eu não conhecia, pensei em não atender, estava com os pensamentos ocupados demais, mas poderia ser uma das meninas.

- Alô... Atendi sem conseguir esconder minha aflição.

- Ela está bem? Emma está bem? Era uma voz feminina que eu não conhecia e parecia falar cochichando.

- Quem está falando? Logo minha aflição se transformou em atenção.

- Regina, preciso saber se Emma está bem?

- E eu exijo saber quem é! Especialmente por me tratar pelo primeiro nome.

- Olha, não quero brigar. Já presenciamos coisas demais por hoje. Enfim a minha ficha caiu.

- Você não tenha vergonha nessa sua cara mesmo não é, garota?

- Eu só preciso saber se ela está bem...

- Sabe o que você precisa, sua ordinária, de uma surra bem dada igualzinho ao que aconteceu com Robin. Só que nesse caso, eu mesma faço questão de sujar minhas mãos.

- Eu só quero saber se Emma está bem. Aquela quantidade de sangue não é normal...

- Olha, eu vou desligar porque não vou perder minha cabeça sem necessidade, tenho mais o que fazer nesse momento.

- Regina, por favor... Eu sei que errei com Emma, mas eu a amei um dia só que esse amor acabou, assim como aconteceu com você e Robin.

- Vá para o diabo que carreguem vocês e nos deixem em paz.

- Ele está fazendo um boletim de ocorrência contra Swan nesse exato momento. Vai acusá-la de agressão e tentativa de homicídio.

- Robin não tem mesmo noção do ridículo. Ele foi quem provocou. Além disso, qual seu interesse em me dar essa informação.

- Isso não importa. Já que você não vai dizer nada, eu ligo para o hospital. Desligou na minha cara.

- Filha da puta!!! Murmurei e, na hora, Mary chegou.

- Regina, o que houve? Contei a ela o incidente. Mary riu. Não sei se foi de nervoso ou achou alguma coisa engraçada. - Poderia me contar a piada? Falei séria cortando seu sorriso.

- Emma faz boxe desde a adolescência. Ela deve ter deformado a cara dele. Voltou a rir. - Mas isso foi imprudência demais. Voltou a se recompor.

- Ela ficou cega de raiva. Deu pra ver no seu olhar. Ouvi o telefone da recepção chamar. Corri em direção ao balcão e consegui segurar o aparelho antes da moça atender.

- Que isso? Ela disse assustada.

- Eu não quero que nenhuma informação sobre a paciente Emma Swan seja passada por telefone a ninguém.

É inevitável te amarWhere stories live. Discover now