25. Inovando o amor

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POV EMMA

Acordei e Regina não estava na cama. Debaixo do meu celular um recado dela dizendo que já tinha saído para o trabalho e que meu desjejum já estava pronto, era só aquecer. Eu fiquei muito feliz por ela voltar a sua vida normal. Desde o infortúnio no bar, a vida dela era cuidar de mim e isso não era justo.

Depois da nossa conversa e ela ter me contado sobre a canalhice que lhe tinham feito, senti um desejo enorme de voltar no tempo e esbofetear ainda mais a cara daquele filho da puta. Enganá-la deste jeito e, ainda por cima, tirar dela seu sonho de ser mãe.

Agora eu estava com mais um probleminha. Regina queria experimentar coisas novas, não pra mim, mas era seu desejo e eu não sabia como me desvencilhar disso. Não que eu tivesse algum trauma ou problema com usar um strapon durante o sexo, porém, minha experiência não foi nada legal. Pouco antes de me abandonar, Lilith veio com uma conversa parecida. Queria inovar nosso sexo. Não pelos mesmo motivos de Regina. Lilith queria ter mais ousadia. Dizia que tudo estava trivial demais. Por amor ou sei lá o que, concordei com isso. Resumo, ela comprou o acessório e me fez usar nela. Durante o ato vi Lilith se transformar numa pessoa que eu desconhecia, parecia estar sentindo mais prazer com aquilo do que comigo. Tentei voltar a ter relações sexuais só com nós duas, mas ela insistia naquilo, eu não me via mais como alguém útil. Agora, vendo Regina se interessar pela mesma coisa, fazia minha cabeça doer. Ela já tinha tido relação com um homem e será que eu conseguiria dar conta do recado? E se não, o que eu iria fazer? A última que se sentiu insatisfeita, tratou de procurar um de verdade. Droga, tudo o que eu menos precisava era esse tipo de preocupação. Peguei o telefone e liguei para minha melhor amiga. Talvez ela pudesse me dar uma luz.

- Oi Mary, está ocupada?

- Não Emma! Pode falar...

- Eu preciso conversar com você sobre uma coisa, mas Regina não pode saber.

- Swan isso não deu certo na última vez.

- Eu sei, mas isso é diferente...

- Diga, então... Senti uma vergonha calar minha boca. - Vamos, mulher! Qual foi dessa vez?

- Regina está sentindo falta da gente fazer amor.

- Tá! E qual parte disso é ruim?

- Nenhuma, mas é que ela se preocupa demais com minha mão e fica receosa da gente fazer qualquer coisa.

- Não tiro a razão dela, afinal, ela se importa com você.

- Ela quer comprar um strapon, Mary. Ela suspirou surpresa.

- E qual a surpresa disso? Você já usou bastante esse artifício pelo que me recordo.

- Eu sei, mas não é isso...

- Emma, pelo que te conheço, é capaz de você saber usar isso melhor do que o Graham, por exemplo.

- Não é sobre experiência de uso que estou me referindo! Dá pra prestar atenção, por favor...

- Então traduz por que não estou te entendendo.

- Regina. Essa é a questão. Usar isso com ela.

- Oh minha nossa!!!

- Entende agora o meu receio? Mary sabia de tudo o que havia acontecido.

É inevitável te amarWhere stories live. Discover now